Fecomércio-RS faz um raio X do emprego no Estado

Fecomércio-RS faz um raio X do emprego no Estado

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Fecomércio-RS faz um raio X do emprego no Estado

A Fecomércio-RS divulgou, no dia 10 de março, a 10ª edição do Mapa do Emprego, com dados baseados na RAIS (Relação Anual de Informações Sociais) de 2019, registro mais recente disponível no País sobre o mercado de trabalho.  Desde o ano passado, o mapa tornou-se uma ferramenta interativa em que os usuários podem ter uma visão mais ampla e completa do perfil do emprego no Rio Grande do Sul. Portanto, assim como na 9ª edição, a ferramenta apresenta duas versões: a de acesso universal e a de acesso restrito aos sindicatos da Fecomércio-RS. Na versão de acesso universal, o usuário poderá ter informações sobre o perfil do emprego formal do Estado em duas dimensões geográficas, do Conselho Regional de Desenvolvimento (Corede) e município, e em três dimensões de atividade econômica (seção CNAE 2.0, divisão CNAE 2.0 e classe 2.0). Na versão para os sindicatos, há ainda informações relativas aos estabelecimentos.

Atividades econômicas que mais empregam no RS

O mapa evidencia as atividades econômicas que mais empregam no Estado segundo o RAIS. O comércio varejista aparece em primeiro lugar, sendo responsável por 457.967 empregos formais, o que corresponde a 15,48% do emprego formal gaúcho. Em segundo, atividades de administração pública, defesa e seguridade social (15,05%) e, em terceiro, atividades de atenção à saúde humana (5,33%).

Perfil do trabalhador gaúcho

Conforme os dados apresentados no mapa, em 2019, o Rio Grande do Sul apresentou 2.957.621 empregos formais. Na economia gaúcha, a maior parte dos vínculos formais era ocupado por homens (53,8%), sendo a idade média dos trabalhadores de 37,9 anos. A pirâmide etária gaúcha mostra que estamos envelhecendo: 42% dos vínculos formais eram de pessoas com idade igual ou superior a 40 anos. Quanto à escolaridade média, 43,9% apresentavam Ensino Médio Completo, a escolaridade mais frequente entre os trabalhadores, mas 11,4% ainda eram analfabetos ou tinham apenas ensino fundamental incompleto.

Em termos médios, o tempo de vínculo era de 71,6 meses, e a rotatividade, excluindo os estatutários, foi de 47,0%, comparando o fluxo de contratações e desligamentos de trabalhadores entre os anos de 2018 e 2019. Quanto à remuneração, em média, na economia gaúcha, o rendimento foi de R$ 2.865,32 em 2019, sendo que os homens receberam, em média, R$ 3.076,14 e as mulheres, R$ 2.619,79. Os dados mostram também que as empresas optantes do Simples Nacional responderam por 22,46% do emprego formal em 2019.

Análise regional

Segundo o mapa, em 2019, os três maiores Coredes (Conselhos Regionais de Desenvolvimento) do Rio Grande do Sul eram Metropolitano Delta do Jacuí, Vale do Rio dos Sinos e Serra. Juntas, as regiões somaram 1.565.085 vínculos formais, o que representa 52,9% do total do emprego do Estado. O levantamento também aponta as três divisões CNAE 2.0 que detinham o maior número de vínculos nesse recorte regional: Administração pública, defesa e seguridade social – 236.276 empregos (15,10%); Comércio varejista – 203.201 empregos (12,98%); e Atividades de atenção à saúde humana – 92.842 empregos (5,93%). A maior parte desses postos de trabalho foi ocupada por homens (53,1%), e a idade média dos trabalhadores era de 38,4 anos. Em termos médios, o tempo de vínculo era de 74,3 meses e a taxa de rotatividade foi de 46,0%. Quanto à remuneração, em média, o rendimento foi de R$ 3.294,24, sendo que, em média, os homens receberam R$ 3.581,44 e as mulheres, R$ 2.969,17.

