Turismo em Pauta – 20

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Dentre os oito artigos de qualidade que a revista Turismo em Pauta reuniu nesta edição, pelo menos dois tratam expressamente da questão da infraestrutura. É um tema recorrente, que tem preocupado o setor, como pode ser comprovado pelo número de artigos anteriormente aqui publicados.

O argumento é tão simples quanto é persistente o problema: o grande potencial turístico do Brasil pode ser – ou já está sendo – prejudicado por falta de estradas adequadas, de aeroportos modernos e de uma logística adequada.

O artigo da senadora gaúcha Ana Amélia é direto em relação à especificação do atribulado rol de problemas que semeiam as incertezas no setor turístico brasileiro. Ela cita o caso da BR-156, que corta o Amapá até a fronteira com a Guiana e está em “obras” há 70 anos. Apesar disso, a estrada ainda tem 66% do seu percurso sem nenhuma cobertura asfáltica. Uma bola fora em uma região que teria muito a ganhar em termos turísticos, se oferecesse o mínimo necessário.

Outro exemplo citado pela senadora vem do outro extremo do País. Mesmo em um estado com uma infraestrutura mais consolidada, como o Rio Grande do Sul, a ineficiência logística extenua os turistas interessados nas atrações da Serra Gaúcha, com conexões inadequadas e deslocamentos inúteis, mesmo tão perto de Porto Alegre.

A situação se repete no Nordeste, como podemos comprovar no relato do deputado alagoano Paulo Fernando dos Santos, o Paulão. Os atrativos e belezas naturais de mais de 3 mil quilômetros de praias banhadas pelo sol quase o ano todo ficam acessíveis a um número bem menor de turistas devido às condições de estradas e aeroportos.

É mais do que tempo de o País tomar consciência de quanta riqueza é desperdiçada também no turismo com a persistência dos gargalos da infraestrutura logística.

Boa leitura!

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