Dia das Crianças aponta aumento do gasto da população do sul do País

Compartilhe:

Terceira data mais importante do varejo, atrás do Natal e Dia das Mães, o Dia das Crianças deste ano deve movimentar o comércio catarinense no início de outubro. Pesquisa da Fecomércio-SC sobre a intenção de compras para a data aponta alta de 20% no gasto médio (R$ 236,18), em termos reais, considerando a inflação, as famílias pretendem desembolsar 10,37% a mais diante de 2021.

Cerca de sete em cada dez devem realizar as compras durante a semana que antecede a data: 48,2%, na semana (dias úteis); 16,5%, na véspera; e 3,4%, no dia. Quase a metade deve presentear com brinquedos (47,1%), seguido por roupas (27,6%) e calçados (7,5%).

O comércio de rua continua como principal destino de compras dos catarinenses (61,9%), ainda que tenha reduzido consideravelmente a participação nos últimos anos – já a internet saltou de 3,2% em 2019 para 13,0% em 2022.

No Paraná, sondagem realizada pela Fecomércio-PR e pelo Sebrae-PR mostra que a data será bastante animada, uma vez que 74,4% dos paranaenses pretendem presentear nessa data. Este é o maior percentual da série histórica da pesquisa, iniciada em 2016.

De acordo com o coordenador de Desenvolvimento Empresarial da Fecomércio-PR, Rodrigo Schmidt, a maior intenção de presentear, neste ano, no Dia das Crianças pode ser atribuída, entre outros fatores, à maior circulação de pessoas comparativamente aos dois anos anteriores, bem como percepção de melhora da conjuntura macroeconômica pela população, com o mercado de trabalho em recuperação. “Existe também neste momento uma disposição maior para as celebrações, que ficaram um tanto quanto represadas durante o período mais crítico da pandemia. As crianças, em especial, foram bastante impactadas neste período, mas houve, em termos gerais, um fortalecimento das relações entre pais e filhos, o que explica esta disposição maior de comemorar esta data tão importante para o varejo nacional, que se traduz em presentes, passeios, promoção de brincadeiras, viagens, aquecendo assim o consumo de bens e serviços”, reitera.

Em 2021, 65,6% dos entrevistados afirmavam que comprariam presentes no dia 12 de outubro. Entre os indecisos (1,5%) e os 24,1% que não presentearão este ano, mais da metade (58,4%) não possui criança para presentear.

A Fecomércio-RS avalia as expectativas de venda para a data, com base no cenário econômico atual, e destaca os pontos a serem observados pelos lojistas.

Neste ano, os produtos tipicamente comercializados serão marcados por preços maiores. No acumulado de 12 meses até agosto, os brinquedos ficaram 20,32% mais caros do que no mesmo período do ano passado, enquanto a cesta de consumo medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) aumentou 8,73%. O aumento também ocorreu nas roupas e calçados infantis. Nesse contexto, a expectativa é que os comércios que são mais impactados pela data registrem em 2022 um faturamento nominal superior ao do mesmo período do ano passado. Entretanto, é importante frisar que uma grande parte desse incremento vem do aumento de preços. Esse setor foi altamente impactado pelo aumento de custos nos últimos 12 meses. Ainda assim, descontada a inflação, o volume de vendas deve ser levemente mais alto do que o do ano passado. “Este ano, muito mais do que nos dois últimos anos, os serviços serão fortes concorrentes do varejo de bens na disputa pelo presente do Dia das Crianças”, observou Luiz Carlos Bohn, presidente da Fecomércio-RS.

Leia mais

Rolar para cima