Reforma tributária
Folha de S.Paulo, O Estado de S. Paulo, Valor Econômico e Correio Braziliense informam que a ministra do Planejamento, Simone Tebet, disse ontem (2), após reunião com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que a discussão da reforma tributária se prolongará por ao menos seis meses.
De acordo com Tebet, não há como concluir a discussão antes desse prazo. Ela ressaltou que o governo ainda não conhece o novo Legislativo.
Já o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, vem afirmando que a reforma tributária estaria apta para ser votada ainda no primeiro semestre e que acreditava ser possível uma aprovação até abril na Câmara.
PAC
Folha de S.Paulo revela que o presidente Lula deve apresentar, até a cerimônia de cem dias de governo, um plano de investimentos públicos para tentar incentivar a atividade econômica. De acordo com o jornal, a lista, nesta fase inicial, incluirá a retomada de obras paradas ou que estão em ritmo lento.
O plano de investimentos fará parte de programa mais amplo de metas, que será comandado pela Casa Civil. Na área de infraestrutura, o governo quer lançar o plano de investimentos nos moldes do antigo PAC.
Copom
Valor Econômico afirma que os recados dados pelo Copom ecoaram com força no mercado e abriram espaço para uma nova onda de revisões nas projeções para a Selic. Os agentes passaram a postergar ainda mais a expectativa para o início do processo de flexibilização do juro básico, que hoje está em 13,75%. Os reflexos no mercado de juros foram bastante claros e geraram uma disparada nas taxas de curto prazo, enquanto a piora na percepção de risco fez os agentes exigirem prêmio ainda maior pelos juros de longo prazo.
Nos preços dos ativos financeiros, o mercado apagou boa parte dos cortes das taxas de juros que antes estavam precificados para o ano. No fechamento, a taxa do DI para janeiro de 2024 subiu de 13,535% para 13,69% e a do DI para janeiro de 2025 disparou, ao passar de 12,785% para 13,065%.
Dólar
O Estado de S. Paulo e O Globo informam que, pela primeira vez desde junho do ano passado, o dólar voltou a cair ontem abaixo de R$ 5, influenciado pela sinalização do Copom de que a Selic pode permanecer num nível elevado por mais tempo. Na mínima do dia, a moeda americana chegou a valer R$ 4,94. Ao longo da sessão, a queda do dólar perdeu força, para fechar na cotação de R$ 5, 0454, ainda assim um recuo de 0, 30% no dia.
No cenário internacional, também na quarta, o Fed elevou a taxa de juro, mas apontou que os sinais de desinflação começam a surgir. Segundo especialistas, a combinação desses dois fatores favorece o chamado “carry trade”, contratação de empréstimo em país de juro baixo e aplicação desses recursos em lugares mais rentáveis, como o Brasil.
BC
Folha de S.Paulo conta que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou ontem que pode buscar rever a autonomia do BC quando terminar o mandato de Roberto Campos Neto. Questionado sobre se poderia haver mudança em relação à autonomia, o presidente da República confirmou. Lula tem criticado a taxa e juros e a independência do BC com frequência, afirmando que a instituição não faz mais agora do que quando seu presidente era trocado sempre que um novo governo assumia. Durante a campanha, no entanto, Lula afirmou mais de uma vez que não pretendia propor, ao menos inicialmente, uma legislação que revertesse a independência do BC.
Carf
O Estado de S. Paulo comunica que o ministro Dias Toffoli, do STF, deu ontem (2) prazo de três dias para o governo prestar informações sobre medida provisória que restituiu o chamado voto de qualidade no Carf.
Conforme a reportagem, Toffoli é o relator de Ação Direta de Inconstitucionalidade apresentada pelo conselho federal da OAB contra a decisão do governo de voltar com o voto de qualidade, que havia sido eliminado por decisão do Congresso em 2020.
Petrobras
O Globo, Folha de S.Paulo e Valor Econômico relatam que o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, indicou ontem cinco novos membros para a composição da Diretoria Executiva da estatal. Cláudio Schlosser será diretor executivo de Comercialização e Logística. Carlos Travassos assume a área de Desenvolvimento da Produção, e Joelson Falcão, a de Exploração e Produção. Já William França será diretor executivo de Refino e Gás Natural, e Carlos Augusto Barreto, de Transformação Digital e Inovação. Reportagens ressaltam que, com exceção de Barreto, todos são funcionários de carreira da estatal.
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