Em primeiro lugar, o Corede Metropolitano Delta do Jacuí registrou 884.023 empregos formais. As cidades que mais empregaram são Porto Alegre, com 695.243 empregos, Gravataí, com 54.658 empregos, e Cachoeirinha, com 37.054 empregos. As divisões CNAE 2.0 que mais empregaram foram Administração pública, defesa e seguridade social – 185.851 empregos (21,02%); Comércio Varejista – 113.189 empregos (12,80%); e Atividades de atenção à saúde humana – 63.483 empregos (7,18%). No que diz respeito ao perfil da força de trabalho, 51,8% eram do sexo masculino e a idade média dos trabalhadores era de 39,3 anos. Em termos médios, o tempo de vínculo era de 82,8 meses e a taxa de rotatividade foi de 45,3%. Quanto à remuneração, em média, o rendimento foi de R$ 3.768,47, sendo que, em média, os homens receberam R$ 4.118,20 e as mulheres, R$ 3.392,26.

Em segundo lugar, o Corede Vale do Rio dos Sinos contemplou 357.208 empregos formais. As cidades que mais empregaram foram Canoas, com 81.403 empregos, Novo Hamburgo, com 71.638 empregos, e São Leopoldo, com 59.217 empregos. Entre as divisões CNAE 2.0, a atividade que mais empregou foi o Comércio varejista – 51.781 vínculos (14,50%) – seguido por Preparação de couros e fabricação de artefatos de couro, artigos para viagem e calçados – 41.642 empregos (11,66%) – e Administração Pública, defesa e seguridade social – 30.147 empregos (8,44%). A maior parte desses postos de trabalho foi ocupada por homens (54,7%), e a idade média dos trabalhadores era de 37,3 anos. Em termos médios, o tempo de vínculo era de 60,1 meses e a taxa de rotatividade foi de 48,1%. Quanto à remuneração, em média, o rendimento foi de R$ 2.621,30, sendo que, em média, os homens receberam R$ 2.836,28 e as mulheres, R$ 2.362,00.

Em terceiro lugar, o Corede Serra contabilizou 323.854 empregos formais. As cidades que mais empregaram são Caxias do Sul, com 159.207 empregos, Bento Gonçalves, com 44.721 empregos, e Farroupilha, com 23.522 empregos. As divisões CNAE 2.0 que mais empregaram foram o Comércio varejista – 38.231 empregos (11,81%); Fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias – 21.646 empregos (6,68%); e Administração Pública, defesa e seguridade social – 20.278 empregos (6,26%). A maior parte dos vínculos eram do sexo masculino (54,8%), e a idade média dos trabalhadores era de 36,9 anos. Em termos médios, o tempo de vínculo era de 66,7 meses e a taxa de rotatividade foi de 45,4%. Quanto à remuneração, em média, o rendimento foi de R$ 2.742,01, sendo que, em média, os homens receberam R$ 3.016,02 e as mulheres, R$ 2.409,57.

Os demais Coredes, juntos, somaram 1.392.536 empregos formais, o que correspondeu a 47,1% do total do emprego do Estado. Nesse recorte, a divisão CNAE 2.0. do Comércio varejista detinha o maior número de vínculos (18,30%) – 254.766 empregos; Administração pública, defesa e seguridade social vinha em segundo lugar com 15% do total – 208.851 empregos; e Fabricação de produtos alimentícios em terceiro (7,14%) – 99.447 empregos. A maior parte dos postos de trabalho foi ocupada por homens (54,6%), e a idade média dos trabalhadores era de 37,4 anos. Em termos médios, o tempo de vínculo era de 68,6 meses e a taxa de rotatividade foi de 48,2%. Quanto à remuneração, em média, o rendimento foi de R$ 2.383,24, sendo que, em média, os homens receberam R$ 2.523,88 e as mulheres, R$ 2.214,11.

Ao utilizar o Mapa do Emprego 2021, os usuários poderão acessar informações como número de vínculos, perfil de gênero, etário e educacional dos trabalhadores, salários médios, tempos médios de vínculo, rotatividade, número de vínculos por porte do estabelecimento contratante, por tipo de contrato e por enquadramento tributário do contratante. Todas as informações podem ser acessadas de acordo com a seleção do usuário por atividade econômica e por recorte geográfico (Corede ou município). Para conhecer o Mapa do Emprego, clique aqui.

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