Monitor – 9 a11 de outubro de 2021

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Informativo da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo
09 a 11/10/21 | nº 510 | ANO III |  www.cnc.org.br
CNN Brasil (09/10) informou que uma pesquisa feita pela CNC apontou que este Dia das Crianças deve ser o melhor dos últimos cinco anos, movimentando mais de R$ 7 bilhões. Puxada pela expectativa de consumo de eletroeletrônicos e brinquedos, a projeção animou comerciantes, que viram uma queda de 3% nas vendas em agosto.

Economista da Confederação, Fabio Bentes disse que o momento de reabertura da economia brasileira explica a boa projeção. “O que dá lastro para o otimismo em relação a essa data que é muito importante para o comércio é a perspectiva muito remota de haver alguma reversão nesse processo de reabertura da economia e de circulação dos consumidores”, afirmou.

Correio Braziliense (10/10) trouxe a expectativa sobre contratações temporárias, destacando dados locais. O presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Distrito Federal (Fecomércio-DF), José Aparecido Freire, aponta que 1.800 vagas temporárias serão abertas no fim deste ano, segundo a CNC.

A estimativa é de que 30%, ou mais, desses funcionários sejam contratados definitivamente. Segundo Freire, as vagas que vêm sendo preenchidas estão, na verdade, sendo retomadas, porque estavam bloqueadas.

Na GloboNews (09/10), reportagem abordou que o endividamento das famílias bateu recorde, mas inadimplência caiu pelo segundo mês seguido.

Reforma tributária
Valor Econômico
 relata movimento conjunto de pelo menos cinco proposições legislativas que formam as “fatias” da reforma tributária, após avanço das discussões com a apresentação do relatório do senador Roberto Rocha (PSDB-MA) para a PEC 110.

O veículo ressalta “grandes dificuldades” para avançar com o conjunto, pelo fato de 2022 ser ano eleitoral. A PEC 110 tem oposição das prefeituras de grandes cidades e das empresas do setor de serviço, principalmente.

Cortes
Valor Econômico
 expõe que o relator da reforma do Imposto de Renda no Senado, Angelo Coronel (PSD-BA), avalia estabelecer “transição” para o corte de incentivos tributários e para a extinção do chamado juros de capital próprio.

Conforme a reportagem, essa seria uma forma de amenizar a situação para empresas e segmentos importantes do mercado. Uma das possibilidades mencionadas é de que os artigos relacionados a essas mudanças só vigorem em 2023.

Inflação
Manchete de O Globo expôs, no sábado, que a inflação em 12 meses até setembro supera 10% no Brasil e que o governo culpa o cenário global. A OCDE aponta essa taxa como a terceira maior entre 20 países. Analistas pontuam pressão de energia elétrica, combustíveis e uma constante alta de preços, além de que a inflação afeta a popularidade de Jair Bolsonaro e teve a maior taxa para o mês desde 1994.

Principais jornais destacaram que o IPCA, indicador oficial de inflação do país, avançou e alcançou 1,16% em setembro. É a maior taxa para o mês desde 1994, no início do Plano Real.

Investidores
Em O Globo, manchete expõe que as incertezas na política e na economia estão afastando investidores internacionais dos leilões de concessão no Brasil. Dos 33 ativos leiloados pelo Ministério da Infraestrutura neste ano, os estrangeiros ficaram com apenas oito – e todos já operam no país. O fenômeno deve se repetir em 2022, segundo especialistas. A tendência, dizem, é que os investidores aguardem as eleições presidenciais antes de decidirem desembarcar no país.

Recuperação
A FGV aponta que, enquanto os outros países de G20 alcançarão o nível econômico pré-pandemia no fim de 2022, a recuperação em V do Brasil levará ao menos quatro anos para retomar o patamar de 2019, em um cenário otimista.

Para que isso ocorra até 2025, o país terá de dobrar o ritmo de crescimento a partir de 2023 e reverter o desemprego, que deverá chegar a 12,7% no fim do próximo ano. O assunto foi manchete na Folha de S.Paulo de domingo.

Combustíveis
Valor Econômico 
mostra que o reajuste de 7,2% da gasolina e do gás liquefeito de petróleo (GLP), anunciado pela Petrobras na sexta-feira, volta a pressionar os preços já elevados dos combustíveis para o consumidor e a colocar a política de preços da estatal nos holofotes da pauta política.

O conteúdo acrescenta que o novo aumento, nas refinarias, volta a alimentar as críticas ao alinhamento da Petrobras ao preço de paridade de importação (PPI). A parcela estatal na composição final dos preços dos combustíveis no país é de 33,4% na gasolina, 54,2% no diesel e de 47,5% no GLP.

OCDE
Os principais jornais repercutiram no sábado que a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) finalizou um acordo entre 136 países para cobrar um imposto mínimo global de 15% das multinacionais a partir de 2023.

O Brasil está entre os signatários do acordo. A expectativa da OCDE é que a movimentação elimine os paraísos fiscais e ao mesmo tempo arrecade mais US$ 150 bilhões por ano das multinacionais.

