O mercado de eventos está em ascensão na economia do País e movimenta diversos segmentos de negócios, cerca de 80% deles micro e pequenas empresas, que fomentam emprego e renda em todas as regiões. Em 2013, o setor gerou R$209,2 bilhões de receita, mais de 1.89 milhão de empregos diretos e formais em 590 mil eventos, com destaque para a região Sudeste, responsável por 52% dos eventos, seguida pelo Nordeste, com 20% e pelo Sul com 15%.
O mercado de eventos está em ascensão na economia do País e movimenta diversos segmentos de negócios, cerca de 80% deles micro e pequenas empresas, que fomentam emprego e renda em todas as regiões. Em 2013, o setor gerou R$209,2 bilhões de receita, mais de 1.89 milhão de empregos diretos e formais em 590 mil eventos, com destaque para a região Sudeste, responsável por 52% dos eventos, seguida pelo Nordeste, com 20% e pelo Sul com 15%. Foi o que revelou o II Dimensionamento Econômico da Indústria de Eventos no Brasil, pesquisa realizada pela Associação Brasileira da Indústria de Eventos (Abeoc Brasil) e apresentada durante reunião do Conselho de Turismo da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), dia 29 de outubro, no Rio de Janeiro.
Para a presidente da Abeoc, Anita Pires, que também é vice-presidente do Conselho de Turismo, a pesquisa ajuda o segmento a conhecer o seu tamanho e importância na economia do País e é um guia para as estratégias e investimentos das empresas. Ela também acredita que as informações podem orientar políticas públicas voltadas para o desenvolvimento do setor. “É uma ferramenta que facilita a sobrevivência das empresas do segmento de eventos, especialmente as de menor porte, e permite pautar com maior precisão as estratégias a serem adotadas nos negócios. As empresas encontram dados que podem orientar investimentos, definir a ampliação dos negócios, analisar pontos fortes e fracos do mercado e identificar demandas para novos empreendimentos”, explicou.
Segundo Anita Pires, o Ministério do Turismo pediu acesso aos dados da pesquisa antes da divulgação e como conclusão, sinalizou com a possibilidade de inclusão do setor de eventos no PAC do Turismo (Programa de Aceleração do Crescimento do governo federal). O coordenador do Observatório do Turismo, Osíris Marques, responsável pela condução da pesquisa apresentou a metodologia e os resultados técnicos do Dimensionamento. A pesquisa completa está disponível no site da Abeoc.
O II Dimensionamento Econômico da Indústria de Eventos no Brasil é uma iniciativa da Abeoc Brasil e do Sebrae Nacional, foi realizado pelo Observatório do Turismo da Universidade Federal Fluminense e teve o apoio da CNC, da Federação Nacional de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares (FNHRBS) e do ForEventos (Fórum do Setor de Eventos).
Qualificação e certificação
Também presente à reunião, o diretor da LCB Consultoria Organizacional, Luiz Carlos Barbosa, apresentou aos conselheiros os resultados do Programa de Qualificação e Certificação das Empresas de Eventos, também desenvolvido pela Abeoc Brasil. “O programa é estruturador, exatamente como requer muitos setores do turismo e vai de encontro ao grande desafio atual para o setor, que é a competitividade”, explicou Barbosa. Segundo ele, o programa de Qualidade Abeoc Brasil qualifica micro e pequenas empresas de eventos na área de gestão, além de promover a certificação dos negócios. A Abeoc Brasil realiza inicialmente um diagnóstico da empresa, que depois participa de oficinas e palestras de capacitação e recebe consultoria direta para aprimoramento da gestão. Até o momento participaram 243 empresas em 12 estados. Após esse processo as empresas são incentivadas a participarem do processo de certificação, foram 102 inscritas. “A meta era certificar 30 empresas, até o momento aprovamos 26 empresas, mas acredito que chegaremos a 70”, afirmou Luiz Carlos Barbosa. Segundo ele, após a certificação, as empresas constroem um plano anual de melhorias para que possam renovar o selo de qualidade.