Gazeta Mercantil Editoria: Nacional Página: A-4
O comércio bilateral entre Brasil e Argentina pode ficar mais favorável ao país vizinho. Segundo a consultoria argentina abeceb.com, haverá uma redução de 23% em relação ao superávit brasileiro do ano passado, fazendo com que 2007 se encerre com um saldo de US$ 2,8 bilhões. “Isso assinalará um acontecimento significativo na história do intercâmbio bilateral”, avaliam os economistas, lembrando que a situação entre os dois principais sócios do Mercosul se arrasta desde 2003.
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O comércio bilateral entre Brasil e Argentina pode ficar mais favorável ao país vizinho. Segundo a consultoria argentina abeceb.com, haverá uma redução de 23% em relação ao superávit brasileiro do ano passado, fazendo com que 2007 se encerre com um saldo de US$ 2,8 bilhões. “Isso assinalará um acontecimento significativo na história do intercâmbio bilateral”, avaliam os economistas, lembrando que a situação entre os dois principais sócios do Mercosul se arrasta desde 2003.
Nos primeiros quatro meses do ano, o superávit apresentado pelo Brasil chegou a US$ 920 milhões, 20% inferior ao primeiro quadrimestre de 2006. A redução foi ocasionada por vendas argentinas 35,8% maiores (US$ 3,015 bilhões) do que as registradas no mesmo período do ano anterior. No entanto, pelos dados apenas de abril, os brasileiros venderam aos argentinos 15% a mais do que igual mês de 2006, levando o saldo positivo do lado brasileiro a US$ 337 milhões. Esse resultado, de acordo com a consultoria, faz com que já sejam 47 meses consecutivos de déficit para a Argentina.
Mas a expectativa dos argentinos é que suas exportações ao Brasil cresçam 30% em 2007 e superem os US$ 10 bilhões – recorde histórico nos níveis de vendas aos brasileiros.
Entre os fatores que propiciaram o maior fluxo no intercâmbio bilateral e mais favorável à Argentina, de acordo com os integrantes da abeceb.com, está a apreciação do real frente ao dólar no Brasil. “O impulso adquirido pelas importações brasileiras de produtos argentinos fez com que a participação no total comprado pelo Brasil passasse de 8,5%, em 2005, para 8,8% em 2006”, relatam, especificando que foram vendidos mais automóveis e autopeças, cujas compras brasileiras subiram 10%.
Segundo estimativas dos economistas argentinos, o Brasil deve comprar 14% a mais de produtos argentinos nesse ano, totalizando US$ 13,3 bilhões. “O fenômeno da desaceleração das compras argentinas do Brasil, como conseqüência da valorização do real frente ao dólar, mostrou um ligeiro aumento das importações de 17%, no primeiro quadrimestre, em comparação a mesmo período de 2006.”
Em abril, as importações provenientes do Brasil alcançaram US$ 1,069 bilhão, 7,5% inferiores ao mês anterior, mas 20% superiores a igual mês de 2006.