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Editorial econômico de O Estado de S. Paulo destaca que nunca a proporção de famílias com dívidas esteve tão alta como em agosto. Texto apresenta dados da Peic, realizada pela CNC, que mostram mostra que o aumento da contratação de dívidas pelas famílias começou no último trimestre do ano passado, alcançou o recorde histórico de 72,9% em agosto e mantém forte tendência de crescimento.
Veja Online informa que, apesar de um desempenho abaixo das expectativas para o segundo trimestre do ano, o setor de serviços deve ser a alavanca para o crescimento do PIB na reta final de 2021. Segundo dados divulgados pelo IBGE, o setor cresceu 0,7% de abril a junho, representando 1,3 trilhão de reais em valores correntes, pouco mais de 50%do PIB brasileiro – economistas projetavam um avanço maior, de 0,9%. Os serviços foram os mais afetados pela crise sanitária em 2020, com queda de 4,5% em 12 meses. Por isso, imaginava-se que o setor fosse, rapidamente, deslanchar e recompor as perdas este ano. Não aconteceu como se esperava. “Entre o final de 2020 e março deste ano, a gente teve uma queda na circulação de consumidores no setor de comércio e de serviços de 24%. Isso atrapalhou um pouco”, diz o economista-sênior da CNC, Fabio Bentes.

Reforma tributária
Jornais contam que os deputados reduziram de 20% para 15% a alíquota única incidente sobre lucros ou dividendos e concluíram a votação do projeto que muda as regras do IR. O texto segue para o Senado, onde deverá ser submetido à tramitação regular. Os senadores priorizam a votação de uma PEC mais ampla, que substitui nove impostos.
ICMS
O Globo traz que o presidente Jair Bolsonaro, por meio da Advocacia-Geral da União, pretende pedir ao Supremo Tribunal Federal para impor uniformização das alíquotas de ICMS que incidem no preço dos combustíveis nos estados.
De acordo com o jornal, a AGU pretende protocolar ainda hoje ação direta de inconstitucionalidade por omissão, com o objetivo de obrigar o Congresso a definir uma alíquota única válida para todo o país.
CPMF
Folha de S.Paulo afirma que o governo e o Congresso voltaram a discutir a criação de um imposto digital nos moldes da extinta CPMF como forma de compensar uma redução de tributos que empresas pagam sobre a folha de salários. O texto em discussão na Câmara prevê estender o benefício de certos segmentos por mais cinco anos. Diante da resistência do ministro Paulo Guedes à proposta, parlamentares levaram ao ministro a ideia de, em troca do apoio, resgatar o debate sobre a recriação da nova CPMF.
Desoneração
O Estado de S. Paulo conta que integrantes da ala política do governo buscam fechar um acordo com o Congresso que permita prorrogar a desoneração da folha de pagamento das empresas. A medida está em vigor desde 2011 e beneficia 17 setores que mais empregam no País, ao reduzir os encargos cobrados sobre os salários dos funcionários. Pelas regras atuais, a validade da desoneração vai acabar no fim deste ano. Um projeto de lei apresentado pelo deputado Efraim Filho (DEM-PB) prorroga os efeitos da desoneração para o fim de 2026.
Mercado financeiro
Principais jornais informam que a aprovação na Câmara de uma reforma do IR considerada como ruim pelos agentes financeiros e a sucessão de crises políticas se juntaram aos temores relacionados à proximidade das manifestações agendadas para o dia 7 de Setembro e afetou a Bolsa. O Ibovespa encerrou o dia em queda de 2,28%, aos 116.677,08 pontos.
O setor mais impactado pela discussão relacionada à reforma do Imposto de Renda hoje foi o dos bancos. Os papéis PN do Itaú fecharam em queda de 3,61%, Banco do Brasil ON caiu 4,14%, Bradesco PN recuou 3,52% e as units do Santander anotaram perdas de 5,23%.
Coronavírus
Um estudo feito em parceria pela prefeitura de São Paulo e o Instituto Butantan revelou que a variante Delta do novo coronavírus já é a predominante na capital paulista. Segundo a pesquisa, entre as amostras em que foi possível identificar a linhagem, 69,7% são da variante Delta, e 28,4%, da Gama.
Segundo o Ministério da Saúde, o total de vidas perdidas para a covid-19 em todo o Brasil desde o início da pandemia subiu para 581.914. Ontem foram registradas 764 mortes causadas por complicações associadas à doença e mais 26.280 novos diagnósticos positivos, elevando a quantidade de pessoas infectadas para 20.830.495.
Corporativo
Valor Econômico traz pesquisa inédita, feita pela agência de relações públicas InPress Porter Novelli, que mostra que, para os brasileiros, as empresas devem ter propósitos e ir além de lucrar com seus produtos e serviços. Para as marcas, é uma nova frente de oportunidades, mas que exigirá muita lição de casa, com o ajuste de políticas internas e a adoção de novas abordagens para mostrar que o esforço é para valer.

