O comércio eletrônico brasileiro já responde por 12,71% (US$ 27 bilhões) dos negócios feitos entre empresas e os consumidores finais, tendo crescido 71% no ano passado em relação a 2005. As transações de negócio-a-negócio (business to business), que cresceram 86% no mesmo período, somam 36,45% (US$ 86 bilhões) do valor total transacionado entre empresas.
“Os dois negócios juntos registaram uma média de crescimento de 82% nesta pesquisa e de 92% na anterior.
O comércio eletrônico brasileiro já responde por 12,71% (US$ 27 bilhões) dos negócios feitos entre empresas e os consumidores finais, tendo crescido 71% no ano passado em relação a 2005. As transações de negócio-a-negócio (business to business), que cresceram 86% no mesmo período, somam 36,45% (US$ 86 bilhões) do valor total transacionado entre empresas.
“Os dois negócios juntos registaram uma média de crescimento de 82% nesta pesquisa e de 92% na anterior. A tendência para este ano é de um crescimento médio por volta de 70%”, afirma Alberto Luiz Albertin, coordenador da pesquisa FGV-Eaesp de Comércio Eletrônico no Mercado Brasileiro, cuja 9ª edição foi apresentada ontem.
O crescimento ainda forte, mas com o fôlego um pouco menor é natural na avaliação de Albertin, tendo em vista o patamar já alcançado. “Estamos chegando em um patamar difícil de manter o mesmo nível de crescimento verificado até agora”.
Os indicadores da pesquisa – que considerou 402 empresas de vários setores econômicos, ramos de atividades e portes – são considerados significativos pela Fundação Getulio Vargas.
A tendência agora é, segundo a fundação, de crescimento mais cauteloso, buscando retornos efetivos de investimentos realizados.
No ano passado, os gastos e investimentos em comércio eletrônico atingiram a média de 1,1% da receita líquida das empresas (0,34% ma indústria; 1,04% no comércio e 1,58% no setor de serviços, que inclui bancos). O que se observou, em 2006, segundo Albertin, foi uma utilização de forma mais efetiva das aplicações de comércio eletrônico que já haviam sido desenvolvidas.
As aplicações de comércio eletrônico não mudaram muito no último ano, continuam basicamente as que já estão bem assimiladas como home page e e-mail, que chegam ao nível de 99% de utilização.
Mas, na avaliação de Albertin, as empresas estão considerando as aplicações em comércio eletrônico com mais realismo e maior conhecimento das dificuldades, limites e oportunidades. “As empresas começam a fazer o bloco completo e não mais somente divulgação de informações”.
O atendimento ao cliente continua sendo a principal utilização da estrutura de internet e das aplicações de comércio eletrônico nos processos de negócio das empresas: com 92% do uso (no que se refere a recebimentos de pedidos, suporte a utilização e divulgação de informação). E a situação não deve mudar no médio e longo prazos.
Uma das demonstrações da preocupação das empresas em utilizar o meio eletrônico na busca da interação com seus clientes é verificada na importância que o item “relacionamento com o cliente” ganhou na pesquisa.
Pela primeira vez o fator “privacidade e segurança” deixa a liderança entre os itens a que as empresas atribuem maior importância no comércio eletrônico. “A preocupação maior passou a ser o relacionamento com o cliente, mas privacidade e segurança permanece estável”, afirma Albertin.
O relacionamento com os clientes aparece ainda como a principal contribuição que o comércio eletrônico pode oferecer.
Meios de pagamento
O cartão de crédito ainda é o sistema de pagamento mais utilizado no comércio eletrônico (44,89%), principalmente por conta do setor de comércio. Sua utilização cresceu 16% entre 2005 e 2006.
Por outro lado, outras formas eletrônicas de pagamento começam a ser utilizadas, ainda que em níveis pequenos.
O smart-card e o e-check (utilização baseada em sites específicos), por exemplo, responderam por 14% da utilização cada um. O e-cash (dinheiro eletrônico passível de ser usado com base em cartão inteligente e em sites específicos ou equipamentos próprios) por outros 13%.