Destaque da edição:
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Intenção de consumo em queda livre – Nos últimos anos, vivenciamos um ambiente de política anticíclica, que foi mais longo do que deveria. O governo não foi produtivo na adoção de determinadas políticas e hoje sofre as consequências de escolhas ineficientes. O estímulo artificial ao consumo, através da redução e isenção de tributos, a contenção dos preços administrados, as intervenções no mercado de câmbio para administrar o preço do dólar, são os principais fatores que resultaram no enfraquecimento do cenário atual. A fim de reverter tal situação, o governo está implementando ajustes fiscais e aos poucos liberando os preços para que se aproximem do seu real valor. Atualmente, o País passa por uma crise de credibilidade. Há dificuldade por parte do governo em manter uma agenda positiva, pois o congresso está resolvendo as consequências dessas escolhas difusas. Essas decorrências incluem a crise na Petrobras, as questões políticas, os preços administrados, o câmbio e o mercado de trabalho, que vem mostrando menor geração de vagas desde o início do ano.
Outras matérias:
Setor de serviços rumo à retração – De acordo com a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) divulgada recentemente pelo IBGE, a receita nominal do setor de serviços registrou variação de +0,8% entre fevereiro de 2015 e o mesmo mês do ano passado. Esse foi o menor resultado da série histórica da PMS na comparação interanual. As maiores variações nessa base de comparação ocorreram nos serviços prestados às famílias (+6,8%) e nos serviços profissionais, administrativos e complementares (+3,6%). Os transportes e correios (-1,9%), por sua vez, não permitiram uma alta mais expressiva da receita bruta dos serviços. Dentre as unidades da Federação, os maiores destaques foram: Tocantins (+8,0%), Bahia (+4,6%) e Paraíba (+3,3%). Juntas, essas três unidades da Federação respondem por apenas 4,1% do faturamento anual de todo o setor de serviços. Das 27 regiões pesquisadas, 16 apresentaram retração na variação nominal de receita. Essa foi a maior difusão de dados regionais negativos desde o início do período de comparação – o dobro das oito quedas regionais verificadas em janeiro nessa base comparativa. No acumulado do ano, o Nordeste é a região onde a receita nominal mais cresce (+2,1%).
PPA 2016-2019 – Nos dias 15 e 16 de abril do corrente ano, a CNC participou, em Brasília, do Plano Pluri Anual 2016-2019. O PPA está previsto no Artigo 165 da Constituição Federal. O PPA é um plano que se destina ao período de governo. Nele estão estabelecidas diretrizes, objetivos e metas que devem ser seguidos pelas esferas federal, estadual ou municipal nos quatro anos de mandato. Assim, serve como condutor para as ações do governo. Por meio do PPA, busca-se construir o País que se pretende deixar após a legislatura. Num país como o Brasil, de dimensão continental; diversidade regional abissal; contrastes acentuados; sociedade heterogênea; 204 milhões de habitantes; além de pertencer ao grupo dos emergentes, mas com forte concentração da renda, a complexidade decorrente destas características torna complicada a solução de cada um dos seus problemas. Objetivando acomodar pelo menos uns duzentos participantes da sociedade civil organizada, o público ficou dividido em grupos de trabalho por temas. Para chegar ao fim dos trabalhos, seguiu- se a metodologia sugerida pelos coordenadores do governo. Assim, cada representante teve oportunidade de manifestar- se nos diversos pontos tópicos, inclusive contribuindo para com os de outros grupos.
Panorama da Biodiversidade Global 4 – O relatório do Panorama da Biodiversidade Global 4 (em português) foi lançado no dia 14 de abril de 2015 em Brasília, pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma). A publicação reúne as últimas informações sobre indicadores, compromissos e tendências da biodiversidade e expõe as principais conclusões relevantes para implementação da Convenção da Diversidade Biológica (CBD). A biodiversidade é a base das economias desenvolvidas e em desenvolvimento. Sem uma saudável concentração de biodiversidade, os meios de subsistência, os serviços ecossistêmicos, os habitat naturais e a segurança alimentar podem ser gravemente prejudicados. Na 10ª Convenção das Nações Unidas sobre biodiversidade (COP-10) realizada em 2010, o Brasil se destacou por ter sido, junto com o Japão, a primeira nação a assinar o Protocolo de Nagoya, conhecido como regulamentação à utilização de recursos de biodiversidade. O objetivo central do protocolo é aumentar a proteção sobre as reservas naturais do planeta e, para isso, deve criar uma série de regras para controlar a utilização dos recursos, estabelecendo, inclusive regras econômicas.