Jornal do Commercio Editoria: Economia Página: A-6
O número de cheques devolvidos em todo o País aumentou 19,7% em março, na comparação com fevereiro, mas diminuiu 4,9% em relação a igual mês do ano passado e recuou 4,2% no trimestre, ante período equivalente de 2006, segundo levantamento da Serasa. A queda de março na comparação anual foi a sétima consecutiva desde setembro de 2006, configurando uma tendência de diminuição da inadimplência nessa modalidade de pagamento.
Jornal do Commercio Editoria: Economia Página: A-6
O número de cheques devolvidos em todo o País aumentou 19,7% em março, na comparação com fevereiro, mas diminuiu 4,9% em relação a igual mês do ano passado e recuou 4,2% no trimestre, ante período equivalente de 2006, segundo levantamento da Serasa. A queda de março na comparação anual foi a sétima consecutiva desde setembro de 2006, configurando uma tendência de diminuição da inadimplência nessa modalidade de pagamento. Este comportamento é explicado pela recuperação da massa de rendimentos reais (rendimento médio real em relação ao número de pessoas ocupadas).
Em março, 23,1 cheques foram devolvidos por falta de fundos a cada mil compensados, contra 19,3 no mês anterior. Foi registrado um total de 132,1 milhões de cheques no terceiro mês do ano, dos quais 3,04 milhões devolvidos por insuficiência de fundos. Os cheques compensados em fevereiro totalizaram 121,1 milhões, enquanto os devolvidos por falta de fundos somaram 2,34 milhões.
O aumento no número de cheques sem fundo em março é considerado normal pela Serasa, por causa do número maior de dias úteis do mês em relação a fevereiro. Além da sazonalidade, os consumidores são prejudicados pelo comprometimento da renda disponível com o pagamento de impostos como o sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) e o Predial e Territorial Urbano (IPTU).
“A inadimplência é maior também no primeiro semestre que no segundo, por causa do alongamento dos prazos nas compras de final de ano. São comportamentos já esperados”, disse o assessor econômico da Serasa, Carlos Henrique de Almeida.
Já na comparação com março de 2006, o volume de cheques sem fundos diminuiu. A devolução no mês chegou a 24,3 cheques por falta de fundos a cada mil compensados, queda de 4,9%. Em março do ano passado houve um total de 166,5 milhões de cheques compensados e 4,04 milhões de devolvidos.
No trimestre, os cheques devolvidos por insuficiência de fundos a cada mil compensados recuaram 4,2%, com um total de 20,4 cheques devolvidos a cada mil compensados no acumulado de janeiro a março, ante 21,3 em igual período de 2006. Já os cheques compensados totalizaram 395,1 milhões, em todo o País, no acumulado dos três primeiros meses de 2007, e os devolvidos foram 8,05 milhões no período. No primeiro trimestre do ano passado, foram compensados 447,9 milhões de cheques, dos quais 9,53 milhões chegaram a ser devolvidos por insuficiência de fundos.
“Em fevereiro deste ano o crédito subiu 24,7% em relação a igual mês do ano passado, um crescimento muito maior que o da inadimplência. Essa relação favorável faz do crédito um fator extremamente competitivo, que só tende a crescer”, afirmou Almeida. “Os indicadores de cheques sem fundos são influenciados favoravelmente com a prática do cadastro positivo sobre o crédito. Essa nova metodologia vai possibilitar o estabelecimento de políticas mais adequadas aos diversos tomadores de crédito, o que significa maior segurança nessas transações e, portanto, redução de custos e ampliação de recursos e abrangência, tanto para pessoa física quanto para pessoa jurídica”, disse o assessor.