Monitor CNC – 28 de julho de 2021

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Informativo da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo
28/07/21 | nº 458 | ANO III |  www.cnc.org.br

O Globo destaca que o varejo registrou resultados positivos entre abril e junho, graças aos dias das Mães e dos Namorados. Com o avanço da vacinação, a perspectiva é de melhora no segundo semestre, ainda que a inflação possa corroer parte da poupança acumulada durante a pandemia.

O economista-chefe da CNC, Carlos Thadeu de Freitas, projeta que as vendas no varejo desacelerem no trimestre corrente, com alta de 0,5%. Ainda assim, o segundo semestre deve fechar com avanço de 4,5%. Freitas também avalia que a venda de roupas ganhará força à medida que as pessoas começam a sair.

Para 2022, Freitas projeta um cenário mais delicado, porque a expectativa é de uma taxa Selic maior, com pessoas mais endividadas, o que deve elevar a inadimplência.

Segundo a CNI, que mapeou o consumo de 16 tipos de produto, os itens que mais devem ser comprados em um horizonte de 12 meses após as medidas restritivas são roupas, calçados, alimentos nos supermercados e artigos de higiene pessoal.

A coluna Comércio em Pauta, publicada hoje pelo Correio Braziliense, destaca a reunião do presidente da CNC, José Roberto Tadros, com representantes da Câmara Brasileira do Comércio de Combustíveis para debater propostas de alterações nas regras de funcionamento dos postos.

Tadros defendeu a análise das propostas de reforma tributária pelo Congresso e afirmou que a CNC atuará para que o comércio de combustíveis não seja prejudicado.

A coluna também repercute a programação cultural do Sesc e o Fórum Internacional de Educadores que será promovido pelo Senac.

Reportagem na Band Notícias (TV Bandeirantes) repercutiu a retomada do turismo no Ceará. Segundo levantamento da CNC, entre março de 2020 e maio de 2021, o turismo no estado amargou prejuízos de mais de R$ 8 bilhões. Agora, a expectativa é de crescimento de 30% no turismo até agosto, e de 50% até o fim do ano.

Imposto de Renda
Folha de S.Paulo
 expõe que a equipe do ministro Paulo Guedes recebeu ontem um grupo de representantes do setor de serviços, incomodados com a reforma no Imposto de Renda, por verem aumento na carga tributária.

Conforme a reportagem, a pasta passou a estudar novas flexibilizações na proposta analisando sugestões feitas por empresários.

As propostas foram entregues por representantes de mais de 20 entidades – como Cbic (Câmara Brasileira da Indústria da Construção), AMB (Associação Médica Brasileira), Fórum de Entidades Representativas do Ensino Superior Particular e Cebrasse (Central Brasileira do Setor de Serviços).

O Estado de S. Paulo relata que o ministro Paulo Guedes autorizou a isenção da tributação de lucros e dividendos pagos por empresas que estão no Simples.

A reportagem ressalta que a política de isenção pode reduzir a resistência à reforma do Imposto de Renda, que prevê a volta da cobrança na distribuição dos lucros e dividendos pelas empresas aos seus acionistas com uma alíquota de 20%.

Reforma ampla
O Estado de S. Paulo informa que o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), decidiu ressuscitar proposta de reforma tributária mais ampla, que inclui impostos estaduais e municipais.

O relator da PEC no Senado, Roberto Rocha (PSDB-MA), deve apresentar o parecer no início de agosto com um modelo de tributação conhecido como “dual”.

Na proposta, haveria a criação da Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), unindo os impostos federais PIS e Cofins, e o Imposto sobre Bens e Consumo (IBS), fusão dos tributos estaduais e municipais.

Benefício Emergencial
O Globo
 expõe que o TCU identificou R$ 247 milhões em pagamentos indevidos no Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e da Renda (Bem). A auditoria se refere à primeira rodada do programa, paga entre maio e dezembro do ano passado.

A suspeita recai sobre pessoas que não tinham direito a receber o benefício, mas há casos de pagamentos em que o total de dias trabalhados é incompatível com o mês.

Coronavírus
O Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse ontem que o intervalo para aplicação das doses da Pfizer só será reduzido após toda a população adulta receber ao menos a primeira vacina. Com a medida, o intervalo deve passar de cerca de três meses para 21 dias, como é sugerido na bula do imunizante. Notícia da Folha.

O FMI advertiu ontem que o acesso limitado das economias em desenvolvimento às vacinas ameaça prejudicar a recuperação econômica global da pandemia. Novas ondas de infecções, incluindo a disseminação da variante delta, tornam a previsão mais incerta e desigual.

