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Principais jornais informam que o comércio varejista voltou a registrar desempenho positivo em abril no país. Em relação a março, o volume de vendas do setor subiu 1,8%. É a maior alta para abril, nessa base de comparação, desde o começo da série histórica, com dados a partir de 2000. O avanço ocorreu após baixa de 1,1% em março. À época, a piora da Covid-19 havia causado aumento de restrições a atividades, o que abalou segmentos diversos do varejo.
Reportagem da Folha de S.Paulo ressalta que a volta do auxílio emergencial, mesmo que reduzido, incentivou o varejo no quarto mês do ano, aponta o economista Fabio Bentes, da CNC. “Foi o melhor abril da série histórica. É um resultado que surpreende. Esperávamos estabilidade. Dois fatores foram importantes para a alta. O primeiro é o auxílio emergencial. Foi retomado com um valor menor, mas, de qualquer forma, ajudou. O segundo é o aumento na circulação de consumidores em áreas comerciais”, avalia Bentes.
O Globo também traz avaliação de Bentes. ele afirma que o aumento da circulação de pessoas em abril e a retomada do auxílio emergencial explicam o resultado positivo do setor. “Foi a combinação desses dois fatores, mas a circulação foi o mais importante. O que está ditando o ritmo do comércio é a flexibilização das medidas restritivas, como foi em abril. Houve um aumento de 8,4% na circulação de consumidores em áreas de comércio, e o consumo presencial responde por 94% de tudo que o setor vende”, disse.
Valor Econômico afirma que, de forma semelhante às estimativas de bancos e consultorias sobre os diversos indicadores, as projeções para o PIB de 2021 de entidades empresariais que representam comércio e indústria mostram larga amplitude. As estimativas para a atividade econômica deste ano variam de crescimento de 4% a 5,7%, deixando claro o grau de incerteza de uma economia ainda sob efeito da pandemia.
Dentre as entidades ouvidas pelo Valor, a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) é a que divulgou projeção mais alta até agora, com crescimento de 5,7% para o PIB deste ano.
Fabio Bentes, economista da CNC, foi mais cauteloso. Ele informa que a projeção de PIB da entidade, que subiu de alta de 3,2% para 3,8% após a divulgação do crescimento do primeiro trimestre, ainda deve passar por nova revisão. O crescimento estimado, diz, deve ficar perto de 4,2% ou 4,3%. “Pode deslizar para alta de 4,5%, mas não deve ir longe.” |