Monitor – 29 de julho de 2021

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Informativo da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo
29/07/21 | nº 459 | ANO III |  www.cnc.org.br

Painel S.A. (Folha) conta que o deputado Luiz Carlos Motta (PL-SP), relator da primeira etapa da reforma tributária do governo, diz que está concluindo sua rodada de reuniões com dezenas de setores para debater a proposta.

Segundo o deputado, há chances de flexibilizar a alíquota de 12% da CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços), que unifica PIS e Cofins, inclusive com tratamento diferente para indústria e serviços.

O relator diz que já ouviu diversos setores sobre a proposta, mas ainda não conversou com a CNC. “Do jeito que está, a reforma está penalizando mais comércio e serviços”, diz o deputado.

O Globo reproduz o conteúdo da coluna Comércio em Pauta publicada ontem no Correio Braziliense.

O espaço destaca a reunião do presidente da CNC com representantes da Câmara Brasileiro do Comércio de Combustíveis, a programação cultural do Sesc e o Fórum Internacional de Educadores que será promovido pelo Senac.

Também em O Globo, outra matéria cita dado da CNC sobre o faturamento recorde no setor de e-commerce em 2020.

O Globo Online e CNN repercutem previsão da CNC para as vendas no comércio no Dia dos Pais. A expectativa é de que alcancem R$ 6,03 bilhões em 2021, crescimento de 13,9% em comparação com 2020.

Sistema S
Com chamada na capa, Valor Econômico destaca alerta do diretor-geral do Senai e diretor superintendente do Sesi, Rafael Lucchesi. Segundo ele, se o Sistema S perder 30% do orçamento, haverá um desmonte parcial da estrutura atual das entidades.

Lucchesi diz entender a necessidade de recursos do governo, mas que não acha razoável tirar recursos do Sistema S para financiar programas temporários e mais semelhantes com transferência de renda.

O dirigente considerou “desinformação” o comentário do secretário de Política Econômica do Ministério da Economia, Adolfo Sachsida. Na última semana, Sachsida falou sobre “passar a faca” no Sistema S e cobrar R$ 6 bilhões para bancar programas de inserção do jovem no mercado.

Endividamento
Com base em dados do Banco Central, manchete do Estadão destaca que o endividamento das famílias bateu recorde. De cada R$ 10 que uma família recebeu no último ano, R$ 58,50 estavam comprometidos com dívidas, o maior percentual da série histórica.

A leitura é de que o aperto no bolso das famílias pode ter impacto na retomada, especialmente num momento de desemprego e inflação elevados. Segundo dados do IBGE, a massa de salários em circulação caiu R$ 12 bilhões em um ano – recuo de 5,4% no trimestre encerrado em abril, na comparação com o mesmo período de 2020.

Jornal acrescenta que o endividamento das empresas também aumentou por conta da tomada de crédito na pandemia e da alta do dólar. Em 12 meses até março, o endividamento das empresas subiu para 61,7% do PIB, patamar recorde, segundo dados do Cemec-Fipe.

Pequenas e médias empresas foram as que mais recorreram ao crédito das linhas emergenciais do governo, ficando responsáveis por 72% dos créditos oferecidos pelo governo.

Reforma tributária
Valor Econômico assinala que o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), pretende acelerar a aprovação da parte da reforma tributária que cabe à Casa.

Conforme a reportagem, Pacheco é particularmente favorável a uma reforma mais ampla, que abarque tanto impostos federais quanto estaduais e municipais. Valor cita, no entanto, divergências em torno de um imposto único.

O Globo revela que o relator da reforma do Imposto de Renda, deputado Celso Sabino (PSDB-PA), disse ontem que vai retirar do texto medida que previa o fim dos incentivos fiscais do Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT).

Sabino também afirmou que dividendos distribuídos por empresas do Simples Nacional continuarão isentos.

Coronavírus
Manchete da Folha repercute a flexibilização do horário de funcionamento e limite de ocupação de comércios em São Paulo, conforme anúncio do governador João Doria.

O limite, hoje às 23h, será estendido até a meia-noite a partir de 1º de agosto até o dia 16. A capacidade de ocupação passará dos atuais 60% para 80%. A partir de 17 de agosto, um dia após todos os adultos serem vacinados com a primeira dose, não haverá mais limites de ocupação ou de horário.

A partir do início do próximo mês, também não haverá mais toque de restrição na madrugada.

Levantamento da Folha mostra que apenas três capitais brasileiras – Rio de Janeiro, Goiânia e Palmas – estão com leitos de UTI para casos críticos da Covid ocupados em níveis superiores a 75%.

Energia
Reportagem na Folha conta que pelo menos 20 empresas aderiram ao Programa de Resposta da Demanda, programa de estímulo à economia de energia criado na gestão Michel Temer. Com a iniciativa, indústrias deslocam a produção para fora dos horários de pico de consumo e recebem vantagens financeiras.

