Sistema S
Com chamada na capa, Valor Econômico destaca alerta do diretor-geral do Senai e diretor superintendente do Sesi, Rafael Lucchesi. Segundo ele, se o Sistema S perder 30% do orçamento, haverá um desmonte parcial da estrutura atual das entidades.
Lucchesi diz entender a necessidade de recursos do governo, mas que não acha razoável tirar recursos do Sistema S para financiar programas temporários e mais semelhantes com transferência de renda.
O dirigente considerou “desinformação” o comentário do secretário de Política Econômica do Ministério da Economia, Adolfo Sachsida. Na última semana, Sachsida falou sobre “passar a faca” no Sistema S e cobrar R$ 6 bilhões para bancar programas de inserção do jovem no mercado.
Endividamento
Com base em dados do Banco Central, manchete do Estadão destaca que o endividamento das famílias bateu recorde. De cada R$ 10 que uma família recebeu no último ano, R$ 58,50 estavam comprometidos com dívidas, o maior percentual da série histórica.
A leitura é de que o aperto no bolso das famílias pode ter impacto na retomada, especialmente num momento de desemprego e inflação elevados. Segundo dados do IBGE, a massa de salários em circulação caiu R$ 12 bilhões em um ano – recuo de 5,4% no trimestre encerrado em abril, na comparação com o mesmo período de 2020.
Jornal acrescenta que o endividamento das empresas também aumentou por conta da tomada de crédito na pandemia e da alta do dólar. Em 12 meses até março, o endividamento das empresas subiu para 61,7% do PIB, patamar recorde, segundo dados do Cemec-Fipe.
Pequenas e médias empresas foram as que mais recorreram ao crédito das linhas emergenciais do governo, ficando responsáveis por 72% dos créditos oferecidos pelo governo.
Reforma tributária
Valor Econômico assinala que o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), pretende acelerar a aprovação da parte da reforma tributária que cabe à Casa.
Conforme a reportagem, Pacheco é particularmente favorável a uma reforma mais ampla, que abarque tanto impostos federais quanto estaduais e municipais. Valor cita, no entanto, divergências em torno de um imposto único.
O Globo revela que o relator da reforma do Imposto de Renda, deputado Celso Sabino (PSDB-PA), disse ontem que vai retirar do texto medida que previa o fim dos incentivos fiscais do Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT).
Sabino também afirmou que dividendos distribuídos por empresas do Simples Nacional continuarão isentos.
Coronavírus
Manchete da Folha repercute a flexibilização do horário de funcionamento e limite de ocupação de comércios em São Paulo, conforme anúncio do governador João Doria.
O limite, hoje às 23h, será estendido até a meia-noite a partir de 1º de agosto até o dia 16. A capacidade de ocupação passará dos atuais 60% para 80%. A partir de 17 de agosto, um dia após todos os adultos serem vacinados com a primeira dose, não haverá mais limites de ocupação ou de horário.
A partir do início do próximo mês, também não haverá mais toque de restrição na madrugada.
Levantamento da Folha mostra que apenas três capitais brasileiras – Rio de Janeiro, Goiânia e Palmas – estão com leitos de UTI para casos críticos da Covid ocupados em níveis superiores a 75%.
Energia
Reportagem na Folha conta que pelo menos 20 empresas aderiram ao Programa de Resposta da Demanda, programa de estímulo à economia de energia criado na gestão Michel Temer. Com a iniciativa, indústrias deslocam a produção para fora dos horários de pico de consumo e recebem vantagens financeiras.
O ONS estima que 1.500 grandes consumidores estão aptos a aderir ao programa. Uma consulta pública para a regulamentação do programa está para sair, segundo o órgão.
Outra matéria informa que o governo reinaugurou ontem a termelétrica mais cara do país (R$ 1.741/MWh), em Mato Grosso do Sul, que estava parada desde 2017. Para especialistas, a estratégia de enfrentar a crise com foco no aumento da oferta é arriscada e coloca ainda mais pressão sobre a conta de luz.
Combustíveis
O consumo de combustíveis fechou o primeiro semestre com sinais de recuperação no Brasil entre praticamente todos os derivados, em relação a igual período do ano passado, segundo dados da ANP. A exceção é o querosene de aviação (QAV), cujas vendas ainda seguem impactadas pelo enfraquecimento da demanda.
O diesel segue como o grande destaque positivo, com crescimento de 11% nos seis primeiros meses de 2021, frente à primeira metade do ano passado. Na comparação com o primeiro semestre de 2019, houve aumento de 8,1%.
Os números da ANP, no entanto, mostram que a melhora do mercado doméstico ainda não significa uma plena retomada aos níveis pré-pandemia para a maioria dos produtos. Notícia do Valor. |