Mercosul
Folha de S.Paulo e O Globo 
(09/10) informam que os governos de Brasil e Argentina fecharam um acordo para a redução da Tarifa Externa Comum (TEC), que funciona como um imposto de importação compartilhado entre os membros do Mercosul.

De acordo com o jornal, o acordo para um corte de 10% na tarifa é uma derrota para o ministro Paulo Guedes, que tentou, no início do governo, levar adiante um corte de 50% nas tarifas, mas recuou diante da movimentação da indústria brasileira.

Dia das Crianças
Painel S.A. (Folha de S.Paulo, 09/10)
 informou que o birô de crédito Boa Vista estima que 43% dos consumidores pretendem gastar mais com presente no Dia das Crianças neste ano do que em 2020.

O dado é 11% maior do que o registrado no ano passado. De acordo com a pesquisa, o valor médio de gasto pretendido caiu de R$ 225 para R$ 195.
Coluna (10/10) também afirmou que, a região da 25 de Março, comércio popular de São Paulo, a expectativa era superar desempenho do pré-pandemia neste Dia da Criança.

Comércio eletrônico
Chamada de capa no Valor Econômico aponta que grandes varejistas de moda têm sondado plataformas de comércio eletrônico abertas a vender seus negócios. Soma, Arezzo&Co (por meio da ZZ Ventures), C&A e Renner são exemplos de empresas que entraram nessa busca nos últimos meses. Entre negócios já prospectados, segundo fontes, estão o brechó Capricho à Toa, a consultoria de imagem Resolva Meu Look e a marca premium de moda Charth.

O texto recorda que a abertura de capital da Enjoei e a aquisição do brechó Repassa pela Renner, em julho, acabaram chamando a atenção do mercado para esses negócios.

Black Friday
Folha de S.Paulo 
(10/10) tratou do impacto que as dificuldades com a importação de insumos, peças e produtos prontos pode ter nos preços para o consumidor durante a Black Friday deste ano.

O texto detalhou que os aumentos dos fretes passam de 400%. “A indústria paga hoje US$ 10 mil (cerca de R$ 55 mil) pelo transporte de insumos em contêineres, enquanto antes da pandemia o valor máximo era até US$ 2.000 (cerca de R$ 11 mil)”.

Há também falta de contêineres. O valor das peças e partes produzidas fora do país sofre com a desvalorização do real frente ao dólar.

Pandora Papers
Folha de S.Paulo e O Globo
 (10/10) informaram que o ministro Dias Toffoli, do STF, arquivou pedidos de investigação contra o ministro da Economia, Paulo Guedes, e o presidente do BC, Roberto Campos Neto, no caso das empresas mantidas por eles em paraísos fiscais. Como justificativa, o ministro do STF disse que cabe exclusivamente ao procurador-geral da República o pedido de abertura de inquérito contra autoridades com foro por prerrogativa de função.

Mourão
O Estado de S. Paulo
 (10/10) registrou que o vice-presidente Hamilton Mourão não chefiará a delegação brasileira que irá para a Cúpula do Clima da ONU, em Glasgow, na Escócia.

Mourão havia pedido a Jair Bolsonaro para ser o representante máximo do país no evento. “Em mais um sinal de desprestígio ao vice, Bolsonaro escalou o ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, para a tarefa”, pontua o jornal.

STF
Folha de S.Paulo traz que o centrão quer indicar um novo nome para o Supremo no lugar de André Mendonça. Trata-se do presidente do Cade, Alexandre Cordeiro. Segundo o veículo, o movimento irritou lideranças evangélicas, já que o postulante é presbiteriano, mas não próximo delas. Silas Malafaia e outros disseram que apenas um nome chancelado por eles seria legítimo.

No Valor Econômico, pauta relata que o governo recebeu a sinalização de que a sabatina de Mendonça só ocorrerá em novembro. Até lá, com o encerramento da CPI da Pandemia e a consequente diminuição na temperatura política na Casa, governistas esperam que ele seja aprovado com mais tranquilidade.

CPI da Pandemia
Folha de S.Paulo
 evidencia que integrantes da CPI da Pandemia se articulam para que cópia do relatório final da investigação seja enviada ao TPI (Tribunal Penal Internacional), em Haia, na Holanda. Pretendem atribuir ao presidente Jair Bolsonaro condutas que, avaliam, configuram crime contra a humanidade, tipo penal que é avaliado pela Justiça internacional. Senadores avaliam que a estratégia de ir ao TPI pode ampliar o desgaste da imagem de Bolsonaro no mundo, ainda que não produza resultados jurídicos.

O dólar comercial fechou sexta-feira em queda de 0,02%, cotado a R$ 5,51. Euro subiu 0,13%, chegando a R$ 6,38. A Bovespa operou com 112.833 pontos, alta de 2,03%. Risco Brasil em 325 pontos. Dow Jones caiu 0,03% e Nasdaq teve queda de 0,51%.
Valor Econômico
Com arrecadação em alta forte, Estados ampliam investimento

O Estado de S. Paulo
Ações relacionadas a violações de direitos humanos triplicam

Folha de S.Paulo
Receita cresce, mas gasto estadual em educação cai

O Globo
Investidores estrangeiros evitam leilões de infraestrutura

Correio Braziliense
Chuvas causam transtornos e celebração

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