Monitor – 25 de novembro de 2021

Reportagem da Folha afirma que a inflação em alta, o câmbio e os problemas de abastecimento em algumas cadeias devem travar os descontos oferecidos por lojas na Black Friday deste ano. A expectativa de economistas é que o ticket médio também seja inferior ao de 2020.

Projeção da CNC mostra aumento da participação de segmentos como vestuário e itens de cuidados pessoais. Deve crescer o consumo voltado para bens semiduráveis e não duráveis, o que pode beneficiar o setor supermercadista.

“Além da inflação, não podemos esquecer dos juros altos ao consumidor, que estão em patamar diferente do evento de 2020, quando a Selic batia um piso histórico”, afirma Fabio Bentes, economista do CNC.

Editorial do Estadão afirma que a mistura de inflação elevada, juros altos e péssimas condições do mercado de trabalho têm prejudicado as vendas do varejo neste último trimestre. Segundo estudo da CNC, a receita do varejo no período deve ficar R$ 44,7 bilhões abaixo dos R$ 727 bilhões estimados no início do ano.

O estudo também é notícia no Globo Online e na Jovem Pan News TV.

A CNC também é citada em matéria do Estadão sobre a expansão da Bacio di Latte no país, com aposta em delivery e supermercados. Segundo estudo da Confederação divulgado em março, entre inaugurações e fechamentos, o comércio perdeu 75,2 mil pontos no país.

O destaque da coluna Comércio em Pauta, publicada em O Globo, é o workshop realizado pela CNC para debater as novas relações de trabalho. O presidente da entidade, José Roberto Tadros, incentivou os empregadores a investir no diálogo para um ambiente de trabalho mais saudável.

A coluna também repercute o documentário do Sesc sobre a recuperação do Pantanal após incêndios ocorridos em 2020, além do aumento de mais de 200% no acesso à Biblioteca Digital Senac.

A Fundação Dom Cabral e a consultoria Talenses também perguntaram a quase 700 profissionais sobre a diretriz de suas companhias. Cerca de 52% responderam que adotarão o regime híbrido; e 9,76%, o presencial integral.

Coronavírus
Manchete da Folha informa que o governador João Doria (PSDB) anunciou a flexibilização do uso das máscaras em ambientes abertos a partir do dia 11 de dezembro no estado de São Paulo.

Na Europa, o aumento expressivo de casos de covid-19 nos últimos dias é uma grave ameaça para que a UE se recupere da crise causada pela pandemia, afirmou ontem o comissário de Economia do bloco, Paolo Gentiloni. O alerta ocorreu num dia em que vários países do bloco reportaram recordes de casos da doença.

Neste ano, a categoria de alimentos estreou na lista das 10 mais procuradas, segundo pesquisa da Ebit/Nielsen. A Neotrust registrou que alimentos e bebidas receberam 17,6% das respostas de intenção de compra.

Valor também relata que grandes varejistas como AliExpress, Amazon, Americanas, Magalu, Mercado Livre e Via apostam nas vendas de produtos em transmissões ao vivo na internet. Ao mesmo tempo, reforçam a estrutura logística para atender um consumidor que, durante a pandemia, ficou mais exigente com prazos de entrega.

Confiança do consumidor
O Índice de Confiança do Consumidor, divulgado ontem pela FGV, registrou em novembro queda de 1,4 ponto, para 74,9 pontos, seu menor patamar desde abril deste ano (72,5). Segundo a Folha, o resultado reflete a inflação elevada, os juros mais altos e o aumento no endividamento das famílias.

Meios de pagamento
Folha de S.Paulo mostra que o ambiente de concorrência acirrada e de aumento das despesas para expandir a operação tem colocado forte pressão sobre as empresas de maquininhas. No Brasil, pesam ainda o aumento dos juros e seu consequente impacto nas despesas de empresas de comércio e serviços.

Assaí
Painel S.A. (Folha) conta que, pela primeira vez, o Metrô de São Paulo vai ter uma marca de empresa associada ao nome de uma estação. A rede Assaí deve anunciar nos próximos dias que vai batizar uma parada da linha 3-vermelha, passando a chamá-la de Carrão-Assaí Atacadista.

Mercado Livre
O Mercado Livre tomou uma linha de US$ 375 milhões com o Citi para seguir com a agressiva expansão de sua vertical de crédito, emprestando para “sellers” (os vendedores) e consumidores. Os recursos podem ser usados dentro e fora do marketplace, em uma aposta na inclusão financeira. Notícia do Valor.

Loggi
Depois de receber um dos maiores cheques do ano entre startups nacionais (US$ 212 milhões), a Loggi anuncia hoje um novo galpão de entregas no interior de São Paulo. Com investimento de US$ 150 milhões, o centro terá capacidade de processar 1 milhão de pacotes por dia até 2023. Atualmente, a empresa é capaz de processar a metade disso, informa o Estadão.

Higiene
Reportagem no Valor conta que o isolamento social pesou sobre as vendas de desodorantes. No ano passado, as vendas caíram 2,9%, para R$ R$ 11,59 bilhões. Para este ano é projetada retração de 1,9%, segundo a consultoria Euromonitor.

Pesquisa da NielsenIQ mostra queda na penetração do produto nos lares brasileiros, passando de 95,6% em 2019 para 92,2% no ano seguinte.

Reportagem acrescenta que a P&G se prepara para ampliar seu portfólio na categoria, entrando no mercado feminino.

Mercado financeiro
Valor Econômico publica que a piora do cenário macroeconômico tem penalizado as ações de empresas ligadas a consumo e fintechs. A queda dos papéis também reflete os desafios das empresas.

Jornal destaca o caso da Magalu, cujos papéis interromperam um movimento de forte valorização observado nos últimos anos e despontam agora como a maior queda de 2021, com perda acumulada de 64,63%. Uma combinação de maior competição no varejo on-line e a deterioração da economia tem levado investidores a reduzir exposição às ações da empresa.

Aviação
Pilotos e comissários pretendem iniciar na segunda-feira uma paralisação parcial das atividades em todo o país, diante da falta de acordo com as companhias aéreas sobre a nova convenção coletiva de trabalho da categoria.

A greve vai começar à 0h do dia 29 de novembro, por tempo indeterminado. Os aeronautas farão a paralisação de 50% dos tripulantes por dia, enquanto os outros 50% permanecerão em serviço.

Contas públicas
Veículo de circulação nacional relatam que a arrecadação de impostos federais voltou a bater recorde, com R$ 178,742 bilhões em outubro. O resultado representou alta real de 4,92% ante o mesmo mês de 2020. O valor foi o 2º maior para meses de outubro da série histórica – só perdeu para outubro de 2016.