A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e os Departamentos Nacionais do Sesc e do Senac participaram, de 14 a 16 de fevereiro, em São Paulo, da 19ª Conescap – Convenção Nacional das Empresas de Serviços Contábeis e das Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas – o maior evento do segmento contábil no País.
Com o tema ”entender as mudanças, transformar as pessoas e adaptar os negócios”, o evento reuniu, durante os três dias de atividades, cerca de 2.800 congressistas que tiveram acesso a mais de 50 horas de conteúdo, em cinco trilhas do conhecimento (Ambiente Econômico, Governança Corporativa, Tecnologia, Relações Humanas e Negócios e Oportunidades), divididas em 20 palestras, com especialistas de grande importância para o setor. O encontro foi promovido pela Fenacon.
Para o presidente da CNC, José Roberto Tadros, a Conescap reafirma a importância de os negócios se adaptarem às constantes transformações sociais e tecnológicas. “Com a pandemia, empresas e profissionais brasileiros precisaram ampliar o uso das tecnologias e se adequar, ficando claro que, para inovar, é preciso investir também na educação e nas pessoas”, avalia Tadros.
O vice-presidente da Fecomércio-SP, Rubens Torres Medrano, representou a Confederação na abertura do evento. Ao lado do presidente da Fenacon, Sérgio Approbato; do presidente do Sebrae, Carlos Melles; e do assessor especial do Ministério da Economia, Guilherme Afif Domingos; Medrano parabenizou a organização da convenção e, em nome do presidente da CNC, reforçou o papel importante dos contadores para a sobrevivência dos negócios. “Essa classe laboriosa, que está sempre disposta a orientar e ajudar o empresário, merece nosso respeito e dedicação.”
Os trabalhos do primeiro dia foram encerrados com a Palestra Magna Tendências e o Futuro à Frente, conduzida por Allan Costa, escritor, especialista em inovação e empreendedorismo, investidor-anjo e mentor de startups. Em um cenário de mais de dois anos de pandemia, Allan ressaltou que “no caos, surgem as oportunidades”, dando como exemplo empresas como Uber e Airbnb. Ele também abordou temas relacionados à tecnologia, como inteligência artificial, cibersegurança e metaverso.
Estande CNC
Uma das atrações foi a Feira de Negócios, um ambiente único para compartilhar ideias, encontrar parceiros e fornecedores, ampliar networking e fechar negócios. Foi nesse espaço que a CNC, junto de Sesc e Senac, apresentou todo o trabalho realizado em prol dos empresários do comércio de bens, serviços e turismo do País, além das ações e iniciativas oferecidas pelas entidades.
Uma equipe de técnicos da Gerência de Contabilidade, Divisão Sindical, Divisão de Relações Institucionais, Gerência Executiva de Comunicação e da Divisão Jurídica da CNC tirou dúvidas e apresentou os serviços e benefícios que os empresários associados à Fenacon e, consequentemente, à CNC podem usufruir. Também foi disponibilizada a Cartilha da Transparência, em parceria com Sesc e Senac, que demonstrava os caminhos dos recursos investidos dentro do Sistema S.
No auditório do expositor, o responsável técnico em Desenvolvimento de Projetos Educacionais na Diretoria de Educação Profissional do Senac-DN, Anderson Pena, realizou uma palestra sobre o projeto Programe seu Futuro – Aprendizagem Profissional Inovadora para um Mercado em Expansão. No mesmo espaço, o analista de Relações Institucionais do Sesc-DN, responsável pelo atendimento ao cliente, Leonardo Pugliesi Figueredo, falou sobre a qualidade de vida e bem-estar para os trabalhadores do comércio e sua família.
Ambiente econômico
No segundo dia de atividades, o economista da CNC Fabio Bentes participou da trilha Ambiente Econômico, debatendo no painel sobre o ”Futuro do Brasil no novo ambiente econômico mundial”. O debate contou com a presença do jornalista especializado em política e economia Carlos Alberto Sardenberg, o CEO da Omie, Marcelo Lombardo, e com o presidente da Fenacon, Sérgio Approbato, como mediador.
Carlos Alberto Sardenberg comentou que a inflação é um grande problema para a economia brasileira atualmente. Segundo ele, alguns fatores que influenciam esse cenário são instabilidade na governança e desajuste de contas públicas.
Fabio Bentes afirmou que o desempenho da economia brasileira no ano de 2020 foi preocupante e que espera um crescimento considerável do PIB de 2021, ainda não divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). “Quem vai alavancar a economia brasileira não é o setor público, é o setor privado.” E acrescentou que, para superar a crise econômica e o consequente desemprego, “precisamos escolher entre dois caminhos: torcer para a economia crescer 5% ao ano ou aumentar a produtividade no Brasil”.
O economista da CNC falou sobre os desafios dos empreendedores no atual momento econômico do País. Para o economista, é fundamental que o setor privado se organize, por meio de associações e entidades representativas, a fim de criar um ambiente favorável para que novos empreendedores superem as dificuldades impostas neste momento de crise econômica. “Estamos vivendo a era do empreendedorismo de necessidade, e não de oportunidade, em que muitas pessoas abriram um negócio por falta de opção. É preciso criar um ambiente onde esses negócios não fechem num futuro próximo”, afirmou Bentes.
