Um balão para cada mil toneladas de gases de efeito estufa emitidos pelo Brasil. É assim que o WWF-Brasil e a Fundação SOS Mata Atlântica ilustram as seis milhões de toneladas de gases liberados diariamente na atmosfera pelo país.
Um balão para cada mil toneladas de gases de efeito estufa emitidos pelo Brasil. É assim que o WWF-Brasil e a Fundação SOS Mata Atlântica ilustram as seis milhões de toneladas de gases liberados diariamente na atmosfera pelo país. Com essa representação, as entidades realizaram nesta terça-feira (5) uma manifestação silenciosa em frente ao Congresso Nacional para assinalar o Dia Mundial do Meio Ambiente e conclamar a população, a sociedade civil e os governos a participar de ações para combater as causas das mudanças climáticas.
– Somos o quarto país entre os maiores emissores do mundo. Não podemos cruzar os braços, temos que assumir a responsabilidade. Precisamos estabelecer metas claras para que possamos nos adaptar e precisamos dar celeridade aos projetos no Congresso – afirma a técnica de mudanças climáticas do WWF-Brasil Karen Suassuna.
Segundo Karen Suassuna, 75% das emissões brasileiras de gases ocorrem em função do desmatamento da Amazônia e das queimadas oriundas da destruição da floresta. Em todo o mundo, de acordo com a técnica do WWF-Brasil, as florestas são destruídas à razão de um território de Portugal por ano, o que representa 18% das emissões globais de gases estufa.
Após a manifestação silenciosa, as organizações não-governamentais participaram de um café da manhã com deputados da Frente Parlamentar Ambientalista. Durante o evento, os parlamentares receberam um CD com propostas de como enfrentar o aquecimento global no Brasil e uma série de publicações e estudos elaborados pelo WWF-Brasil relacionados ao tema.
A intenção das entidades, ao fincarem os seis mil balões na grama em frente ao Congresso, segundo Karen Suassuna, é tornar visível um problema de difícil percepção. Ela afirmou que o aquecimento global poderá custar à economia mundial até 20% do Produto Interno Bruto do planeta se não forem tomadas medidas urgentes para evitar as catástrofes naturais.
Agência Senado 5 de junho de 2007.