O Comércio e o Novo Milênio – 2001

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APRESENTAÇÃO
A economia brasileira tem oscilado, nos últimos anos, entre períodos de crescimento e períodos de recessão, na maioria das vezes marcada pela influência de fatores externos negativos, como foram as crises do México (1994/1995), da Ásia (1997), da Rússia (1998) e, agora, da Argentina (2000/2001), conjugada aos fatores que estão provocando severa retração na economia americana. O lançamento do Plano Real, em julho de 1994, produziu o milagre de acabar com a hiperinflação, que havia chegado a 2.700%, no Governo do Presidente Itamar Franco, e, hoje, oscila em torno de 5%, ao nível próximo de muitos países industrializados. Entretanto, a estabilidade monetária dos últimos sete anos não foi suficiente para garantir um ritmo sustentável de desenvolvimento econômico, tendo em vista o grau de incertezas gerado pelo desequilíbrio do balanço de pagamentos, pelo crescimento das dívidas externa e interna, assim como pelo clima de insegurança criado pelos altos e baixos dos mercados internacionais. A política cambial brasileira, até 1999, desestruturou de tal forma o balanço de pagamentos, que a dependência externa passou a ser um dos ingredientes mais difíceis de serem administrados no processo de ajustamento, criando sucessivas ondas de pressão sobre a taxa de câmbio e a taxa de juros, ambas impactando negativamente a já elevada dívida pública. Daí a necessidade urgente de se proceder a uma reforma administrativa com vistas à redução do tamanho do Estado, a uma reforma fiscal, capaz de reduzir a carga tributária e a uma reforma da previdência social, que permita nivelar as entradas e saídas de recursos, através da passagem do regime atual para um sistema de capitalização. A Confederação Nacional do Comércio considera que essas reformas são fundamentais para reduzir o “Custo Brasil” que onera as nossas exportações e deixam sem proteção os produtos nacionais expostos desvantajosamente à competição dos produtos importados. Neste livro, que é o quinto de uma série que vem sendo editada pela CNC, desde 1993, foram reunidos todos os artigos do signatário sobre os assuntos mais importantes na área nacional, abordando questões da política macroeconômica que afetam diretamente os empresários, especialmente os do setor comercial. Esses artigos expressam a opinião do Comércio, de um modo geral, e traduzem o elevado nível de cooperação que esta Casa mantém com as autoridades governamentais, através de uma crítica ponderada e construtiva.

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