Monitor –28 a 30 de agosto de 2021

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Informativo da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo
28 a 30/08/21 | nº 481| ANO III |  www.cnc.org.br

Em O Estado de S. Paulo, artigo do professor de Finanças da FGV-SP Fábio Gallo comenta o aumento do endividamento e da inadimplência das famílias. Texto traz que, em agosto, um em cada quatro brasileiros não estava conseguindo pagar as dívidas no prazo. Sendo que 72,9% das famílias brasileiras estão com dívidas no mês de agosto, um novo recorde mensal, segundo dados da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC) da CNC. O autor destaca que as dificuldades são tantas que o tempo de atraso no pagamento de dívidas tem aumentado e o grupo de famílias que recebem até dez salários mínimos é o que mais tem crescido no endividamento. O vilão é o cartão de crédito, que representa 83% dentre as formas de endividamento.

Reportagem do Fala Brasil (RecordTV) também informou que sete em cada dez famílias brasileiras estão endividadas, segundo dados da CNC. A principal causa das dívidas é a queda da receita provocada pela pandemia.

Correio Braziliense (29/08) abordou que a alta das contas de luz aumenta os custos de todos os setores da economia e pode tirar 2 pontos do PIB, além de pesar no bolso do consumidor. Em entrevista ao jornal, o economista sênior da CNC, Fabio Bentes, destacou que “o megawatt produzido em uma usina movida a carvão custa o dobro do gerado por uma hidrelétrica. Se for uma termelétrica movida a gás, o custo é quatro vezes maior”.

A alta das tarifas, explica Bentes, gera um efeito cascata em toda a economia — e pode desacelerar o setor de comércio. “A energia elétrica é um item insubstituível e utilizado em todos os setores do comércio e da indústria. (O aumento) vai pressionar o orçamento das famílias e prejudicar o comércio, porque o setor não vai conseguir segurar o reajuste sem repassar uma fatia um pouco maior do que a usual para os preços”, afirmou.

“Além de ter um peso grande no orçamento familiar, a energia é usada para praticamente tudo. Metade do custo da produção de leite é energia elétrica. No cimento, 25% é energia”, apontou Bentes.

Reforma tributária
O Estado de S. Paulo informa que a reforma tributária deve desestimular investimento estrangeiro e aumentar a tributação das médias e grandes empresas, segundo estudo do escritório Junqueira e Advogados que analisou o impacto da proposta para dez empresas que representam mais de 50% de participação no Ibovespa. Sobre o impacto para investidores estrangeiros, a alíquota de 34% de IR corporativo é maior do que a média mundial.

Se em 2020 a alíquota do IRPJ e da CSLL dessas empresas fosse 10% menor, como propõe o governo hoje, as companhias teriam desembolsado R$ 6 bilhões de tributos. Mas, se elas não pudessem efetuar a dedução dos JCP pagos aos acionistas, o valor pago seria de R$ 7,7 bilhões. Se consideradas as dez empresas com maior participação no principal índice da Bolsa, elas pagariam, juntas, 2,74% a mais em impostos.

Garantias
O Globo (28/08) publicou que a instituição do Sistema Nacional de Garantias, oficializado esta semana pelo governo federal, deve facilitar o fluxo de crédito para pequenas empresas. Recurso de estados, municípios ou até empresas que estejam no topo de suas cadeias produtivas vão para sociedades de garantia ou cooperativas de crédito, tornando mais fácil conseguir crédito com taxas mais baixas nos bancos ou cooperativas.

O objetivo do novo modelo é “andar em paralelo” com o Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe). No entanto, no Sistema de Garantias, o recurso será majoritariamente do setor privado.

Emprego
O Estado de S. Paulo (29/08) abordou que, em meio a números recordes de desempregados no Brasil, há setores contratando. Um dos destaques é na construção civil, onde faltam pedreiros, azulejistas e outros trabalhadores para funções básicas.

Um estudo feito pela consultoria IDados, com base na PNAD Contínua, aponta que os chamados “bolsões de aquecimento do mercado de trabalho” estão concentrados em praticamente três de dez setores – agropecuária, construção e serviços.

Já a Folha de S.Paulo destacou em manchete que o índice de desemprego no país deve permanecer alto no ano que vem e só voltar ao patamar pré-Covid em 2023. No trimestre encerrado em maio, o país teve desemprego em 14,6% , o que equivale a 14,8 milhões de pessoas, segundo a Pnad.

Manifesto
Ganha destaque no noticiário de hoje a expectativa em torno de um manifesto liderado pela Fiesp, que deve ser lançado amanhã. Com o apoio de cerca de 200 entidades empresariais, o documento pede a pacificação entre Legislativo, Executivo e Judiciário. O Globo e O Estado de S. Paulo abordam o assunto em manchete.

O manifesto, que não deve citar o presidente Jair Bolsonaro, expressa preocupação com ameaças de ruptura da democracia, defende a harmonia institucional e pede que cada um dos três Poderes “atue com responsabilidade nos limites de sua competência”.

O Estado de S. Paulo detalha que o manifesto da Fiesp teve origem na Febraban e já havia reunido até ontem mais de 200 assinaturas.

