Trilha de Finanças recebe recomendações do T20 alinhadas com prioridades brasileiras

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Grupo de engajamento apresenta documentos destinados a políticas para combater desigualdades, trabalhar por ação climática sustentável e pensar a arquitetura financeira internacional

 

A embaixadora Tatiana Rosito, secretária de Assuntos Internacionais da Fazenda e coordenadora da Trilha de Finanças do G20, participou nesta semana da Conferência de Meio Termo do T20, grupo de engajamento que reúne think tanks (instituições que fazem a ponte entre o conhecimento científico e as políticas públicas) dos países membros.

O T20 apresentou uma série de policy briefs (documentos baseados em pesquisas científicas, que podem enriquecer o debate sobre políticas públicas) formulados em grupos e destinados a eixos específicos, como combate às desigualdades, ação climática sustentável e reforma da arquitetura financeira internacional.

“As prioridades estabelecidas pela presidência brasileira estão bastante alinhadas com todas as recomendações debatidas aqui”, disse a secretária. Entre os pontos de convergência destacados, a embaixadora ressaltou as contribuições sobre a reforma da arquitetura financeira internacional, bem como da governança de instituições internacionais.

“Ainda precisamos de uma arquitetura financeira internacional que tenha mais estabilidade, e seja mais resiliente. Precisamos que essa arquitetura facilite o crescimento econômico, e que todas as pessoas tenham condições dignas de vida em qualquer lugar do mundo”, pontuou.

A embaixadora ainda falou sobre a abertura promovida pela presidência brasileira da Trilha de Finanças ao debate das dívidas soberanas, em especial de países africanos, e da proposta brasileira de avançar na tributação internacional, destacando a dos chamados super ricos.

“A ideia tem uma relação estreita com uma perspectiva calcada na justiça. Ela é pioneira no G20, partindo de debates prévios. Temos de reconhecer que muito foi feito no âmbito da moldura inclusiva G20-OCDE. Era inimaginável, há dez anos, que haveria um imposto mínimo para empresas transnacionais”, disse.

Rosito acompanhou ainda a reunião da Trilha de Sherpas, que também aconteceu no Rio. O subsecretário de Finanças Internacionais e Cooperação Econômica do Ministério da Fazenda, Antonio Freitas, e a coordenadora do G20 Social na Trilha de Finanças, Tatiana Berringer, receberam formalmente o documento que sistematiza as recomendações do T20.

Freitas destacou o grande esforço de construção do T20: “Estamos impressionados com a quantidade e a profundidade das recomendações. Nos próximos dias, leremos com cuidado. Penso que temos grande proximidade de posições.”

A relação entre os think tanks e a sociedade civil global também foi destacada. “Ainda temos um grande trabalho para divulgar essas ideias. Vamos continuar trabalhando juntos. Queremos que isso se torne um legado para a presidência Sul Africana. Entendemos o T20 como um grande parceiro”, pontuou Berringer.

Imagem: Internet

Fonte: gov.br/fazenda/pt-br

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