Turismo
Em entrevista para a Folha de S.Paulo, o presidente da Latam Brasil, Jerome Cadier, afirma que a companhia não está à venda e aposta que a Latam Brasil vai sair da recuperação judicial mais forte do que entrou, explorando novos destinos de turismo nacionais, para compensar em parte a queda das viagens corporativas.
Pix
Imprensa relata que o Banco Central publicou as regras do serviço de saque e troco em dinheiro com o Pix, que estarão disponíveis a partir de 29 de novembro e possibilitam a retirada de recursos em espécie. De acordo com o BC, o limite para saque e troco no Pix será de R$ 500 durante o dia e de R$ 100 entre 20h e 6h.
Pesquisa da Zetta em parceria com o Datafolha mostra que, em menos de um ano de funcionamento, o Pix já foi usado por 81% dos entrevistados, perto dos meios de pagamento líderes do mercado: o dinheiro em espécie com 84% e o cartão de débito com 85%.

Democracia
O Estado de S. Paulo destaca, em machete, que a defesa da democracia e da harmonia entre os Poderes permeou manifestos e declarações de representantes do empresariado, dos bancos, do Judiciário e do Congresso às vésperas dos atos convocados por Jair Bolsonaro para o 7 de Setembro. Apesar das ameaças da Caixa e do BB de deixarem a entidade, a Febraban reafirmou apoio ao manifesto “A Praça é dos Três Poderes”. O movimento foi seguido por manifesto de empresários de MG. Já o presidente do STF, Luiz Fux, disse que a Corte não vai tolerar atos contra a democracia. Demais impressos também repercutem o tema.
LSN
Manchete na Folha de S.Paulo ressalta que o presidente Jair Bolsonaro revogou ontem a Lei de Segurança Nacional, que vinha sendo usada contra críticos dele ou de seu governo, mas vetou cinco trechos da legislação sobre crimes contra o Estado democrático de Direito que a substitui – um deles sobre militares, outro sobre notícias falsas. O Congresso, que já avalizara o projeto, pode agora manter ou derrubar os vetos – não há prazo para essa análise. Outros veículos nacionais acompanham a pauta.
Congresso
Valor Econômico aponta que a recomposição do diálogo entre os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), dependerá de um “mutirão” de lideranças governistas e do Centrão articulando nesse sentido, tendo à frente o ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira. O novo ruído entre os chefes do Legislativo adiciona mais combustível à crise institucional e complica a votação de reformas estratégicas como tributária, administrativa, política e eleitoral.

O dólar comercial fechou ontem em queda de 0,03%, cotado a R$ 5,18. Euro subiu 0,28%, chegando a R$ 6,15. A Bovespa operou com 116.677 pontos, queda de 2,28%. Risco Brasil em 305 pontos. Dow Jones subiu 0,37% e Nasdaq teve queda de 0,05%.

Valor Econômico
Reforma do IR desagrada e piora clima no mercado
O Estado de S. Paulo
Bancos, empresários, políticos e STF saem em defesa da democracia
Folha de S.Paulo
Bolsonaro revoga, com vetos, Lei de Segurança Nacional
O Globo
Febraban mantém manifesto em defesa da democracia
Correio Braziliense
GDF anuncia vacina para 16 anos e libera horário do comércio
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