Sumário Econômico – 1632

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CNC reduz previsão de queda no varejo em 2020 – O volume de vendas do comércio varejista brasileiro avançou 8,0% em relação ao mês de junho, de acordo com a Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), divulgada em 12/08 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com o crescimento do segmento de hiper e supermercados ao longo dos últimos meses, na média, o volume de receitas do varejo já retornou ao nível pré-pandemia.  Apesar do crescimento em junho, o volume de vendas dos dez segmentos do varejo ampliado se encontra 4,5% abaixo da média do verificada no início do ano. Preservada a tendência de gradual abertura dos estabelecimentos comerciais, o setor deverá continuar a apresentar perdas menos acentuadas nos comparativos interanuais no decorrer dos próximos meses. A velocidade de recuperação do setor dependerá, em última instância, da capacidade regenerativa do mercado de trabalho e do resgate no nível de confiança dos consumidores até o fim de 2020. A extensão do auxílio emergencial nos moldes atuais até dezembro também poderá acelerar o processo de recuperação das vendas. Nesse cenário, a CNC prevê uma retração de 4,7% do volume de vendas do comércio varejista, neste ano. Para o conceito ampliado, a entidade projeta um recuo de 6,9%.

As dificuldades do comércio já foram maiores – À medida que o tempo passa, os sinais de recuperação da atividade econômica vão sendo evidenciados por intermédio de uma série de indicadores representativa dos efeitos benéficos sobre os mercados das medidas de flexibilização, bem como do aumento de confiança por parte dos consumidores e das empresas. No panorama de distensão social e produtiva, passam a ser observados os hábitos de consumo e as expectativas que gradativamente reportam ao quadro do período pré-Covid-19. As vendas feitas por canais alternativos, além do presencial, prosseguem num ritmo mais franco, ressaltando o aumento da confiança e a maior disponibilidade para compras. Gradualmente, todavia, os mercados vão se ajustando, melhorando e apontando tendência de crescimento curto prazista. Talvez o principal dos fatores tenha sido a inovação, aqui estamos nos referindo a uma verdadeira transformação do modelo de negócios. Sem modernização, sem incorporação das diferentes formas de tecnologia e adequação ao mundo virtual, é muito difícil pensar que a travessia não tenha sido perigosa, árdua e complicada. Nesse contexto, aos poucos, as coisas vão acontecendo, transparecendo melhora das condições de funcionamento dos estabelecimentos comerciais.

Os impactos e as consequências da pandemia – O ano de 2020 foi bastante impactado pela crise na saúde gerada pela Covid-19, o que impactou também a economia, a política e outros setores do País. Algumas medidas foram tomadas pelo governo e pelos empresários para amenizar os efeitos negativos, como o coronavoucher, a flexibilização dos contratos de trabalho e a adesão ao mercado digital. Entretanto, não se pôde conter a desaceleração econômica observada em vários indicadores no primeiro semestre do ano. Com o intuito de auxiliar os empresários a se posicionarem durante um período de tanta incerteza, a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) quantificou essas quedas nas três pesquisas que são divulgadas mensalmente pela Divisão Econômica, a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), a Intenção de Consumo das Famílias (ICF) e o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec). Confira cada uma delas no interior do Sumário Econômico.

Projeto de Lei nº 3.975/2019 – Após cinco anos de tramitação no Congresso, a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) comemorou a notícia da aprovação, pelo Senado Federal, do Projeto de Lei nº 3.975/2019, que destrava os valores do passivo gerado pela judicialização do risco hidrológico. O texto segue para sanção presidencial. A questão do Generation Scaling Facto (GSF), como o tema é tratado, impacta o setor desde 2015, retendo – e retirando de circulação – montantes próximos a R$ 8,7 bilhões. Os recursos ajudarão a injetar liquidez no setor elétrico em que a pandemia da Covid-19 resultou em redução da atividade econômica. Pela proposta aprovada, as hidrelétricas deverão renunciar a suas ações judiciais e quitar as dívidas, que poderão ser parceladas. Em troca, elas terão extensão do prazo de concessão para reaver os custos decorrentes de fatores externos ao risco hidrológico e que impactaram o déficit. Uma vez sancionada, a proposta final do GSF deverá ser regulamentada pela Aneel, que estabelecerá parâmetros para o cálculo dos termos de compensação aos geradores em até 90 dias. Os resultados serão publicados até 30 dias após esse prazo. As hidrelétricas terão, então, 60 dias para fazer o pedido de extensão dos contratos de concessão.

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