Segundo pesquisa da Fecomércio-MG,100% dos centros de formação de condutores estão fechados em Minas Gerais

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Desde o início da pandemia do novo coronavírus (covid-19), inúmeras atividades empresariais deixaram de funcionar por conta das medidas de distanciamento social. Com isso, milhares de empresas de diversos segmentos já somam prejuízos que vão além do esperado. Esse é o caso dos centros de formação de condutores (CFCs) em Minas Gerais.

Todos os estabelecimentos em Minas estão fechados, em virtude da pandemia, e já observam uma queda no faturamento entre 80% e 100%. Essa é uma constatação da pesquisa de opinião “Impactos da covid-19 no segmento de autoescolas”, elaborada pela Fecomércio-MG e o Sindicato dos Proprietários de Centros de Formação de Condutores do Estado de Minas Gerais (Siprocfc-MG).

Em média, 56,6% dos estabelecimentos possuem entre 10 e 20 anos de atuação no ramo de autoescolas e utilizam quase exclusivamente espaços físicos para a prestação de serviços. A pesquisa também aponta que só 34,1% dos entrevistados acreditam ter condições de manter suas operações comerciais por mais de um mês, enquanto 24,8% projetam apenas mais uma semana, e 10,3% por mais um ou dois meses. Pouco menos de 1% dos entrevistados afirma ter capacidade de manter suas atividades por mais três meses.

Diante desse cenário, o economista-chefe da Fecomércio-MG, Guilherme Almeida, acredita que a pandemia possa afetar ainda mais as atividades econômicas. “A pesquisa mostra que cerca de 19% dos empresários apontaram escassez de recursos para efetuar o pagamento de compromissos, e 18% já confirmaram não ter capital. Esses são alguns dos complicadores que desencadeiam reflexos, como o desemprego. Não por acaso, quase 17% dos entrevistados já tiveram que dispensar funcionários temporariamente”, avalia.

Como medida para o enfretamento da crise, mais da metade dos empresários (53,1%) pretendem contratar linhas de crédito especiais para as suas empresas. A medida visa minimizar os impactos financeiros e honrar compromissos de curto prazo, como o pagamento da folha salarial, de fornecedores e a liquidação de dívidas mensais, além da obtenção de capital de giro.

Em relação à atitude do governo perante a situação da iniciativa privada, 41,5% dos proprietários de CFCs esperam por ajuda financeira para o segmento, 30,1% pelo fim dos decretos que inviabilizam às operações empresariais, e 13,3% pela doação de itens de higiene e materiais para os locais autorizados a funcionar. Enquanto aguardam tais medidas, 25,7% estão concedendo férias coletivas aos funcionários, 25,2% estão renegociando contratos com os fornecedores, e 22,6% estão dispensando serviços não essenciais à empresa.

 

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