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Reportagem da TV Bandeirantes destaca que três em cada quatro famílias brasileiras estão com dívidas. Repórter traz dados da CNC e Serasa que indicam que o percentual de famílias endividadas chegou a quase 73% em agosto, o maior índice já registrado desde 2010
Crise institucional
O pronunciamento do presidente do STF, Luiz Fux, em reação às ameaças do presidente Jair Bolsonaro, de não cumprir decisões do Supremo é destaque na manchete na Folha de S.Paulo, O Estado de S. Paulo e O Globo.
Fux foi firme ao afirmar que as declarações de Bolsonaro contra o STF, se colocadas em prática, representam “atentado à democracia” e crime de responsabilidade, que pode resultar em processo de impeachment. Fux ressaltou ainda que “ninguém fechará esta Corte, nós a manteremos de pé”.
Os principais jornais também ressaltam o posicionamento do presidente da Câmara, Arthur Lira, que sem citar processo de impeachment, disse que é “hora de dar um basta a essa escalada”. No Senado, Rodrigo Pacheco cobrou o fim da crise.
Valor Econômico, por sua vez, mostra como a piora no cenário político, impulsionada pelos ataques do presidente Bolsonaro ao STF feitas no 7 de Setembro, impactou o mercado. O Ibovespa fechou ontem em queda de 3,78% e o dólar teve alta de 2,93%.
Desdobramentos
Principais jornais ressaltam que a crise política e os desdobramentos econômicos provocados pelo discurso do presidente Jair Bolsonaro afetam as expectativas dos economistas para 2022. A visão é que o aumento da incerteza já adia investimentos, inibe contratações, trava a agenda de reformas econômicas e pode estender a escalada inflacionária por mais tempo. O impeachment do presidente, no entanto, ainda é visto por alguns analistas como uma solução que pode deteriorar ainda mais o cenário econômico.
Retomada
O Globo mostra que instabilidades político-institucionais que afetam o país, que ganharam nova proporção após os atos de 7 de Setembro, afastam o setor produtivo da retomada. De acordo com executivos e presidentes de associações, a tensão entre os Poderes dificulta a atração de investimentos, mina os esforços para aprovação de reformas e piora o ambiente de negócios.
Caminhoneiros
Folha de S.Paulo informa que caminhoneiros realizaram, ontem, paralisações em trechos de rodovias em ao menos 15 estados. A reportagem menciona que os motoristas não têm apoio formal de entidades da categoria e estão alinhados politicamente ao governo de Jair Bolsonaro ou ligados ao agronegócio.
Coronavírus
Valor Econômico informa que a Anvisa autorizou ontem o uso emergencial do anticorpo monoclonal sotrovimabe para o tratamento da covid-19. A aplicação está restrita a hospitais, em pacientes leves a moderados. Desde março, já são cinco medicamentos aprovados no Brasil, sendo esse o quarto em uso emergencial.
O Ministério da Saúde registrou, desde o início da pandemia, 20.928.008 pessoas infectadas pelo coronavírus. Ontem, foram confirmados 14.430 novos diagnósticos positivos. Também foram contabilizados 584.421 pessoas que perderam a vida para a covid-19, com 250 novos óbitos.
Supermercados
Painel S.A. (Folha de S.Paulo) conta que a Abras (associação de supermercados) divulga seus indicadores hoje com uma queda de 1,15% no consumo das famílias em julho em relação ao mesmo mês do ano passado. Foi o segundo recuo no consumo do ano.
Segundo os dados da entidade em junho, o Índice Nacional de Consumo nos Lares Brasileiros também havia registrado queda de 0,68% em junho na mesma base de comparação.
O levantamento da Abras também aponta tendência de inflação em alta. Em julho, subiu 23,14% em relação ao mesmo mês de 2020 o custo da cesta com os 35 produtos mais vendidos em supermercados, para R$ 668,55. No Norte, que é a região mais afetada, esse valor chega a R$ 752,89, seguido pelo Sul (R$ 734,10).
Precatórios
Folha de S.Paulo, O Globo e Valor Econômico informam que a crise política travou o acordo que vinha sendo costurado com o Judiciário para o governo deixar de pagar a totalidade dos precatórios em 2022. O impasse é um dos motivos mais citados entre analistas para a queda de 3,78% da Bolsa ontem. A avaliação de diferentes envolvidos aponta que, mesmo com a disposição dos atores para dialogar, não há clima para discutir a proposta, prioridade do ministro Paulo Guedes (Economia), ao lado do Auxílio Brasil (o novo Bolsa Família).
O dólar comercial fechou ontem em alta de 2,89%, cotado a R$ 5,32. Euro subiu 2,38%, chegando a R$ 6,28. A Bovespa operou com 113.412 pontos, queda de 3,78%. Risco Brasil em 313 pontos. Dow Jones caiu 0,20% e Nasdaq teve queda de 0,35%.
Valor Econômico
Escalada da crise assusta setor privado e mercados afundam
O Estado de S. Paulo
Fux responde a ataque e alerta para crime de responsabilidade
Folha de S.Paulo
Desobediência de Bolsonaro ao STF será crime, afirma Fux
O Globo
Fux: desprezar ordem judicial é crime de responsabilidade
Correio Braziliense
Fux, Lira e Pacheco reagem a Bolsonaro
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