Mínimo é de US$ 200. Paim já quer US$ 300

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O salário mínimo nacional está em torno de US$ 200, marca alcançada sexta-feira, quando o dólar foi a R$ 1,90. Isso é resultado tanto dos aumentos do mínimo em moeda nacional, que em abril passou de R$ 350 para R$ 380, quanto da desvalorização do dólar, que ontem subiu um pouco, para cerca de R$ 1,93.


‘Agora nossa luta é pelo mínimo de US$ 300’, disse o senador Paulo Paim (PT-RS), que ficou conhecido em todo o País nos anos 90 quando tinha o salário mínimo de US$ 100 como bandeira de seu mandato de deputado federal.

O salário mínimo nacional está em torno de US$ 200, marca alcançada sexta-feira, quando o dólar foi a R$ 1,90. Isso é resultado tanto dos aumentos do mínimo em moeda nacional, que em abril passou de R$ 350 para R$ 380, quanto da desvalorização do dólar, que ontem subiu um pouco, para cerca de R$ 1,93.


‘Agora nossa luta é pelo mínimo de US$ 300’, disse o senador Paulo Paim (PT-RS), que ficou conhecido em todo o País nos anos 90 quando tinha o salário mínimo de US$ 100 como bandeira de seu mandato de deputado federal. ‘Vamos assim até chegarmos onde queremos: cobrir as necessidades de um casal com dois filhos como manda o decreto que criou o salário mínimo, na época de Vargas.’


Por outro lado, a desvalorização do dólar preocupa o senador gaúcho pelo lado do prejuízo que traz aos exportadores e o potencial de desemprego. ‘O setor calçadista no sul está quase desesperado.’ Ele estava no Vale dos Sinos (RS) e disse, por telefone, que ‘tem empresa de 3 mil trabalhadores ameaçando fechar’. Paim lembrou que a indústria de máquinas agrícolas também está com dificuldades por causa do real valorizado.


O pesquisador do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea)Lauro Ramos, especialista em mercado de trabalho, acha que, se a desvalorização do dólar for natural, não artificial, ’em tese deve propiciar crescimento maior’ para a economia em geral, embora alguns setores fiquem prejudicados.


Ele ressaltou que o salário mínimo cresce há vários anos, mesmo descontando a inflação, além de a valorização do real ter aumentado seu valor em dólar. ‘Há 10, 15 anos, quando se falava em ter um salário mínimo de US$ 100, era quase impensável chegar a US$ 200.’


Ramos observou que ‘quem ganha o mínimo não consome produto importado ou que concorre com importado’. Também acha que o custo do aumento do mínimo não afeta significativamente a produtividade.

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