Tragédia em Goiás reacende debate sobre regulamentação do Turismo de Aventura, aponta FBHA

Compartilhe:

Morte de turista mineiro em prática de highline em Alto Paraíso (GO) reacende alerta da FBHA por regras claras e fiscalização eficaz no setor

No último dia 25 de julho, o turista mineiro Gustavo Rodrigues Guimarães, de 29 anos, perdeu a vida durante a prática de highline, uma modalidade esportiva que consiste em atravessar lugares altos por uma fita ancorada entre duas montanhas, em uma travessia realizada na Cachoeira da Usina, em Alto Paraíso (GO). Ele caiu de aproximadamente 50 metros de altura e morreu antes da chegada dos serviços de resgate. O episódio, ocorrido em um dos principais destinos de Turismo de Aventura da Chapada dos Veadeiros, voltou a expor os riscos associados à informalidade e à falta de normativas específicas para atividades radicais no Brasil.

Para a Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação (FBHA), a perda de Gustavo representa mais do que uma tragédia pessoal, ela ilumina um problema estrutural no setor de turismo de aventura nacional. Alexandre Sampaio, presidente da entidade, reforça que “sem normativas bem definidas e fiscalização eficiente, colocamos em risco vidas e a reputação do setor”. A FBHA defende a colaboração entre governo e iniciativa privada para acelerar a regulamentação que inclua padrões mínimos de segurança, certificação obrigatória de profissionais, seguro e gestão de riscos.

“A demora no socorro nos choca e nos preocupa. Isso só reforça que o Turismo de Aventura precisa, urgentemente, de uma regulamentação clara no mundo todo. No nosso país, deve ser aplicada com o apoio do Ministério do Turismo e da iniciativa privada”, afirma Alexandre Sampaio. Segundo ele, são indispensáveis medidas preventivas e protocolos formais para que incidentes desse tipo não comprometam o crescimento sustentável e a credibilidade do turismo brasileiro.

A FBHA ressalta a atuação histórica da Associação Brasileira das Empresas de Ecoturismo e Turismo de Aventura (Abeta), que já apresentou diretrizes para capacitação, fiscalização e autorregulação do segmento. Segundo a federação, mais do que promover o Brasil como destino de aventura, é preciso garantir a qualidade e a segurança das experiências oferecidas, com parâmetros semelhantes aos padrões internacionais. Essa união de esforços visa transformar boas práticas em exigências normativas, protegendo turistas e fortalecendo operadores que atuam com profissionalismo e responsabilidade.

Leia mais

Rolar para cima