Pandemia
Manchetes de O Globo e da Folha de S.Paulo abordam a autorização pela Anvisa da aplicação da Coronavac em crianças. A vacina foi aprovada por unanimidade, para uso a partir dos seis anos de idade. A Diretoria Colegiada da Agência vetou ainda o uso em imunossuprimidos, que receberão doses da Pfizer.
O Instituto Butantan havia pedido a liberação para a imunização de crianças a partir de três anos, mas técnicos da Anvisa entenderam não haver dados suficientes para o uso nesta faixa etária.
Com isso, a expectativa é de que haja uma aceleração na vacinação infantil. Ontem mesmo, duas horas após a autorização, o Governo de São Paulo começou a aplicar a Coronavac em crianças.
Já o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse que irá aguardar pela publicação da decisão da Anvisa no Diário Oficial da União.
Valor Econômico acrescenta que alerta para o risco de “apagão de mão de obra” devido ao aumento de casos de Covid-19 e influenza. De acordo com Valor, o recrudescimento da pandemia já impacta as linhas de montagem.
“Não temos neste momento problemas de abastecimento. Mas isso vai depender de quanto tempo vai durar e a gravidade dessa terceira onda de covid”, diz Marcos Fermanian, presidente da Abraciclo, entidade que representa os fabricantes de motos.
Combustíveis 1
Principais jornais relatam que o governo prepara PEC para autorizar a redução temporária de tributos sobre combustíveis e energia elétrica. A escolha pela medida é uma forma de “passar por cima” de restrições impostas pela Lei de Responsabilidade Fiscal, que exige a elevação de outro tributo para compensar a perda de arrecadação.
Segundo Jair Bolsonaro, a intenção é zerar as alíquotas de PIS/Cofins sobre gasolina, diesel e etanol. A iniciativa pode gerar impacto de R$ 50 bilhões ao ano na arrecadação.
O Globo mostra que a redução de impostos federais por meio de uma PEC teria “impacto limitado” nos preços da energia elétrica e dos combustíveis.
A reportagem cita que, segundo dados da Petrobras, considerando um preço final de R$ 6,63 vigente na última semana de 2021, os tributos federais correspondem a um valor fixo de R$ 0,69. Neste exemplo, representam pouco mais de 10%.
Conforme o diário carioca, outros fatores interferem no preço final, como a cobrança do ICMS, a distribuição e revenda, o adicional de etanol e parte da própria Petrobras.
Combustíveis 2
Painel (Folha de S.Paulo, 20/01) mostrou que a discussão em torno do descongelamento do ICMS sobre combustíveis em 31 de janeiro se encaminha para que cada estado adote a medida que avaliar adequada.
A coluna acrescentou que, depois de votação realizada na semana passada, a maioria dos secretários da Fazenda decidiu pelo descongelamento, mas alguns mudaram de posição e hoje o placar está empatado em 13 a 13.
A falta de consenso deve fazer com que as unidades federativas sejam liberadas a decidir individualmente, em reunião hoje.
Inflação
Valor Econômico e O Globo relatam que o presidente do BC, Roberto Campos Neto, afirmou ontem que vê a inflação em 12 meses perto do pico e o ciclo de alta de juros chegando ao fim no país. Segundo ele, os eventos climáticos dos últimos dias já impactam os preços de alimentos. Não é a primeira vez que Campos e diretores do BC preveem o fim da escalada de preços no país. Primeiro, ele afirmou que o IPCA chegaria ao ápice em setembro. Depois, passou a ver o pico nos meses seguintes.
PIB
O Estado de S. Paulo (20/01) repercutiu dados do Monitor do PIB, divulgado pela FGV, indicando bom desempenho da economia brasileira no mês de novembro de 2021, impulsionada, principalmente, pela recuperação do setor de serviços.
Conforme o levantamento, a atividade econômica teve expansão de 2,2% no período, na comparação com o mesmo mês em 2020.
Para Cláudio Considera, coordenador do Núcleo de Contas Nacionais do Ibre/FGV, o avanço da variante Ômicron, no entanto, deve abalar os resultados dos meses seguintes.
Orçamento
Manchete na Folha de S.Paulo de ontem ressaltou que a previsão de inflação adotada pelo Congresso na elaboração do Orçamento vai garantir ao governo Jair Bolsonaro (PL) espaço extra de R$ 1,8 bilhão para gastar em 2022. Os congressistas aprovaram a peça orçamentária com correção de 10,18% no teto de gastos. Mas o IPCA ficou abaixo disso, em 10,06%. Essa diferença percentual equivale a R$ 1,829 bilhão, para todos os Poderes.
Poupança
Valor Econômico informa que, após o aumento da taxa de poupança na pandemia, a normalização dos gastos pode contribuir com até 1 ponto percentual adicional no PIB em 2022, aponta o Mastercard Economics Institute, que analisou os fatores que moldarão a economia global no ano.
O cenário mais otimista do instituto em termos de crescimento (+1 ponto percentual) considera queda de 18,14% para 17,17% na taxa de poupança em 2022, que poderia levar a um aumento de 2 pontos percentuais no consumo. Isso faria com que a inflação ficasse 0,2 ponto percentual acima do estimado e a taxa de desemprego, 0,3 ponto percentual abaixo.
Desigualdade social
O Globo traz pesquisa da PwC que aponta que 38% dos executivos no país veem a desigualdade social como ameaça ao crescimento da receita, enquanto esse percentual é de 18% na média global. Para os CEOs brasileiros, a desigualdade social pode impactar negativamente as empresas tanto na venda de produtos e serviços (58%) quanto na atração e retenção de talentos e competências essenciais (60%). |