ONU
Manchetes dos principais jornais repercutem o discurso do presidente Jair Bolsonaro durante a abertura da Assembleia-Geral da ONU, em Nova Iorque. Folha de S.Paulo, O Estado de S.Paulo e O Globo destacam que o presidente dedicou boa parte dos 12 minutos de fala à sua base eleitoral e a enaltecer a atuação do governo durante a pandemia.
Bolsonaro defendeu o uso de medicamentos sem eficácia comprovada no “tratamento precoce” à Covid, citou queda do desmate na Amazônia, falou sobre ausência de corrupção no governo e anunciou a retomada da economia.
De modo geral, a percepção foi a de um discurso marcado por dados incorretos e fatos distorcidos, como por exemplo, a adesão aos atos do 7 de Setembro, referidos pelo presidente como “os maiores da história”.
Imprensa acrescenta que o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, que faz parte da comitiva brasileira na ONU, testou positivo para a Covid, e irá cumprir quarentena em NY antes de retornar ao país.
Precatórios
Os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), afirmaram após reunião com o ministro Paulo Guedes (Economia) que vão conversar com lideranças parlamentares prata tentar criar em 2022 um limite de R$ 39,9 bilhões para o pagamento de precatórios, dentro do teto de gastos. O restante programado para o ano (R$ 49,1 bilhões) seria postergado para anos seguintes, mas com a possibilidade de ser pago por meio de brechas fora do teto de gastos.
O cálculo do limite em discussão usa como base o montante pago em precatórios em 2016 (ano de criação do teto de gastos federais) e o corrige pela inflação. O valor resultante (R$ 39,9 bilhões em 2022) seria o máximo a ser pago pela União em precatórios dentro do teto.
Poupança
Valor Econômico relata que as famílias voltaram a poupar mais no segundo trimestre de 2021, segundo levantamento do Centro de Estudos de Mercados de Capitais (Cemec), da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). O aumento foi de R$ 117 bilhões, mais que os R$ 74,19 bilhões do quarto trimestre de 2020 e os R$ 23,52 bilhões do primeiro trimestre de 2021.
As restrições mantidas no segundo trimestre por causa da segunda onda da pandemia, o aumento das incertezas na economia e na política e a alta da inflação e dos juros seguraram mais uma vez o consumo, a despeito da expectativa inicial de que haveria uma reação na demanda das famílias. A avaliação entre economistas é que alguns desses fatores devem permanecer como obstáculos para a volta do consumo no curto prazo, dificultando a retomada.
Coronavírus
O Globo traz que o ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu que estados, municípios e o Distrito Federal têm competência para decidir sobre a vacinação contra a covid-19 de adolescentes maiores de 12 anos. O despacho do ministro ocorre em meio à suspensão pelo Ministério da Saúde da vacina contra o coronavírus para adolescentes de 12 a 17 anos sem doenças prévias, classificada pelo magistrado como sem “amparo em evidências acadêmicas”.
O Brasil registrou nesta terça-feira 484 mortes por Covid-19, elevando para 591.518 o total de vidas perdidas para o novo coronavírus desde o começo da pandemia. A média móvel foi de 524 óbitos, um aumento de 14% em comparação com o cálculo de duas semanas atrás, o que ainda indica tendência de estabilidade.
Foram registrados também 12.582 novos casos de Covid-19 em todo território nacional, totalizando 21.246.954 pessoas que já se contaminaram com o vírus. A média móvel foi de 32.745 diagnósticos positivos, um aumento de 88% em comparação ao índice de duas semanas atrás, o que demonstra tendência de elevação. |