Fecomércio-RR defende o setor de serviços e a manutenção das ALC´s na reforma tributária

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Ademir dos Santos, presidente da Fecomércio-RR, em audiência pública sobre os impactos da reforma tributária – Foto: Igor Ritherlly

A reforma tributária, em discussão no Congresso Nacional, preocupa empresários de Roraima. Durante a audiência pública sobre os impactos, perspectivas e desafios do novo ajuste fiscal, entidades representativas de classes empresariais e técnicos das Secretarias Estaduais da Fazenda e de Planejamento mostraram preocupação com o atual texto da reforma.

Segundo o auditor fiscal da Receita estadual, Kardec Jackson dos Santos, assessor especial da Sefaz para assuntos de reforma tributária, “um dos textos mantém os benefícios da Zona Franca de Manaus, enquanto o outro, determina a exclusão de todos os benefícios fiscais concedidos em outras Unidades da Federação, como é o caso de Roraima, Rondônia, Acre e Amapá. Se o texto não citar a manutenção dos benefícios tributários nas Áreas de Livre Comércio e se isso não for resolvido no âmbito político, teremos impactos negativos em Roraima”.

O presidente do Sistema Fecomércio/Sesc/Senac/IFPD em Roraima, Ademir dos Santos, destacou a importância de uma atenção política para esse ponto da reforma tributária.

“Costumo dizer que o comércio em Roraima tem o antes e o depois da implantação das ALC´s Boa Vista e Bonfim. As Áreas de Livre Comércio incentivam o empresário e a instalação de novas empresas no nosso Estado. Sabemos que a reforma é importante, mas precisamos olhar essas áreas de exceção, pedindo o apoio dos parlamentares para incluir no documento os benefícios fiscais. Se o texto da reforma for aprovado como está, vai deixar Roraima mais uma vez dependente exclusivamente de repasses federais”, concluiu o presidente da Fecomércio-RR.

Outra preocupação dos Sistema Comércio e da classe produtiva em todo o país é com relação ao setor de Serviços. Por conta do aumento da carga tributária para o setor, que pode crescer em mais de 70%, a Confederação Nacional do Comercio (CNC), defende que deve haver alíquotas diferenciadas não apenas para segmentos específicos – o proposto inicialmente é que haja distinção apenas para as áreas de saúde, educação e transporte público –, mas para todo o setor de Serviços.  Para que não haja aumento da carga tributária para o setor, a CNC propõe uma alíquota máxima de 10,7% para o segmento de Serviços.

De acordo com o diretor de Economia e Inovação da CNC, Guilherme Mercês, a entidade entende que o sucesso da reforma tributária também depende da não cumulatividade plena, bem como crédito para empresas do Simples Nacional. “A CNC tem apresentando cálculos de impacto e propostas concretas, em frequentes reuniões com os Poderes Executivo e Legislativo. Também temos promovido momentos com os empresários para esclarecer o tema, como este evento que realizamos hoje”, disse Mercês.

“Confiamos que os parlamentares querem o melhor para o Brasil e, portanto, que não vão penalizar o setor de serviços, que é o maior gerador de emprego e renda do País”, afirma o presidente da CNC, José Roberto Tadros. Ele avalia como muito positiva a inserção de parte das reivindicações do setor terciário no relatório final, mas ressalta que é preciso avançar para garantir um ambiente econômico favorável para toda a população brasileira.

Saiba mais em: Carta aberta da CNC defende reforma tributária sem aumento de impostos

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