Monitor – 8 de junho de 2022

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Informativo da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo
08/06/22 | nº 671 | ANO IV |  www.cnc.org.br

A coluna Mercado S/A (Correio Braziliense) afirma que existe um indicador financeiro que não deixa dúvidas a respeito da intensidade da crise econômica: a inadimplência. Por esse critério, o Brasil vai mal. Nota conta que, segundo a CNC, em maio, 28,7% das famílias brasileiras possuíam contas ou dívidas em atraso. Foi a oitava alta consecutiva do índice e trata-se da pior marca registrada desde janeiro de 2010. Do total de endividados, 22,2% precisaram de 50% da renda para pagar dívidas com bancos e financeiras, a proporção mais elevada desde dezembro de 2017. A inflação alta associada à queda de renda dos brasileiros formam o combo que acelera os níveis de inadimplência.

Os dados sobre endividamento e inadimplência apurados pela CNC também foram abordados em TVs (CNN Novo Dia/CNN BrasilJornal da Globo) e na mídia online (CNN OnlineG1UOL).

Sistema S
Em artigo no Valor Econômico, João Batista Oliveira, presidente do Instituto Alfa e Beto, avança sobre propostas de “Eleições 2022: a Educação na Encruzilhada”, publicado pelo Instituto Alfa e Beto, destinado a futuros governadores e presidente da República.

O documento defende a formação de parcerias com o Sistema S e o setor privado para a oferta de “formação profissional de verdade em escolas com cultura e vocações específicas e com base em um currículo realista para os alunos”.

Fome
O Globo, Folha de S.Paulo
 e demais jornais relatam que 33,1 milhões de pessoas passam fome no Brasil. O número, registrado entre o fim de 2021 e abril deste ano, é 57,4% maior que os 19 milhões levantados em dezembro de 2020. Segundo estudo da Rede PENSSAN, quase 60% da população convive com algum grau de insegurança alimentar. Situação leva o país de volta ao mesmo patamar da década de 1990.

Pandemia
Valor Econômico 
informa que o Brasil registrou 294 mortes por covid-19 nas últimas 24 horas, segundo o levantamento do consórcio de veículos de imprensa feito junto às secretarias estaduais de Saúde. Com isso, o total de óbitos pelo novo coronavírus subiu para 667.400.

De acordo com o balanço de ontem, fechado às 20h, o número de novos casos conhecidos de covid-19 em 24 horas foi de 80.603, elevando o total de infectados para 31,27 milhões. A média móvel diária de casos do novo coronavírus nos últimos sete dias foi de 35.271, alta de 144% em relação aos casos registrados em 14 dias, indicando tendência de alta do dado.

Combustíveis 1
Manchete em O Globo destaca que novo pacote anunciado ontem pelo governo para subsidiar o preço do combustível que deve consumir todos os recursos que ingressarão no caixa do Tesouro com a privatização da Eletrobras.

Durante o anúncio, o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que poderiam ser usados recursos da capitalização. O diário ressalta que a estimativa do governo é de um gasto de R$ 40 bilhões e, portanto, ainda faltariam cerca de R$ 15 bilhões.

De acordo com o jornal, os valores restantes, a princípio, devem ter origem em dividendos da Petrobras ou outras receitas do setor de petróleo.

Combustíveis 2
Folha de S.Paulo e Valor Econômico assinalam que a Câmara aprovou ontem projeto que obriga a divulgação de valores de componentes que influenciam os preços de combustíveis e que dá status de lei a normas já editadas pela ANP. Texto é apontado pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), como uma das formas de conter a escalada dos preços de combustíveis.

ICMS
Manchete no Valor Econômico revela que Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais e Rio de Janeiro projetam perdas de receita caso sejam aprovadas a PEC que prevê ressarcimento do ICMS para estados que zerarem o tributo sobre diesel e gás, e o PLP 18, que limita a alíquota em 17% a 18%.

A reportagem acrescenta que, no caso do Rio de Janeiro, a redução do imposto pode prejudicar o regime de recuperação fiscal do estado. Já o governador da Bahia, Rui Costa (PT), afirmou que o presidente Jair Bolsonaro faz “demagogia” com a proposta.