Crise hídrica
Manchete da Folha registra a morosidade do governo federal em estabelecer ações eficazes voltadas à crise energética, o que aumenta o risco de apagões e deve majorar a conta de luz.

Na mesma linha, Valor Econômico conta que a condução do setor elétrico em uma das maiores crises hídricas do país voltou a ser criticada ontem por especialistas da área. Três nomes respeitados no setor, ligados ao Instituto Clima e Sociedade (iCS), avaliam que a falta de transparência e clareza marca a abordagem do governo.

PIB
Estadão O Globo informam que o Fundo Monetário Internacional (FMI) elevou a projeção de crescimento do Brasil de 3,7% para 5,3% em 2021, mas reduziu a previsão para 2022, de 2,6% para 1,9%, na revisão de julho do relatório Perspectiva Econômica Mundial. No documento, o FMI melhorou algumas estimativas de indicadores fiscais do país para este ano, influenciados pelo avanço do PIB.

Investimento Direto
O ingresso líquido de IDP (Investimentos Diretos no País) caiu para US$ 174 milhões em junho, o menor nível mensal em cinco anos. O resultado decorre da redução dos empréstimos feitos pelas matrizes das empresas estrangeiras a suas subsidiárias no país, segundo dados do Banco Central.

O resultado foi o mais baixo desde julho de 2016 (-US$ 103 milhões) e contrasta com um fluxo positivo de investimentos diretos de US$ 5,164 bilhões em junho de 2020. Notícia da Folha.

Atacarejo
Reportagem no Valor destaca que a venda no atacarejo continua acelerada, amparada na maior demanda por marcas mais baratas, mas com retorno ainda gradual das compras feitas por estabelecimentos como bares, restaurantes e hotéis.

Ontem, Assaí e Atacadão divulgaram seus números do segundo trimestre em ritmo acima do começo do ano, e tendo uma base forte em 2020. A receita líquida do Assaí entre abril e junho subiu 22,2%, para R$ 10 bilhões – de janeiro a março, a alta foi de 21%. No Atacadão, a expansão atingiu 19,8%, para R$ 12,8 bilhões, contra avanço de 17,7% de janeiro a março.

Em vendas “mesmas lojas”, o Assaí cresceu 9,2% e o Atacadão, 10,2% de abril a junho.

Casa Civil
Principais jornais destacam que o senador Ciro Nogueira (PP-PI), um dos líderes do Centrão, foi confirmado ontem como novo ministro da Casa Civil. Com o movimento, o presidente Jair Bolsonaro tenta dar fôlego à sua campanha à reeleição, barrar a pressão pelo impeachment e atrair apoio político no Senado, onde enfrenta a CPI da Covid.

Em sua primeira reunião com Nogueira, Bolsonaro acertou que o novo ministro será o responsável pela articulação política do Planalto com o Congresso.

O Globo revela Ciro Nogueira é alvo de cobranças da Receita Federal que somam R$ 17 milhões, segundo documento que consta de um dos inquéritos envolvendo parlamentar. Os auditores fiscais sustentam que houve omissão dos rendimentos e cobram o recolhimento dos impostos correspondentes aos cofres públicos.

Folha de S.Paulo anota que, com a mais recente reforma ministerial, Bolsonaro deve somar um total de 27 trocas no primeiro escalão em dois anos e meio de governo.

Ministério da Economia
A medida provisória que prevê a criação do novo Ministério do Trabalho e Previdência para abrigar o atual chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Onyx Lorenzoni, prevê também mudanças na estrutura do Ministério da Economia, informam O Globo e Folha.

Entre elas, a Secretaria Especial de Fazenda, que responde a Guedes, passará a se chamar Secretaria Especial do Tesouro e Orçamento, mantendo as atribuições da primeira.

O dólar comercial fechou ontem em alta de 0,06%, cotado a R$ 5,17. Euro subiu 0,2%, chegando a R$ 6,12. A Bovespa operou com 124.612 pontos, queda de 1,12%. Risco Brasil em 302 pontos. Dow Jones caiu 0,24% e Nasdaq teve queda de 1,21%.
Valor Econômico
Exportação brasileira ganha terreno na América Latina

O Estado de S. Paulo
Bolsonaro muda a Casa Civil para tentar viabilizar reeleição

Folha de S.Paulo
Inação federal com crise de energia pode pesar na conta

O Globo
Bolsonaro oficializa espaço inédito ao Centrão no Planalto

Correio Braziliense
Volta às aulas começa dia 5 e terá rodízio de estudantes

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