CBMEC aposta em liderança com inovação e tecnologia

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Reunidas em Brasília, lideranças femininas de todo o País e integrantes da Câmara Brasileira das Mulheres Empreendedoras do Comércio (CBMEC), debateram no último encontro de 2023, em 4 de dezembro, prosperidade nos negócios com inovação e tecnologia.

A coordenadora da CBMEC, Janete Vaz, ressaltou que, quando se fala em inovação, temas como tecnologia, questão tributária e economia se somam, e é importante buscar conhecimento e aprimoramento para poder empreender. “Liderança é uma pauta dinâmica e precisamos ler, aprender e trazer novidades”.

Janete Vaz sobre “clientar e o relacionamento com os clientes como diferencial”, e que é preciso ter foco e propósito. “Se você foca no cliente, você acha e oferece soluções. Nosso papel é servir o tempo todo, com humildade, generosidade e gratidão”, afirmou.

Inovação na cadeia de valor

A executiva de Tecnologia, Glória Guimarães, palestrou sobre processos de inovação no Brasil e no mundo, métodos de inovação, aberturas de novos mercados, produtos, citou exemplo de cases de sucesso como a Netflix e destacou que é preciso proporcionar aos clientes a experimentação.

“A experiência do cliente é mais importante. É preciso experimentar, estimular o time para que experimente novas formas de trabalho, novas formas de vender, ter um espaço com liberdade de correr riscos”.

Glória falou sobre o conceito de inovação, como correr riscos e enfatizou que as pessoas precisam aprender a trabalhar com tecnologia, e crescimento organizacional para o desenvolvimento nacional. “O letramento digital é muito importante e fundamental.”

Em sua apresentação, a executiva compartilhou um levantamento sobre inteligência artificial, com dados do Guia Mundial de Gastos com Inteligência Artificial da International Data Corporation (IDC).

Disse ainda que, entre os 30 casos de uso de Inteligência Artificial (IA) identificados pela IDC, os Agentes de Atendimento ao Cliente Aumentado serão os que mais gastarão ao longo da previsão, atingindo US$ 35,9 bilhões em 2026.

“As indústrias responsáveis por cerca de um quarto de todos os gastos com IA em todo o mundo serão os bancos e o varejo. O varejo vai ter mais gastos com IA, tecnologia artificial, e precisamos pensar no letramento digital para todos, pois traz conveniência e facilidade para a vida das pessoas. Precisamos fazer coisas fáceis, rápidas e que atendam toda a população”, destacou.

Inovação e equidade de gênero

Ainda na pauta da reunião sobre inovação e tecnologia como habilitadora dos negócios, a CEO e fundadora do HACKING.RIO, Lindália Sofia, falou sobre o comportamento de homens e mulheres nas redes e sobre o Brasil, com uma população de mais de 203 milhões de habitantes, ser o terceiro país que mais consome redes sociais em todo o mundo. “O comércio tem que aproveitar esse potencial e alavancar seus negócios também no digital. O mundo é phygital”, defendeu.  

A especialista alertou as empreendedoras presentes para a necessidade de investir em educação e movimentos organizados com uso da tecnologia para transformar a vida das pessoas, enfatizando a importância da equidade de gênero no mundo. “As mulheres buscam ter mais acesso, e não uma disputa de gêneros. No mercado de tecnologia somente 20% das vagas são ocupadas por mulheres. Todas podem aprender mais sobre TI. Precisamos incentivar que as jovens da comunidade queiram ser cientistas de dados e programadoras. Como o mercado tem déficit elevado desses profissionais techs, com salários mais altos, podem ajudar a mudar a vida de uma família inteira. Essas redes transformam vidas!”, ressaltou.

Lindália Sofia também compartilhou dados sobre a presença de mulheres nos conselhos de empresas no Brasil e no mundo, falou sobre paridade salarial, e destacou que o Brasil ainda está muito distante da equidade de gênero nos espaços de poder. Segundo estimativa da Organização das Nações Unidas (ONU), o mundo levará ainda 300 anos para atingir o mínimo de equidade de gênero. “Para inovar e ganhar competitividade as empresas precisam de novos olhares, de diversidade de gênero, de raças, de idades e de experiências profissionais. Temos de trazer os homens como nossos aliados”.

Ainda na pauta do encontro, as participantes puderam prestigiar uma apresentação sobre saúde e bem-estar como estratégia da organização, ministrada pela diretora e administrativa de pessoas do Sabin, Marly Vidal.

Congresso Nacional

No fim da reunião, o andamento de propostas legislativas que tramitam no Congresso Nacional relacionadas ao empreendedorismo feminino foi apresentado pela especialista executiva da Diretoria de Relações Institucionais da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), Thaís Peters.

Confira os Projetos de Lei que a CNC é favorável:

– PL 904/2023, que dispõe sobre o fomento ao empreendedorismo feminino e altera a Lei nº 13.636/2018, que institui o Programa Nacional de Microcrédito Produtivo Orientado (PNMPO), para prever prioridade de atendimento a negócios controlados por mulheres.

– PL 1334/2023, que institui o Programa Nacional Mulher Empreendedora Cidadã (PNMEC), com medidas de incentivo e apoio ao empreendedorismo feminino de micro e pequeno portes no Brasil.

– PLP 31/2021, que altera a Lei Complementar nº 128, de 19 de dezembro de 2008, para criar o MEI-Mulher Empreendedora.

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