Destaques da edição:
Mais inflação agora ou no futuro? –A discussão sobre a inflação tem tomado quase todo espaço na mídia, nas últimas semanas. Não é para menos, os preços elevados têm prejudicado os
orçamentos das famílias, levando-as a utilizarem cada vez mais o cartão de crédito para consumir itens de primeira necessidade. A inflação elevada tem se traduzido, de fato, em piora na sensação de bem-estar das pessoas, especialmente das famílias nas classes de menor renda.
VII Seminário Anual sobre Política Monetária – Em 26 de agosto, foi realizado, pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV), em conjunto com o jornal Valor Econômico, o VII Seminário Anual sobre Política Monetária. Um webinar com o objetivo de analisar a política monetária atual , for temente impactada pelo aumento inflacionário recente, e sua condução pelo Banco Central . A moderação ficou a cargo do repórter especial do Valor Econômico, Alex Ribeiro, e os participantes foram: José Júlio Senna (chefe do Centro de Estudos Monetários do Ibre/FGV), Affonso Celso Pastore (AC Pastore & Associados e expresidente do Banco Central) e Mário Mesquita (economista-chefe do Itaú Unibanco).
Crescimento consistente do crédito segue expandindo endividamento no 2° semestre – O saldo das operações totais de crédito com o Sistema Financeiro Nacional (SFN) alcançou R$ 4, 3 bilhões em julho, aumento de +1 ,2% em relação a junho, e de +16,2% em 12 meses. Entre janeiro e julho, o aumento foi de 6, 1%, em que 43% do total dessas operações ocorreu com empresas, e 57% com consumidores. Em relação ao Produto Interno Bruto (PIB), o estoque de crédito chegou a 52,9% no início do segundo semestre.
Entre os consumidores, o saldo das operações com recursos livres e direcionados cresceu 1 ,5% no mês e 8,6% no ano, enquanto, entre as empresas, o saldo teve crescimento mensal de 0,9% e 2,8% acumulados até julho esses fatores, a despeito do nível de oferta disponível internamente.
PNAD revela recuo no desemprego no 2° trimestre de 2021 – De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística ( IBGE), a taxa de desemprego mostrou uma redução de 0,6 ponto percentual se comparada ao primeiro semestre de 2021.
A taxa de desocupação recuou de 14,7% para 14,1%, representando o número de 14,4 milhões de pessoas desempregadas. Neste mesmo trimestre do ano anterior, a taxa era de 13,3%, o que mostra que, entre 2020 e 2021, tivemos mais pessoas desempregadas. Este fenômeno pode ser explicado pela segunda onda da pandemia do coronavírus no início de 2021 e pelo abalo causado no consumo do comércio de varejo e no setor dos serviços.
Crise hídrica e suas consequências econômicas – O Brasil está passando pelo pior período de estiagem em 91 anos. Enquanto o nível de água dos reservatórios das hidrelétricas diminui, cresce a necessidade de se utilizar outras fontes de energia para garantir o abastecimento. Dentre elas, as usinas termelétricas têm sido mais exploradas, embora sejam mais poluentes e custosas. Diante desse contexto, surgem preocupações em relação ao funcionamento das atividades agrícolas, industriais, comerciais, operacionais e econômicas.
Não há dúvidas de que a crise hídrica afeta, em diferentes níveis, todos os setores da sociedade mundial , especialmente no Brasil , onde a matriz energética é alicerçada em usinas hidrelétricas. A utilização de fontes mais caras de energia encarece não só a conta de luz da população, que já sofreu reajuste na bandeira tarifária para o patamar vermelho 2, como também os custos de toda a cadeia produtiva. Esse aumento generalizado de preços pode ter como consequência a elevação da taxa de inflação.
Desesperança e mudança de país – Na trajetória histórica de sua formação como um país com potencial de se tornar uma das maiores potências do planeta, por suas riquezas naturais, seu cl ima, sua extensão territorial e pelo grau de desenvolvimento de certas regiões, lamentavelmente o Brasil configurou em si um quadro desolador de muita desigualdade econômica e social . A exclusão de contingente significativo da população na formação do seu produto interno sempre destacou essa característica. Além disso, para agravar ainda mais a gravura, o País não se preocupou em inserir no processo de construção da sua sociedade o tema educação.