Após atingir “fundo do poço” em abril, varejo cresce 13,9% em maio – Em maio, o volume de vendas do comércio varejista brasileiro avançou 13,9% em relação a abril, de acordo com a Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), divulgada em 08/06 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A alta, no entanto, foi insuficiente para o setor recuperar as perdas de março (-2,8%) e abril (-16,3%), que refletiram os efeitos da pandemia da Covid-19 sobre o consumo. Todas as atividades envolvidas na pesquisa registraram crescimento em maio, com destaque para os segmentos “não essenciais” do varejo. Em relação a maio de 2019, as vendas apresentaram variação de -7,2% em maio – a terceira consecutiva –, contudo as perdas ocorreram de forma menos intensa do que em abril (-17,1%), exceto o ramo de hiper e supermercados. Três fatores ajudam a explicar a evolução verificada a partir de maio. No curto prazo, a menor adesão ao isolamento social levou a uma maior circulação de consumidores no comércio. Um segundo aspecto decorre da reação do próprio setor aos efeitos da pandemia, o número de notas fiscais eletrônicas, por exemplo, que, em fevereiro deste ano, registrava uma média diária de aproximadamente 650 mil emissões, evoluiu sistematicamente, alcançando, em junho, 1,26 milhão de operações. Finalmente, o início do processo de flexibilização da quarentena em diversas regiões do País acelerou a queda no índice de isolamento social. Neste cenário, a CNC prevê uma retração de 6,3% do volume de vendas do comércio varejista neste ano. Para o conceito ampliado, a entidade projeta um recuo de 9,2%. Em ambos os casos, a crise sem precedentes, imposta à atividade econômica, deverá levar o setor a registrar as maiores quedas anuais da série histórica da PMC.
A pandemia e o teletrabalho – O teletrabalho, ou trabalho remoto, é “a forma de trabalho realizada em lugar distante do escritório e/ou centro de produção, que permita a separação física e que implique o uso de uma nova tecnologia facilitadora da comunicação”, segundo definição estabelecida pela Organização Internacional do Trabalho (OIT). A pandemia impôs a necessidade do isolamento social e a restrição ao fluxo de pessoas para conter a disseminação do vírus, e o trabalho remoto foi amplamente adotado pelas empresas, tanto do setor privado quanto do setor público, especialmente o home office. As estatísticas apontadas pele edição especial da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) – PNAD Covid-19 de maio – mostram que a população ocupada no País alcançou 84,4 milhões de pessoas. Desse total, 65,4 milhões seguem exercendo suas atividades, enquanto 19 milhões foram afastados em razão da pandemia. O trabalho remoto é uma alternativa para muitas empresas, em contrapartida, para outros segmentos, o teletrabalho é menos aplicado na atividade principal, como nos serviços de alojamento e alimentação, e alguns serviços prestados às famílias, que inclusive foram os segmentos que sofreram maiores perdas nos últimos meses. A tendência no pós-pandemia é de que muitas empresas sigam com a modalidade do trabalho remoto nas atividades laborais, mesmo que parcialmente, em especial as empresas privadas. O conjunto reforma trabalhista (Lei nº 13.467), Medida Provisória (MP) nº 927 facilitaram e passaram a regulamentar mais claramente o teletrabalho.
Produção brasileira de grãos – A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) tem a tarefa de levantar, consolidar e divulgar, após meticulosa análise, as informações referentes ao tamanho da safra brasileira, com periodicidade mensal, observando a um calendário previamente divulgado para a sociedade. Segundo a Conab, a produção brasileira de grãos deverá ser de 251,4 milhões de toneladas na safra 2019/2020. O desempenho recorde na agricultura deve-se, principalmente, às colheitas de soja e milho, responsáveis por 88% da produção. Os dados constam no 10º Levantamento de Grãos realizado pelo órgão. No primeiro semestre deste ano, o País exportou 60,3 milhões de toneladas do grão, aumento de 38% em comparação com o mesmo período do ano passado. Com a supersafra deste ano, revisada para cima pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil retoma dos Estados Unidos o posto de maior produtor mundial de soja. As projeções americanas indicam que o Brasil se consolidará na posição também na próxima safra, reforçando o bom desempenho da agropecuária brasileira, mesmo em meio à pandemia da Covid-19. Para a próxima safra, 2020/2021, o Brasil deverá ficar novamente na frente, já que os Estados Unidos deverão produzir 112,3 milhões de toneladas de soja, enquanto os produtores brasileiros deverão colher 131 milhões de toneladas. A produção de milho também deve ser a maior já registrada e Outro produto que já registra o plantio da terceira safra concluído é o feijão, com o cultivo das três safras do produto, consumo e produção mantêm-se alinhados, próximos a três milhões de toneladas.
VI Reunião da Mesa Executiva das MPE – O encontro serviu mais uma vez para que a Secretaria Especial de Produtividade, Emprego e Competitividade (Sepec) pudesse apresentar algumas ações que estão em curso, mas, principalmente, para ouvir das entidades presentes manifestações acerca do atual momento d a economia e seus enfrentamentos para fazer os encaminhamentos internos. Meio que sem querer, a linha de crédito do Programa Nacional de Apoio às Micro empresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe) foi a bola da vez nesse encontro. Isso porque o que parecia num primeiro momento uma espécie de estorvo para as micro e pequenas empresas (MPE), agora, se torna algo interessante e importante. No começo, o Pronampe era oferecido somente por uma instituição bancária e por diversas exigências com caráter de reciprocidade através da aquisição de outros serviços bancários para a liberação de recursos, foram inúmeras as reclamações. À medida que novos bancos foram aderindo ao Proampe, o quadro se reverteu. Ao que tudo indica, agora, o cenário é mais satisfatório para as empresas. As estatísticas do Pronampe foram apresentadas pela Sepec. Sendo assim as entidades receberam o aviso de que em breve todos poderão acompanhar diariamente a evolução dos números de empréstimos.