Principais jornais também relatam que o presidente da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara, deputado Aureo Ribeiro (Solidariedade-RJ), vai apresentar requerimento para ouvir o ministro Paulo Guedes (Economia) e os presidentes de BB e Caixa sobre a ameaça de deixar a Febraban. A possível saída tem como causa o apoio a um manifesto articulado por Paulo Skaf, da Fiesp.

Coronavírus
Manchete da Folha de S.Paulo (28/08) relatou que o Brasil tem legião de “meio vacinados” em razão do atraso na aplicação da segunda dose da vacina contra Covid. O país é o terceiro do mundo com maior diferença entre pessoas que já estão completamente imunizadas e pessoas que estão parcialmente imunizadas. Hoje, apenas 28% da população tem imunização completa.

No Valor Econômico, reportagem afirma que, com os números de óbitos e casos de covid-19 em queda há nove semanas seguidas, o Brasil caminha para o fim da pandemia, mas corre sério risco de ver esse desfecho escapar e assistir a uma disparada no número de infecções no fim do ano. O quadro seria capaz de perturbar o sistema de saúde, mas não haveria mortes na quantidade que se viu na primeira e segunda ondas da doença graças à consolidação da vacinação. O diagnóstico é do professor da Escola Nacional de Saúde Pública da Fundação Oswaldo Cruz (Ensp/Fiocruz) Carlos Machado.

O Ministério da Saúde registrou ontem 20,7 milhões de casos confirmados da doença e 579,3 mil mortes.

Pix
No sábado (28), as novas medidas de segurança do Banco Central em relação ao Pix foram destaque nas manchetes dos principais jornais. O Estado de S. Paulo expôs que, devido à alta de crimes como sequestro relâmpago, o Banco Central vai mudar os limites de pagamento para transações noturnas. Entre as 20h e as 6h, o limite para operações com Pix, compras pelo cartão de débito e TED terão limite de R$ 1 mil para pessoas físicas e microempreendedores individuais.

O Globo acrescentou que outra medida vai possibilitar que instituições financeiras possam reter transações do Pix por até 60 minutos, para análise de risco.

Turismo
Valor Econômico afirma que as viagens corporativas representam um dos segmentos da economia que mais sofreram na pandemia, que já dura 18 meses no país. Mas dados do setor mostram que a retomada começou.

Segundo a Associação Brasileira de Agências de Viagens Corporativas (Abracorp), o segmento em julho teve receita de R$ 351,6 milhões, crescimento de 17% na comparação com junho, sinalizando uma continuação na tendência de melhora no setor. Mesmo assim, a receita representa uma queda de 63,75% na comparação com o registrado em igual mês de 2019.

Shoppings
Painel S.A. (Folha de S.Paulo, 28/08) conta que a Ancar Ivanhoe, rede com mais de 20 shoppings centers no país, começou nesta semana a dar desconto de 90% no par de ingressos de cinema para os clientes que comprovarem ter tomado a segunda dose da vacina contra a Covid-19.

Segundo a empresa, o objetivo da campanha “Sua vacina vale muito”, que vai até 2 de setembro, é incentivar os brasileiros a completarem o ciclo da imunização.

Pacheco
Manchete de O Globo de domingo destacou entrevista exclusiva com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, que refuta a hipótese de ruptura institucional. Segundo ele, as Forças Armadas estão alinhadas com a defesa da democracia. O jornal informa que esta semana Pacheco terá nova reunião com o comando da Aeronáutica.

Turbulências
O Globo expõe que a relação entre os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), enfrenta turbulências. Desde o início do ano, as divergências na tramitação de propostas contribuem para o mal-estar. Nas últimas semanas, porém, a situação se intensificou. Segundo o jornal, a reforma política que prevê o retorno das coligações proporcionais e favorece a multiplicação de siglas de aluguel seria um dos motivos do descontentamento.

Mendonça
O Estado de S. Paulo indica que a crise entre o presidente Jair Bolsonaro e o Supremo Tribunal Federal (STF) já afeta o apoio no Senado à nomeação do ex-advogado-geral da União André Mendonça para ocupar uma vaga na Corte. Hoje, são 23 senadores que declaram apoio a Mendonça. Em julho, eram 26. O Palácio do Planalto cobra celeridade no processo.

 

O dólar comercial fechou sexta-feira em queda de 1,17%, cotado a R$ 5,19. Euro caiu 0,81%, chegando a R$ 6,12. A Bovespa operou com 120.677 pontos, alta de 1,65%. Risco Brasil em 309 pontos. Dow Jones subiu 0,69% e Nasdaq teve alta de 1,23%.

Valor Econômico
Consolidação de petroquímicas atrai estrangeiros

O Estado de S. Paulo
Manifesto que pede pacificação do País teve origem na Febraban

Folha de S.Paulo
Terra indígena pode opor STF a ruralistas e Planalto

O Globo
Fiesp lidera manifesto pró ‘harmonia de Poderes’

Correio Braziliense
DF lidera aumento da pobreza no Brasil

 

O Estado de S. Paulo
Atentados em Cabul matam 73; Biden promete ‘caça’ a autores

Folha de S.Paulo
Atentado deixa ao menos 73 mortos no aeroporto de Cabul

O Globo
Biden promete caçar autores de ataque terrorista em Cabul

Correio Braziliense
Terror em Cabul acerta em cheio o governo Biden

Confira aqui o clipping completo de notícias da CNC

 

 

 

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