E-commerce
Valor Econômico relata que a venda do varejo on-line voltou a cair no país pelo terceiro mês consecutivo. O setor fechou o trimestre de abril a junho com um recuo de 4,2% frente a 2021, segundo dados da MCC/Neotrust, apresentados ontem em relatório do banco Goldman Sachs. É a primeira queda num segundo trimestre na história do levantamento da MCC, realizado desde 2018. Em junho a queda foi de 5,7%, após duas retrações em abril (-6,4%) e em maio (-1%).
A participação do comércio eletrônico no varejo total ainda deve aumentar no menor ritmo do setor nos últimos anos, mesmo comparado com o período anterior à pandemia.
Pelo relatório da equipe de análise do Goldman, o on-line deve representar 14% das vendas do varejo em 2022, 0,5 ponto acima de 2021. É o menor crescimento em percentual desde, pelo menos, 2018.
Confiança do consumidor
Outra reportagem do Valor afirma que a confiança do consumidor mostrou “acomodação” em julho e deve permanecer assim nos próximos meses – com possibilidade de volatilidade na época das eleições, segundo leitura da FGV.
O Índice de Confiança do Consumidor (ICC), calculado pela fundação, subiu apenas 0,5 ponto em julho, para 79,5 pontos.
Mesmo sendo a segunda alta consecutiva do indicador, a economista da FGV Viviane Seda ponderou que, na prática, sem estímulos novos para intensificar compras, o resultado reflete movimento de acomodação no humor do consumidor.
Hábitos de consumo
Dados da consultoria de consumo Kantar mostram que, em 12 meses acumulados até abril, as unidades vendidas de macarrão instantâneo (miojo) cresceram 1%, enquanto todos os outros tipos de macarrão tiveram queda. O maior recuo em unidades é justamente o da massa seca tradicional, como o espaguete, por exemplo: queda de 0,5%.
Dona das marcas Adria, Vitarella e Isabela, a M. Dias Branco viu o volume de vendas desse produto crescer 35% de janeiro a abril, quando comparado ao mesmo período de 2021. Já a Nissin, líder desse segmento, está ampliando o portfólio, segundo o Valor.
Moda
Projeções otimistas para o varejo de moda no trimestre ajudaram a embalar as ações das empresas do setor, afirma a Coluna do Broadcast (Estadão). O cenário impulsionou os ganhos de C&A (2,8%), Renner (1,15%) e Grupo Soma (0,41%).
MPEs
Painel (Folha) informa que as micro e pequenas empresas turbinaram as vendas de bens e serviços para a administração pública em três anos. Dados levantados pelo Sebrae no Painel de Compras do Governo Federal mostram que, entre 2018 e 2021, o volume movimentado passou de R$ 26,8 bilhões para R$ 41 bilhões, salto de 53% já com a correção da inflação. As vendas também cresceram proporcionalmente em relação ao total: passaram de 21% em 2018 para 27% em 2021.
Inadimplência
A parcela dos empresários que acreditam na queda dos níveis de inadimplência até o fim de 2022 diminuiu no segundo trimestre em relação aos três meses anteriores, segundo levantamento da Boa Vista. O percentual superava 40% no primeiro trimestre, mas agora caiu para 35%. Cerca de 40% creem em estabilidade, segundo o Painel S.A. (Folha).
|