Destaques da edição:
Crédito, o atual promotor da recuperação econômica – O crédito tem sido uma saída para famílias e empresas sustentarem o consumo, pagarem despesas do dia a dia, e adotarem pequenas iniciativas ou ações empreendedoras. Com condições apertadas nos orçamentos domésticos pela redução da renda e inflação elevada, as necessidades de crédito naturalmente estão em ascensão. Embora o maior volume de recursos disponibilizados no sistema financeiro nos últimos meses tenha ampliado o endividamento, a inadimplência manteve-se sob controle, principalmente em virtude das medidas adotadas pelo governo para enfrentamento à Covid-19.
As operações de crédito vêm ganhando força, os dados do Banco Central (Bacen) mostram que as concessões totais médias às pessoas físicas e jurídicas aceleraram este ano: entre janeiro e maio, o sistema financeiro concedeu R$ 88 bilhões em recursos, aumento de 11% em relação aos R$ 79 bilhões de concessões no mesmo período de 2020. Em 12 meses acumulados até maio, as concessões somaram cerca de R$ 206 bilhões.
Como a pandemia ainda afeta a renda do trabalho (seja no setor formal, seja no informal) e o faturamento e as margens das empresas, a saída vem sendo os empréstimos. O que se deseja é a utilização saudável do crédito, em um ambiente de juros reais equilibrado, em que o maior uso do dinheiro de terceiros não se traduza em descontrole da inadimplência, o que por enquanto não ocorreu.
Intenção de Consumo das Famílias supera resultado do ano anterior – O indicador de Intenção de Consumo das Famílias (ICF), apurado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), alcançou o patamar de 68,4 pontos em julho deste ano, o maior nível desde abril de 2021 (70,7 pontos). Com o ajuste sazonal, a série apresentou crescimento mensal de +2,0%, a segunda taxa positiva consecutiva. Além disso, este mês de julho foi melhor do que o de 2020, quando apresentou 66,1 pontos, apesar do índice ter permanecido abaixo do nível de satisfação (100 pontos), o que acontece desde abril de 2015 (102,9 pontos). Em relação a julho de 2020, houve elevação de +3,5%, a primeira taxa positiva desde março de 2020.
A expectativa das famílias é que esse ambiente econômico mais positivo percebido no curto prazo se prolongue para o longo prazo. Tanto que a Perspectiva de Consumo foi o item com maior crescimento no mês e revelou melhora na percepção das famílias em relação às compras futuras.
Perspectiva positiva para o 2º semestre já movimenta demanda por profissionais dos serviços de transporte de passageiros – De acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), nos 12 meses encerrados em maio de 2021, o emprego celetista registrou um saldo positivo de 2,58 milhões de postos de trabalho celetistas – o que representa um crescimento de 6,8% em relação ao estoque de postos de trabalho de maio de 2020. A reativação do mercado de trabalho celetista nos últimos 12 meses atinge atualmente a maioria das atividades econômicas na forma de geração de saldos positivos expressivos entre admissões e desligamentos. Destacam-se as ampliações nas respectivas forças de trabalho da construção (+15,0% ou 317,2 mil vagas), da agropecuária (+9,5% ou +150,0 mil vagas), da indústria (+8,8% ou 636,0 mil vagas) e do comércio (+7,2% ou 642,9 mil vagas).
O aquecimento do mercado de IPOs e M&As – O mercado de IPOs e fusões e aquisições vem se aquecendo no País nos últimos anos. A alta liquidez oferecida pelos bancos centrais e as taxas de juros mais baixas são alguns dos fatores que colaboram para esse cenário. Apesar das dificuldades enfrentadas pelas empresas em razão da recente pandemia, observa-se o retorno do nível de consumo e tímida recuperação da atividade econômica, o que tende a atrair investidores nacionais e estrangeiros que buscam por maiores rentabilidades.
Em relação às operações de fusões e aquisições, nota-se seu potencial de crescimento. Segundo a publicação anual M&A Report, elaborada pela Bain & Company, foram realizadas 28,5 mil transações em 2020 no âmbito mundial, movimentando US$ 2,8 trilhões. Este número, apesar de menor quando comparado aos anos anteriores, US$ 3,3 trilhões em 2019 e US$ 3,4 trilhões em 2018, representou um volume significativo quando se considera o cenário da pandemia, mostrando que o mercado, além de resiliente, tem potencial de expansão.
Criatividade como competência – A palavra criatividade no dicionário é descrita como: qualidade ou característica de quem ou do que é criativo – inventividade, inteligência e talento, natos ou adquiridos, para criar, inventar, inovar, quer no campo artístico, quer no científico, esportivo, entre outros. Ela se trata de uma personalidade que todos nós somos capazes de potencializar ao longo da vida. Ser criativo é uma competência que nos move a pensar em fórmulas, solução de problemas, criar alternativas, cursar caminhos alternativos e produzir novos projetos. No campo profissional, essa habilidade pode representar o diferencial que pode nos guiar ao sucesso.
Uma das chaves para promover um ambiente de trabalho criativo é dar a todos os trabalhadores uma oportunidade de expressar suas opiniões. E divulgar essas ideias com toda a organização paralelamente faz com que os funcionários se sintam valorizados. Dessa forma, os colaboradores também se tornam mais engajados e colaboram naturalmente para a evolução da empresa.