Fecomércio-PI avalia que a economia do Estado está se recuperando dos efeitos da pandemia

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O presidente da Fecomércio-PI, Valdeci Cavalcante, analisou os dados das vendas do comércio de bens e serviços no estado durante o ano de 2020. De acordo com ele, a pandemia afetou consideravelmente a economia do Piauí, mas aos poucos empresas e instituições estão se restabelecendo. A expectativa do presidente é que com a proximidade do Natal os números melhorem ainda mais.

“Estamos finalizando este ano, que foi completamente atípico por conta da pandemia da covid-19 que assolou o mundo. A economia de todo o planeta foi afetada e, aos poucos, as empresas e instituições estão se recuperando. Aqui no Piauí, a Federação do Comércio lutou muito junto com os empresários para que não parássemos e pudéssemos minimizar os danos no comércio local de bens, serviços e também no setor de turismo”, disse.

Valdeci afirmou que, de acordo com dados dos índices de volumes de vendas e prestação de serviços, colhidos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o início do ano manteve a média dos anos anteriores; porém, a partir de março, quando se iniciou a pandemia, houve uma queda de 3,9% nas vendas do comércio e setor de serviços em relação ao mesmo período do ano passado. Nos meses de abril e maio, no auge da pandemia e quando foi decretado lockdown em várias cidades, a queda foi ainda maior: de 22,8% em abril e 20,4% em maio.

Setembro foi o melhor mês até agora

No mês de junho, quando a pandemia já estava mais controlada, os números apresentaram uma melhora e houve aumento de 16,8% no volume de vendas em relação ao mesmo período do ano passado. O melhor mês registrado este ano, até agora, foi setembro, quando houve um aumento de 23,9% nas vendas do comércio varejista, no Piauí, em comparação ao mesmo mês do ano passado. “Nossa expectativa é que esse número cresça agora em dezembro com as vendas do Natal”, disse Valdeci.

Sobre o pagamento de impostos no estado, incluindo tributos como ICMS e IPVA, dentre outros, os dados apontam que no início do ano, em janeiro, o montante arrecadado foi de R$ 607.513.450,00. “O que pagamos de impostos estaduais até o mês de outubro foi de R$ 4,27 bilhões , o que indica uma queda de 1,39% em relação a 2019, quando arrecadamos, até o mesmo mês, o total de R$ 4,33 bilhões , ou seja, nós representamos mais de 80% da arrecadação do estado”, explicou Valdeci.

Esta recuperação econômica se reflete também nos empregos. No último mês de setembro, de acordo com estatísticas do novo Caged, entraram no mercado de trabalho do Piauí 2.172 pessoas no setor do comércio de bens e 2.698 pessoas no setor de serviços, totalizando 4.870 novos postos de trabalho gerados. Ainda sobre setembro, até esse mês existia no Piauí um estoque de 92.914 vagas ocupadas no setor do comércio, com destaque para Teresina, com 50.850 vagas. O segmento de serviços aponta com 134.594 empregados, dos quais 98.134 são de Teresina. “Esses números indicam que nosso setor emprega diretamente, com carteira assinada, 227.508 trabalhadores, dos quais 44,5% só na capital. Poderia ser muito mais, não fossem os maus governantes que tivemos”, observou.

Encerrando suas análises, Valdeci pediu que os empresários do interior do estado se unam aos novos prefeitos eleitos e exijam deles mais emendas parlamentares e outros recursos públicos para suas cidades. “Senhores gestores públicos, a melhor forma de combater a miséria e a pobreza é incentivar aqueles que produzem riqueza”, finalizou.

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