Setembro também é mês de chamar a atenção para a Camada de Ozônio. Em 1987 foi criado o Dia Internacional para a Preservação da Camada de Ozônio, comemorado em 16 de setembro, em celebração à assinatura do Protocolo Montreal, um tratado ambiental internacional que estabeleceu um cronograma de iniciativas de combate à destruição da camada de ozônio. As ações são estimuladas pelo poder público, mas a execução depende de cada instituição. O Senac, por exemplo, desenvolve em Caruaru o projeto-piloto Prints Carb, voltado para a mensuração, redução e compensação da emissão de carbono.
O carbono em si não prejudica diretamente o meio ambiente, mas os compostos que possuem esse elemento em sua composição, como o dióxido de carbono (CO2) e os clorofluorcarbonetos (CFCs), são prejudiciais, pois destroem moléculas do ozônio e contribuem para o aquecimento global. O projeto do Senac recebeu o nome técnico de S-CARB: Protocolo Senac de Inventário, Mitigação e Compensação de Carbono, em que o sistema implantado no prédio calcula a “pegada de carbono” das atividades da instituição em quatro dimensões: energia elétrica, combustíveis, materiais e resíduos.
O projeto conta com um equipamento que monitora a emissão do carbono, cujas informações são enviadas para um sistema que calcula os índices e gera dados, que serão utilizados em ações. O equipamento utilizado, intitulado de CARBox, foi desenvolvido pela equipe da instituição e produzido em impressora 3D. Ele monitora a energia elétrica e está em processo de patente junto ao Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI).
O dispositivo coleta dados em tempo real e envia para a Calculadora de Carbono, software criado especialmente para o projeto, que consolida as informações e gera indicadores ambientais do Senac em Caruaru. “A partir disso, são planejadas obras de redução e compensação, a exemplo da usina fotovoltaica, já em funcionamento na unidade, e o plantio de mudas, já no planejamento. Assim, é possível acompanhar a relação entre emissão e compensação”, explicou o presidente da Fecomércio-PE, Bernardo Peixoto.
O presidente reforça ainda que a conscientização dos alunos e dos profissionais que atuam na unidade é um dos resultados positivos desse trabalho. “Nós temos que cuidar do meio ambiente, e o Senac assume esse compromisso de formar cidadãos cada vez mais engajados com a preservação do planeta”, ressaltou.
O projeto desenvolvido no Senac em Caruaru faz parte do Programa de Inovação e Tecnologia da Fecomércio-PE (PRINTS), uma iniciativa que integra educação, tecnologia e sustentabilidade, desenvolvido em parceria com a Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) e seu Programa de Pós-Graduação em Administração e Desenvolvimento (PPAD). O programa adota três pilares da Sustentabilidade 3D: Descarbonização, Digitalização e Descentralização.
