Com o compromisso de promover a equidade racial, a CNC, por meio do Senac, oferece 200 vagas gratuitas para o novo programa do governo federal Raízes Comex
A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), por meio do Senac, disponibilizará 200 vagas semestrais, a partir de 2025, para capacitar jovens negros nas cidades de Santos, Paranaguá, Itajaí, Rio Grande, Salvador, Fortaleza, Recife, São Francisco do Sul, Rio de Janeiro e Vitória, onde há unidades do Senac.
Nesta quinta-feira (7), o governo federal lançou o programa Raízes Comex para ampliar a presença de negros no comércio exterior brasileiro. O evento, realizado no auditório do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), em Brasília, reuniu lideranças políticas, incluindo o vice-presidente Geraldo Alckmin, a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, e a primeira-dama Janja da Silva. A Diretoria de Relações Institucionais (DRI) da CNC também esteve presente na cerimônia.
O presidente da CNC, José Roberto Tadros, celebrou a iniciativa e reforçou o compromisso da Confederação com a inclusão racial e a justiça social no Brasil. As vagas do Senac fazem parte de uma parceria entre a CNC e o MDIC.
“Cumprimento o presidente Lula e o seu governo pelo programa de inclusão e equidade racial no comércio exterior brasileiro. O Senac está solidário com esse processo e, por isso, está disponibilizando 200 vagas com esse objetivo. Desejo sucesso a esse programa, que é importante a todos nós brasileiros e que, com certeza, nos ajudará a alcançar os objetivos propostos.”
Além das capacitações oferecidas, o programa prevê consultorias, incentivos e oportunidades de promoção comercial. Segundo o estudo Comércio Exterior e Representatividade Racial, do MDIC, o mercado de comércio exterior ainda enfrenta uma sub-representação significativa de negros, que compõem apenas 8,9% dos cargos de liderança e 21% dos postos de gerência em empresas exportadoras.
Disparidade racial
A análise do MDIC sobre o setor revela que, embora o número de trabalhadores negros em empresas de comércio exterior tenha aumentado, eles ainda encontram obstáculos para ocupar cargos de chefia. O estudo aponta que apenas uma pequena parcela de empresas importadoras e exportadoras do Brasil é liderada por negros, e as diferenças salariais entre brancos e negros permanecem significativas.
Os objetivos do programa são:
– Aumentar a participação de empreendedores e profissionais negros no comércio exterior por meio de incentivos, capacitação técnica, mentoria e redes de apoio;
– Fortalecer a visibilidade internacional dos produtos e serviços oferecidos por empreendedores negros, ampliando o alcance dos negócios em mercados globais;
– Mobilizar o setor empresarial em prol de ações que promovam diversidade racial no comércio exterior.