Sumário Econômico – 1686

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Destaques da edição: Os mitos do mercado – Na semana passada, foram divulgados importantes indicadores apontando o desempenho favorável da atividade econômica. Mesmo com a inflação mais elevada, o comércio e os serviços cresceram pelo quarto mês consecutivo em julho, com expectativas para o ano revisadas para cima. O índice de atividade do Banco Central (Bacen) apontou crescimento em todas as bases de comparação. Esses números mais recentes fazem coro com a geração líquida de vagas formais, que vem acontecendo também de forma gradual e consistente. Não restam dúvidas de que estamos em um novo movimento de recuperação da economia, ainda que se tente aplicar os mitos dos riscos fiscais.

Também temos falado que pressões políticas são historicamente normais em ano pré-eleitoral, mas não há o que temer no balanço de riscos, ainda mais com menos incertezas sobre a pandemia, com o avanço da ciência garantindo maior controle sobre o vírus. Quem aposta contra está exagerando no pessimismo, uma vez que os dados não justificam previsões tão pessimistas.

Projeção da inflação para 2022 segue em alta há nove semanas consecutivas, segundo Focus –  Na segunda feira, dia 20, o relatório Focus, divulgado pelo Banco Central, revelou uma nova projeção do mercado para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) que compõe a inflação do País. Segundo a publicação, a projeção que há um mês era de 3,93% para o fim de 2022, agora é de 4,10% para o mesmo período. A preocupação do mercado para a alta do índice se mantém elevada para o fim deste ano, atingindo um percentual acumulado em 12 meses de 8,35%, projeção 1,24 ponto percentual maior que a projeção feita há um mês.

As projeções para a inflação devem mudar coma próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que será realizada dia 22/09. De acordo com a decisão do comitê de aumentar ou não a taxa básica de juros (Selic), a inflação deve ter maior redução em longo prazo e pode atender às expectativas do Banco Central de que chegue a 3,50% ao fim de 2022.

Confiança dos comerciantes cai em setembro, mas deve voltar a crescer em outubro – A Depois de três altas expressivas sucessivas, o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) diminuiu 0,4% agora em setembro, sobretudo por causa do componente das expectativas, cuja variação foi de -0,9%. A queda do Icec pode estar associada à pressão sobre os custos e às expectativas com relação aos efeitos da inflação sobre os consumidores, entre outras causas. No entanto, não deve configurar tendência por causa do Dia das Crianças.

O resultado deveu-se à pesquisa realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) junto aos comerciantes em todo o País, nas capitais. A queda de setembro pode estar associada ao fato de que o índice pode ter crescido bastante e agora houve relativa acomodação do patamar da confiança empresarial.

Serviços reagem e geram maior receita em cinco anos – Segundo a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada em 14/09 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o volume de receitas do setor de serviços cresceu 1,1% na passagem de junho para julho de 2021, já descontados os efeitos sazonais. O resultado mensal veio próximo à expectativa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) – que projetava variação de 1,2% ante o mês anterior. Na comparação com o mesmo mês do ano passado, houve variação de +17,8% – taxa influenciada pela baixa base comparativa decorrente do início da flexibilização da quarentena após a primeira onda de contaminação da população.

Até onde o mundo digital pode alcançar –  As facilidades proporcionadas pela tecnologia estão beneficiando cada vez mais a população e evoluindo para abranger todos os aspectos que fazem parte da vida de um ser humano. Ao se tratar do sistema bancário, o Banco Central tem agilizado essa modernização, com a aprimoração constante do Pix e o avanço do Open Banking. Quanto maior a facilidade para ter acesso ao sistema financeiro, maior é a facilidade para encontrar suas vulnerabilidades e, assim, praticar ações ilícitas, tornando a insegurança um dos maiores fatores para repensar a adesão ao novo meio de pagamento. Como forma de proteger o cidadão ao realizar um Pix e ultrapassar essa barreira, o Banco Central implementou algumas medidas de segurança nesse sistema de pagamento.

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