Sumário Econômico 1397

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Destaque da edição:

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Menor crescimento da receita confirma o desaquecimento do setor de serviços – Segundo os últimos dados da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) divulgada em 17/03 pelo IBGE, a receita bruta do setor registrou incremento de 1,6% em relação a janeiro de 2014, sendo o segmento dos serviços prestados às famílias (+8,6%), aquele que mais se destacou nessa base comparativa. Em contrapartida, os serviços de informação e comunicação (-2,5%) seguraram uma alta mais expressiva do faturamento das atividades terciárias. A alta interanual de janeiro foi a menor de toda a série histórica da PMS. Ainda em relação ao primeiro mês de 2014, Rio Grande do Norte (+9,2%), Ceará (+7,3%) e Pará (+6,6%), asseguraram as taxas mais positivas no plano estadual. A região Norte (+2,9%), responsável por 2,9% da receita anual do setor, foi a que apurou a maior taxa dentre as cinco regiões geográficas do Brasil. Além da ausência de ajustamento sazonal nos dados mensais, a PMS ainda não conta com um deflator que permita a obtenção da variação real do volume da receita dos serviços consumidos pelas famílias e pelas empresas brasileiras. Entretanto, utilizando o IPCA de serviços como deflator dos últimos 12 meses (+8,8%), o volume faturado teria recuado pelo décimo primeiro mês consecutivo, registrando em janeiro o pior desempenho (-7,1%) da série histórica iniciada em janeiro de 2012.

 

Outras matérias:

ICF registra, consecutivamente, menor nível da série histórica no terceiro mês do ano – A Intenção de Consumo das Famílias (ICF) registrou queda de 6,1% (110,6 pontos) na comparação com o mês imediatamente anterior e 11,9% em relação a março de 2014. A inflação oficial medida pelo IPCA, que reflete as principais onerações no orçamento das famílias, ficou em 1,22% em fevereiro. Com esse resultado, o IPCA acumula alta de 7,7% em 12 meses – a taxa acumulada mais alta desde os 12 meses encerrados em maio de 2005, quando o índice subiu 8%. O destaque do mês foi a gasolina, cujos preços subiram 8,42%, reflexo do aumento do PIS/Cofins que começou a vigorar no mês passado. A gasolina teve impacto de 0,31 ponto percentual no IPCA e foi responsável por um quarto da variação do índice. No entanto, o grupo de alimentos e bebidas mostrou algum alívio, com alta de 0,81%, ante alta anterior de 1,48%. O índice permanece acima da zona de indiferença (100,0 pontos), indicando um nível ainda favorável. O componente Emprego atual registrou queda de 2% em relação ao mês anterior, e 4,4% na comparação com o mesmo período do ano passado. O percentual de famílias que se sentem mais seguras em relação ao Emprego atual é de 42,5% – quesito que vem diminuindo a cada mês.

IPCA-15 registra elevação de 1,2% em março – O IPCA-15 – prévia do índice de inflação utilizado no regime de metas pelo Banco Central – registrou aceleração de 1,24% em março, desacelerando em relação ao mês anterior (1,33%). No acumulado do ano, a inflação apresentou alta de 3,5% e em 12 meses, 7,9%, a maior taxa desde maio de 2005, quando acusou alta de 8,2%. A diferença entre o IPCA-15 e o IPCA é o período de coleta dos preços. Pela análise regional, Curitiba registrou a maior taxa de inflação dentre as pesquisadas, de 1,7%, seguida de Fortaleza e Porto Alegre (ambos com 1,4%). Na sequência vêm Goiânia (1,3%), Salvador (1,3%) e São Paulo (1,2%). Já as menores taxas de inflação foram registradas em Belém, de 0,8%, Brasília, 0,8%, e Rio de Janeiro, 1,1%. Dentre os Grupos, destaque para as altas de Alimentação, Habitação e Transportes, com elevação de 1,2%, 2,8% e 1,9%, respectivamente. Esse resultado foi puxado principalmente pelo aumento nas contas da energia elétrica, nos preços dos combustíveis e dos alimentos que, juntos, foram responsáveis por 77,42% do índice do mês, sobre o qual exerceram impacto de 0,96 ponto percentual.

Projeto Polinização do Brasil – A polinização é o transporte do pólen dos estames de uma flor até a parte feminina de outra; deste modo, obtêm-se as sementes que produzirão uma nova planta. Em alguns casos, o pólen é transportado pelo vento, mas há plantas que dependem dos animais, especialmente insetos, para que ocorra a polinização. Com o objetivo de conhecer melhor os polinizadores e a importância do processo de polinização no desenvolvimento da agricultura, o Projeto Polinizador do Brasil, coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA) realizou pesquisas e atividades de capacitação e conscientização ao longo dos últimos cinco anos. O projeto concentra esforços em sete culturas importantes no Brasil: algodão, caju, canola, castanha, maçã, melão e tomate. Planos de manejo, publicações científicas, educativas, e vídeos de grande importância foram produzidos para produtores rurais e também para criadores de abelhas. O projeto está inserido em uma iniciativa internacional da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), financiada pelo Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF – Global Environmental Facility) e que tem o Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio) como agência responsável pela execução.

Mercado continua a aumentar a expectativa de inflação – No último relatório Focus divulgado pelo Banco Central (20/03), a mediana das expectativas para o IPCA aumentou para 8,12%, após chegar a 7,33% há quatro semanas passadas. Este é o primeiro resultado acima de 8,0% desde abril de 2014 e o décimo segundo aumento consecutivo, além de continuar acima do limite superior da meta (6,50%). As projeções para 2016 foram para 5,61%, similar à quatro semanas passadas, 5,60%. No curto prazo, as projeções dos analistas são de 1,40% para março e 0,62% em abril. As cinco instituições que mais acertam – TOP 5 – projetaram IPCA de 1,42% para março e 0,60% para abril, valores próximos ao mercado. Segundo dados do IBGE, o IPCA de 2014 foi de 6,41%, enquanto em fevereiro alcançou 2,48% no acumulado do ano. Projeta-se a taxa de juros Selic para o final de 2015 em 13,00%, ou seja, com mais acréscimos ao longo do ano, até um aumento total de 0,25 pontos. Espera-se que este aumento já aconteça na próxima reunião do Copom, alcançando expectativa mediana de 13,13%. O encontro será em abril, nos dias 28 e 29. A previsão é que em 2016, a Selic recue e termine o ano em 11,50%, ainda menor do que a taxa atual, previsão estável há 12 semanas.

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