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Folha de S.Paulo noticia que o avanço da vacinação contra a Covid-19, o nível menor de restrições a atividades e até o frio intenso em parte do Brasil animam o comércio às vésperas do Dia dos Pais. Na visão de varejistas, as vendas relacionadas à data devem representar um alívio para os negócios após as dificuldades trazidas pela pandemia.
Neste ano, as vendas do Dia dos Pais devem movimentar R$ 6,03 bilhões no Brasil, estima a CNC. O desempenho, se confirmado, significará alta de 13,9% ante 2020 (R$ 5,3 bilhões corrigidos pela inflação). No mesmo período do ano passado, as lojas amargavam maiores restrições devido ao avanço da crise sanitária.
“Há um cenário mais positivo, que remete à vacinação. A circulação de pessoas ainda não voltou ao normal nas lojas, mas o consumidor está mais encorajado a frequentar o comércio”, avalia o economista Fabio Bentes, da CNC.
Bentes sinaliza que o comércio aberto traz alento porque as operações físicas são o carro-chefe do setor. Segundo ele, o varejo online, mesmo com o estímulo do isolamento social na pandemia, ainda representa menos de 10% das vendas.
Tradicionalmente, as lojas de vestuário, calçados e acessórios costumam se destacar no Dia dos Pais. Neste ano, o quadro não será diferente, de acordo com a CNC. Embora ainda não tenha recuperado o ritmo pré-crise, o ramo deve faturar R$ 2,43 bilhões na data. Ou seja, tende a responder por cerca de 40% do total previsto para o comércio, aponta a entidade.
“Como o setor de vestuário ainda não conseguiu recuperar todas as vendas, não está tendo muito espaço para aumentar preços. O consumidor pesquisa ofertas e pode encontrar um desconto aqui, outro ali”, pontua Bentes.
Mídia online (Valor Online, G1, Estadão Online, Terra, CNN Brasil Online) informa que o percentual de brasileiros endividados bateu recorde em julho, segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), divulgada nesta quinta-feira pela CNC. O índice chegou a 71,4%, o maior da série histórica da pesquisa, iniciada em janeiro de 2010.
Em julho de 2020, 67,4% dos brasileiros estavam endividados e em junho de 2021, 69,7%. Para a CNC, o quadro reflete avanço inflacionário no período, que restringe orçamento das famílias e estimula novas tomadas de empréstimo para compor a renda.
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