CNC participa de Estratégia Nacional Oceano sem Plástico

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Iniciativa contempla a organização de oficinas com diferentes segmentos da sociedade para combater a poluição plástica dos oceanos

A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) participou da Oficina Estratégia Nacional Oceano sem Plástico (Enop), realizada nas Pontifícias Obras Missionárias (POM), em Brasília. A Confederação foi representada pela engenheira florestal Renata Couto Avila, analista da Assessoria de Gestão das Representações (AGR).

A Enop, promovida pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) em colaboração com a GIZ e a Cátedra Unesco para a Sustentabilidade do Oceano, visa combater a poluição plástica dos oceanos.

A iniciativa contempla a organização de oficinas com diferentes segmentos da sociedade. As atividades da oficina foram direcionadas para o intercâmbio de ideias e a consolidação de dados e informações, visando à estruturação sólida da Enop.

A abertura do evento com o setor empresarial, no dia 9 de agosto, contou com a presença do secretário nacional de Meio Ambiente Urbano e Qualidade Ambiental do MMA, Adalberto Maluf, e do professor do Instituto Oceanográfico da Universidade de São Paulo (IOUSP) e coordenador da Cátedra Unesco para a Sustentabilidade do Oceano, Alexander Turra, que apresentou dados alarmantes sobre a poluição plástica, que reforçam a urgência de iniciativas como a Enop.

Acúmulo de 3,44 milhões de toneladas

Um estudo do Blue Keepers, ligado ao Pacto Global da ONU, revela que o Brasil é responsável por 3,44 milhões de toneladas de plástico que chegam aos oceanos anualmente, contribuindo para o acúmulo de até 150 milhões de toneladas de resíduos plásticos nas águas.

Com 80% dos resíduos oceânicos sendo plásticos, o impacto na vida marinha é grave, afetando 1.400 espécies e resultando na morte diária de 660 animais marinhos. Esses dados ressaltam a importância da Enop.

A iniciativa, que reuniu representantes de empresas, indústrias, grandes marcas, associações de produtores e diversos outros atores do setor privado, essenciais à transição para uma economia circular do plástico, teve como objetivo assegurar uma escuta ativa desses protagonistas.

O intuito foi garantir que as perspectivas do setor privado sejam incorporadas à formulação de políticas públicas e estratégias voltadas para a mitigação da poluição oceânica.

Principais frentes

Durante a oficina, foram apresentadas três principais frentes em relação aos resíduos plásticos: prevenção e redução da geração; gestão adequada; e a retirada desses resíduos do ambiente.

Em cada uma dessas frentes, discutiram-se temas fundamentais, incluindo normatização e regulamentação, prevenção e circularidade, remoção e remediação, educação ambiental e sensibilização. Também foram apresentados avanços em ciência, tecnologia e inovação, capacitação, diagnóstico, monitoramento e avaliação, além de fomento e financiamento.

Desafios do comércio, serviços e turismo

Ao longo do encontro, Renata Avila compartilhou os desafios e as expectativas dos setores do comércio, serviços e turismo, debatendo as ações implementadas nos setores com os outros integrantes da oficina, oriundos do setor privado.

“Na oficina, além da oportunidade de compartilhar os gargalos referentes aos nossos representados e às ações do Sistema Comércio contra a Poluição Plástica, estamos colaborando com as discussões e formulações de políticas públicas, projetos e ações que estimulam a preservação e proteção dos ecossistemas oceânicos”, afirmou.

O gerente da AGR da CNC, Sérgio Henrique, enfatizou a importância da participação ativa dos setores de comércio, serviços e turismo na elaboração de soluções que possam conectar todo o elo do ciclo de vida do plástico, como indústria, catadores, recicladores, consumidores, gestores públicos, entre outros. Essa integração é fundamental para promover uma economia circular e respectiva logística reversa do plástico, além de contribuir de forma enfática para a formulação de políticas públicas eficazes e mitigar a poluição dos oceanos.

A poluição plástica dos oceanos compromete a atratividade de destinos turísticos, afetando diretamente a economia local e a geração de empregos no setor.

Além disso, a degradação ambiental causada por resíduos plásticos prejudica a experiência dos visitantes, reduzindo o fluxo de turistas e os investimentos em áreas costeiras.

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