Serviços aceleram crescimento, com turismo projetando recorde de receita na alta temporada

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Turismo pode ter faturamento de R$ 157 bilhões, entre novembro de 2024 e fevereiro de 2025, com geração de mais de 76 mil vagas temporárias

O setor de serviços registrou alta de 1,0% no volume de receitas em setembro, revertendo a queda de -0,3% registrada em agosto, conforme a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) divulgada hoje (13) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Entre as 166 atividades econômicas avaliadas mensalmente pela PMS, em setembro, 60,2% registraram avanço real em faturamento.

No Brasil, os serviços já se encontram 16,4% acima do patamar pré-pandemia (fevereiro de 2020), impulsionados por uma desaceleração dos preços. Em setembro, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) indicou uma inflação de 4,8% no acumulado de doze meses, abaixo dos 5,5% registrados em setembro de 2023, para igual período. Entre as atividades que mais contribuíram para o crescimento estão os serviços profissionais, administrativos e complementares (+1,4%) e os serviços de informação e comunicação (+1,0%).

Para o presidente do Sistema CNC-Sesc-Senac, José Roberto Tadros, o setor de serviços surpreendeu e superou as expectativas do mercado. “Esse crescimento evidencia a resiliência e a força econômica deste setor no Brasil. Os serviços, entre eles o turismo, reforça seu papel como impulsionador do crescimento econômico e catalisador para o desenvolvimento social e a geração de empregos”, afirma Tadros.

O turismo, um dos principais pilares do setor de serviços, também registrou avanço em setembro, com alta mensal de 0,5%, acumulando um crescimento de 2,6% nos últimos doze meses.

Alta temporada do turismo

O turismo brasileiro tem projeções otimistas para a próxima alta temporada, período entre novembro de 2024 e fevereiro de 2025, que deve alcançar um faturamento recorde de R$ 157,74 bilhões, segundo levantamento da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Se confirmado, o faturamento representará um avanço de 1,7% ante a alta temporada passada (2023/2024) e será o maior valor dos últimos 11 anos.

Segundo o economista da CNC, responsável pelo levantamento, Fabio Bentes, São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais tendem a concentrar a maior parte das receitas (55,5% do total) da alta temporada. “Embora a retomada econômica e o aumento real dos rendimentos tenham impulsionado o turismo, o alto custo dos transportes, especialmente das passagens aéreas, limita uma expansão mais significativa das receitas turísticas no Brasil”, avalia o economista.

A alta temporada concentra cerca de 44% da receita anual do setor, e a expectativa de aumento das receitas turísticas deve gerar 76,5 mil novos postos de trabalho para atender à demanda. Este crescimento será liderado pelo segmento de alimentação (bares e restaurantes), que representará mais de 70% das novas vagas, seguido por transportes (10,6 mil) e hospedagem (8,4 mil). A CNC prevê que o salário médio de admissão deve atingir R$ 1.842, representando alta real de 1,9% em relação ao ano anterior.

Acesse a análise completa da PMS de setembro de 2024.

Confira o release e a pesquisa completa sobre a alta temporada do turismo.

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