Turismo de Fronteira foi tema de estudo realizado pelo Conselho de Turismo da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), por conta de sua importância estratégica para o desenvolvimento do setor. Em 2013, a CNC levou esse debate para as regiões de fronteira no Brasil – Ponta Porã, Corumbá e Bonito (MS), Chapecó (SC) e Santana do Livramento (RS) – que culminou na realização do I Seminário Latino-Americano de Turismo de Fronteira, em Foz do Iguaçu (PR).
A dimensão das fronteiras entre o Brasil e os demais países da América do Sul chega a 27% de todo o território nacional – quase o tamanho da Argentina. São 150 quilômetros de extensão entre o Amapá e o Rio Grande do Sul, englobando nove países e a Guiana Francesa. Além de ser importante na defesa do País por meio terrestre e no diálogo com os países limítrofes, as fronteiras representam uma janela de oportunidades para o turismo brasileiro.
Potencial, o Brasil já tem. Falta vencer os desafios políticos, territoriais e estruturais que se impõem no meio do caminho. Até 2014, o Ministério do Turismo pretende investir cada vez mais para captar turistas sulamericanos. Só a fronteira com a Argentina e o Uruguai deve receber investimentos de R$ 4 milhões, para a construção de Centros de Atendimento ao Turista.
Por estas e outras razões – que o leitor irá descobrir ao longo desta edição –, a revista Turismo em Pauta traz esta publicação especial, com artigos que tratam das principais questões sobre o Turismo de Fronteira escritos por quem conhece de perto o cenário atual. O debate pode servir como mais um estímulo para o turismo brasileiro superar mais esses limites.
Boa leitura