O ONS estima que 1.500 grandes consumidores estão aptos a aderir ao programa. Uma consulta pública para a regulamentação do programa está para sair, segundo o órgão.

Outra matéria informa que o governo reinaugurou ontem a termelétrica mais cara do país (R$ 1.741/MWh), em Mato Grosso do Sul, que estava parada desde 2017. Para especialistas, a estratégia de enfrentar a crise com foco no aumento da oferta é arriscada e coloca ainda mais pressão sobre a conta de luz.

Combustíveis
O consumo de combustíveis fechou o primeiro semestre com sinais de recuperação no Brasil entre praticamente todos os derivados, em relação a igual período do ano passado, segundo dados da ANP. A exceção é o querosene de aviação (QAV), cujas vendas ainda seguem impactadas pelo enfraquecimento da demanda.

O diesel segue como o grande destaque positivo, com crescimento de 11% nos seis primeiros meses de 2021, frente à primeira metade do ano passado. Na comparação com o primeiro semestre de 2019, houve aumento de 8,1%.

Os números da ANP, no entanto, mostram que a melhora do mercado doméstico ainda não significa uma plena retomada aos níveis pré-pandemia para a maioria dos produtos. Notícia do Valor.

Varejo
Reportagem no Estadão mostra o aumento da concentração no varejo no país. Em 2020, o faturamento das 120 maiores varejistas cresceu 20%, de R$ 526 bilhões para R$ 632 bilhões, mas o movimento não foi uniforme. Nas dez maiores companhias, o faturamento cresceu quase 30%. Nas dez menores, houve queda de 22%, segundo dados do Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo & Mercado de Consumo (Ibevar).

Segundo a pesquisa, as dez maiores empresas do varejo (Carrefour, GPA, Magalu, Via, Americanas, Big, Raia Drogasil, Natura, Boticário e Mateus Supermercado) faturaram no ano passado R$ 317 bilhões, a metade do registrado pelo conjunto das 120 companhias. O valor é 48 vezes maior que o faturamento das dez menores desse ranking, de R$ 6,5 bilhões.

Delivery
Estadão também relata a chegada do aplicativo de entregas Merqueo no Brasil. A empresa colombiana, que faz entregas de compras de supermercado, investirá cerca de R$ 130 milhões no país nos próximos 12 meses.

Restaurantes
Painel S.A. (Folha)
 relata que as mudanças anunciadas ontem pelo relator da reforma tributária, Celso Sabino (PSDB-PA), agradaram o setor de restaurantes.

A decisão de isentar a distribuição de lucros e dividendos a todas as empresas inscritas no Simples Nacional e de retirar do texto o trecho que limitava o PAT (Programa de Alimentação do Trabalhador) foi bem recebida pelo setor, segundo a Abrasel.

Carrefour
Maior comprador de carne bovina do Brasil, o Carrefour colocará à venda hoje os primeiros lotes da proteína rastreada desde o nascimento do bezerro. O produto faz parte da linha Sabor & Qualidade, fruto de uma parceria da varejista com a Iniciativa para o Comércio Sustentável (IDH), informa o Valor.

Hotel Emiliano
Valor Econômico destaca a entrada do Hotel Emiliano, conhecido como grife de luxo no ramo hoteleiro, no segmento de imóveis residenciais para renda. A primeira parceria do novo empreendimento foi assinada esta semana com a incorporadora You.

Reforma ministerial
O Estado de S. Paulo observa que, após o Centrão ganhar a Casa Civil, a disputa de poder agora se concentra na área econômica. A pressão é pela recriação do Ministério do Planejamento, que controlaria a Secretaria de Orçamento Federal (SOF). O prestígio conferido por Jair Bolsonaro ao Progressistas dividiu aliados do governo e despertou insatisfações em siglas como PTB e Republicanos.

Fundo Eleitoral
Folha Correio contam que o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), defendeu o aumento do Fundo Eleitoral, de R$ 1,8 bilhão para R$ 5,7 bilhões, aprovado pelo Congresso e à espera de sanção pelo presidente Jair Bolsonaro. De acordo com o deputado, o valor é importante para financiar a democracia. Ele destacou que quantia insuficiente abriria margem para que organizações criminosas interferissem no processo eleitoral.

O dólar comercial fechou ontem em baixa de 1,31%, cotado a R$ 5,11. Euro caiu 1,09%, chegando a R$ 6,05. A Bovespa operou com 126.285 pontos, alta de 1,34%. Risco Brasil em 300 pontos. Dow Jones caiu 0,36% e Nasdaq teve alta de 0,70%.
Valor Econômico
ICMS impulsiona superávit de Estados e municípios

O Estado de S. Paulo
Endividamento bate recorde e pode colocar retomada em xeque

Folha de S.Paulo
SP suspenderá maioria das restrições em 17 de agosto

O Globo
Com frio e seca, alimento sobe e pressiona inflação

Correio Braziliense
STF derruba correção bilionária de salários imposta à Petrobras

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