Reforma tributária
Valor relata que governadores têm feito uma ofensiva por mudanças na reforma tributária, em tramitação no Congresso, e criticam a proposta de criação do conselho federativo. A medida é vista pelos Estados como uma perda da autonomia dos entes federativos na gestão de suas próprias receitas. O colegiado, formado por representantes estaduais e de prefeituras, vai gerir a arrecadação do novo Imposto sobre Bens e Serviço (IBS), tributo que vai unificar o ICMS e o ISS.Outra alteração defendida pelos Estados é que a unificação do ICMS com o ISS só ocorra em 2033, e não a partir de 2029, como propôs o relator do projeto, deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB). A proposta é que o IBS entre em vigor em 2026, com alíquota simbólica de 1%, mas conviva com o ICMS e ISS até 2033.
A mudança serviria para que a União não tenha que criar o Fundo de Compensação de Perdas para bancar os benefícios de ICMS concedidos pelos Estados para empresas até 2032. Esse fundo teria aporte de R$ 160 bilhões do governo federal, mas o valor é considerado insuficiente pelos secretários de Fazenda estaduais.
Reforma tributária 2
Estadão afirma que representantes de empresas de serviços vão procurar o governador de SP, Tarcísio de Freitas, para formar um bloco de pressão pelo adiamento da votação da reforma tributária, prevista para julho.
A fonte é a presidente da Federação Nacional de Call Center, Instalação e Manutenção de Infraestrutura de Redes de Telecomunicações e de Informática (Feninfra), Vivien Suruagy. O presidente da Central Brasileira do Setor de Serviços, João Diniz, também critica a medida.
Caged
Dados do Novo Caged divulgados ontem pelo Ministério do Trabalho mostram que o mercado de trabalho registrou abertura líquida de 155.270 vagas com carteira assinada em maio, resultado de 2.000.202 admissões e 1.844.932 cortes.
O governo avalia que a política de juros alto levou a uma desaceleração da abertura de vagas formais de trabalho no mês.
Apesar de positivo, o número ficou abaixo da estimativa do governo, que contava com cerca de 180 mil novas vagas no mês. Apesar das críticas, o ministro Luiz Marinho avaliou ser possível chegar a mais 2 milhões de empregos líquidos criados até o fim do ano.
Desoneração da folha
O projeto de lei que prorroga até o fim de 2027 a desoneração da folha de salários para empresas de 17 setores da economia seguirá direto para a Câmara, informa a Folha.
O PL foi aprovado pela CAE (Comissão de Assuntos Econômicos) do Senado na semana passada em caráter terminativo, mas integrantes da base governista articulavam um recurso para que o texto fosse analisado também pelo plenário da Casa. A ideia era ganhar tempo, mas o governo avaliou que sairia derrotado.
Agora, a estratégia será tentar atrasar a votação na Câmara até a eventual aprovação da reforma tributária.
Inflação
Principais jornais informam que o Conselho Monetário Nacional decidiu adotar um sistema de metas de inflação contínuo e abandonar o ano-calendário. Também definiu em 3% o alvo do índice de preços para 2026, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo — mesmos patamares de 2024 e 2025.
A mudança será feita por meio de decreto presidencial, mas o desenho final da nova regra ainda não é conhecido. A alteração passa a valer em 2025, porque coincidirá com o mandato do futuro presidente do BC, que irá substituir Roberto Campos Neto.
Hoje, a verificação do cumprimento da meta é feita por ano-calendário, com base na inflação acumulada de janeiro a dezembro. Com a mudança, a autoridade monetária passará a perseguir o nível determinado para a inflação acumulada em 12 meses em período mais flexível. Haddad afirmou que, “na prática, você trabalha com 24 meses”, mas que o BC definirá o horizonte.
Juros
Valor relata que as medidas do CMN foram bem recebidas entre economistas, que esperam melhora adicional nas expectativas de inflação e consolidação do espaço para o BC começar a cortar a taxa de juros em agosto. A mudança ainda favorece o ambiente institucional para o cumprimento da nova regra fiscal.
Produtividade
Estadão registra que o Brasil ficou na 61ª posição do ranking nacional de produtividade da força de trabalho, que avalia 64 nações, segundo a escola de educação executiva suíça IMD (Institute for Management Development). O país só está melhor que Mongólia, Nova Zelândia e Venezuela.
No ranking de produtividade geral, que leva em conta o PIB por pessoa ocupada, a posição brasileira é ligeiramente melhor: 57ª colocação, abaixo de Colômbia, México, Argentina, África do Sul e Cazaquistão.
PIB
Estadão registra que, após o crescimento de 1,9% registrado no primeiro trimestre, o BC elevou de 1,2% para 2% sua estimativa para a expansão do PIB no ano. |