O Estado de S. Paulo avança em frente semelhante, detalhando incertezas para as contas públicas com o pacote para reduzir o preço dos combustíveis. Estados e municípios contestam contas do governo, alegando que as perdas estão em R$ 115 bilhões.

Etanol
Valor Econômico
 ressalta que medida do governo para reduzir os preços dos combustíveis pode acabar prejudicando as vendas do etanol hidratado, que tem, em média, uma pegada de emissões de carbono 70% menor que a da gasolina vendida atualmente no país.

Varejistas
Painel S.A. (Folha de S.Paulo) 
informa que grandes varejistas intensificam os investimentos na eletrificação das suas frotas para entregas menores. A Via, dona de Casas Bahia, Ponto e Extra.com.br, vai incrementar com tuk-tuks elétricos sua rede de veículos para a entrega de mercadorias leves na chamada última milha.

O projeto-piloto, inicialmente implantado com seis veículos na zona Sul e no centro de São Paulo (SP), faz parte do plano de implementar a iniciativa gradativamente e deve ser expandido para todo o país.
A Americanas, que iniciou a eletrificação em 2021, possui atualmente uma frota ecoeficiente com 343 veículos, sendo 180 utilitários, 61 tuk-tuks e 86 bicicletas, todos elétricos.

O Magazine Luiza, que no ano passado adotou os VUCs, veículos urbanos de carga elétricos, nas suas operações, começou a testar também entregas com tuk-tuks e bicicletas elétricas.

Servidores
Principais jornais relatam que, após projetar um aumento linear de 5% nos salários dos servidores, o presidente Jair Bolsonaro admitiu ontem que possivelmente não haverá mais reajustes aos funcionários públicos neste ano. Assegurou, porém, aumento de salário e reestruturação de carreiras a partir do ano que vem.

“Lamento, pelo que tudo indica, não será possível dar nenhum reajuste para o servidor no corrente ano. Mas já está na legislação nossa, mandando para Parlamento, LOA [Lei Orçamentária Anual], que para ano que vem teremos reajustes e reestruturações”, disse.

Francischini
Noticiário destaca que a 2ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) derrubou a liminar do ministro Kassio Nunes que restituía o mandato do deputado estadual Fernando Francischini (União Brasil-PR). O parlamentar foi cassado em outubro do ano passado por ter publicado vídeo com mentiras sobre as urnas eletrônicas em 2018.

Após o colegiado derrubar a decisão em favor de Francischini, o presidente Jair Bolsonaro voltou a atacar magistrados e ameaçou não cumprir decisões do STF.

Terceira via
O Globo 
ainda reporta que o PSDB aguarda, em clima de desconfiança, uma contrapartida do MDB no Rio Grande do Sul para destravar o apoio à pré-candidatura presidencial da senadora Simone Tebet (MS) até amanhã. Na noite de ontem, o ex-governador Eduardo Leite se reuniu com a cúpula do MDB gaúcho, mas, depois do encontro, disse que a conversa acabou sem avanço.

Moro
Imprensa registra que o Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo considerou irregular a transferência de título de eleitor de Sergio Moro e vetou sua candidatura no estado.

O dólar comercial fechou ontem em alta de 1,64%, cotado a R$ 4,87. Euro subiu 1,73%, chegando a R$ 5,21. A Bovespa operou com 110.069 pontos, queda de 0,11%. Risco Brasil em 311 pontos. Dow Jones subiu 0,80% e Nasdaq teve alta de 0,94%.

Valor Econômico
PEC do diesel piora risco fiscal e Estados projetam perdas

O Estado de S. Paulo
STF retoma cassação a deputado; Bolsonaro grita e pede ‘reação’

Folha de S.Paulo
Supremo reverte veto a cassação de bolsonarista

O Globo
Privatização da Eletrobras vai financiar subsídio ao diesel

Correio Braziliense
Mundo acompanha busca por desaparecidos na Amazônia

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