Monitor – 2 de fevereiro de 2024

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Informativo da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo02/02/24 | nº 1085 | ANO VI |  www.cnc.org.br
Reportagem de capa no caderno Eu & Fim de Semana, no Valor Econômico, analisa o crescimento do Carnaval. O veículo sublinha que a folia movimentou no país em 2023, direta e indiretamente, a cifra inédita de R$ 8,2 bilhões, conforme dados da CNC. Os dados da CNC, auferidos de cinco anos para cá, apontam para um impacto de R$ 9 bilhões neste ano – salto de 10% em relação a 2023. “São dados nacionais. Fazemos estimativas por regiões e conseguimos medir o impacto. Não é 100% preciso, mas é um cálculo bem aproximado”, explica Felipe Tavares, economista-chefe da CNC.Também no Valor, nota aponta que a parcela de endividados na Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic) da CNC subiu de 77,6% para 78,1% de dezembro para janeiro. Além disso, a fatia de endividados no primeiro mês desse ano ficou acima de janeiro de 2023 (78%), informou nesta quinta-feira (11°) a CNC.Extra (RJ)Monitor Mercantil (RJ)Jornal da Cidade (SP) e Gazeta do Sul (RS) avançam em frente semelhante.
MontadorasManchete no Valor Econômico destaca que novos investimentos da indústria automobilística no Brasil. Com os R$ 9 bilhões revelados pela Volkswagen esta semana, o total de recursos anunciados pelos fabricantes de carros desde 2021, para esta década, soma R$ 41,4 bilhões. A reportagem ressalta que metade disso foi anunciada há menos de três meses. O valor total vai subir nos próximos dias, quando a Stellantis, deve revelar um novo plano. O anterior chegou a R$ 16 bilhões. O veículo cita ambiente econômico mais estável e inclui que investimentos aceleram à medida que o país começa a definir a futura matriz energética dos automóveis. Novos carros híbridos a etanol marcarão a entrada das fábricas brasileiras na era da eletrificação. Folha de S.Paulo, O Estado de S. Paulo e O Globo avançam em frente semelhante.OrçamentoO Estado de S. Paulo traz que a ministra do Planejamento, Simone Tebet, disse ontem que o governo deve apresentar um Projeto de Lei do Congresso Nacional (PLN) sobre a recomposição do corte de R$ 5,6 bilhões em emendas de comissão na Lei Orçamentária Anual (LOA). O PLN deve ser divulgado próximo ao feriado de carnaval. Segundo Tebet, se o governo esperar o primeiro relatório bimestral do Orçamento, previsto para março, a gestão pode perder o “timing”. A reportagem adiciona que outra medida que a ministra indicou para recompor a verba suprimida é o corte de R$ 4,4 bilhões em despesas do Orçamento de 2024 devido ao fato de a inflação de 2023 ter ficado abaixo do previsto na peça orçamentária. PrecatóriosO Estado de S. Paulo revela que o governo colocou em curso plano para tentar conter o avanço da conta com o pagamento de novos precatórios. Conforme a reportagem, o Ministério do Planejamento e Orçamento vai enviar nos próximos dias à Advocacia-Geral da União (AGU) um levantamento sobre as principais causas desses débitos. O objetivo, segundo Estadão, é atacar o problema na origem e evitar a formação desse passivo anos à frente, a custos muito mais elevados. TecnologiaEm frente semelhante, Folha de S.Paulo mostra que, para evitar no futuro novos “meteoros” de precatórios, o governo vai criar um sistema de alertas para corrigir os problemas que têm levado ao aumento explosivo, nos últimos dez anos, desses valores. De acordo com Folha, o Ministério do Planejamento pretende utilizar inteligência artificial (IA) para analisar mais detalhadamente os precatórios para corrigir os erros de política pública, administrativos e de defesa da União que fazem essa fatura ser a cada ano maior. O Globo também trata sobre o assunto. Bloqueio zeroFolha de S.Paulo publica entrevista com o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, que afirma que o bloqueio de despesas poderá ser zero na primeira avaliação do Orçamento deste ano, caso a arrecadação mantenha o mesmo ritmo verificado no início de 2024. Segundo Ceron, dados preliminares apontam que as receitas estão em linha com o previsto no Orçamento como o necessário para alcançar a meta fiscal de zerar o déficit neste ano. A reportagem cita que principal surpresa positiva é a entrada em janeiro de recursos com a tributação de recursos mantidos em paraísos fiscais (offshores) e de fundos exclusivos de investimento no Brasil, dos chamados super-ricos. JudiciárioO Globo assinala que o Supremo Tribunal Federal (STF), que retomou atividades ontem após o recesso, se prepara para julgar, no primeiro semestre deste ano, casos que representam um desafio para o governo. Na lista, estão ações que questionam a taxa de correção do FGTS e a indicação de políticos para estatais. A Advocacia-Geral da União (AGU) e os ministros das áreas envolvidas farão esforço concentrado para minimizar impactos nas contas públicas e até mesmo anular os processos. A reportagem menciona que o novo ministro do STF Flávio Dino deverá atuar como voto fundamental na ação que pode derrubar limitações à indicação de políticos para estatais. O julgamento começou em março, em sessão virtual.
Confiança empresarialValor Econômico evidencia que o cenário macroeconômico benigno, com inflação controlada, câmbio sem grandes oscilações e taxa de juros em trajetória de que, contribuiu para a alta do Índice de Confiança Empresarial (ICE), calculado pelo FGV Ibre, em janeiro. Conforme Valor, indicador avançou 0,4 ponto em janeiro, para 95,1 pontos, o maior nível desde outubro de 2022. Apesar da alta, o ICE segue abaixo do patamar de otimismo de 100 pontos. O superintendente de estatísticas do FGV Ibre, Aloisio Campelo, frisa a importância do que chama de “situação normal”, uma vez que as expectativas estão, pela primeira vez desde outubro de 2022, acima da análise sobre a situação atual.SheinNa Folha de S.Paulo, a coluna Painel S.A. ressalta que o Ciesp, entidade irmã da Fiesp de Josué Gomes, é uma das 48 associações da indústria e do varejo que exigem a volta imediata do “imposto da Shein” nas compras online. Hoje, há isenção até US$ 50 para sites como o da asiática. A reclamação foi enviada ao ministro Fernando Haddad (Fazenda) nesta quinta (1). O Ciesp tem Josué Gomes como vice-presidente. Ele é dono da Coteminas, têxtil que firmou acordo com a Shein.As associações afirmam que, para os grupos nacionais, a incidência de impostos é muito maior do que os 17% que os estrangeiros começaram a pagar nas encomendas acima de US$ 50. Para os varejistas, se a isenção não for revogada com urgência e antecedência, as encomendas à indústria para garantir as vendas do Dia das Mães serão prejudicadas.Oposição a MacronFolha de S.Paulo situa que o primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, e o da Alemanha, Olaf Scholz, falaram, ontem, a favor do acordo de livre-comércio entre a União Européia e o Mercosul, após o presidente da França, Emmanuel Macron, ter declarado contrariedade ao tratado. “Para a Espanha, o Mercosul é importante na relação econômica e geopolítica que devemos ter com um continente tão importante”, disse Sánchez. Scholz, por sua vez, declarou-se “um grande fã” de acordos de livre-comércio, incluindo o possível tratado com o Mercosul. Dificuldades do acordoValor Econômico registra que pressão dos agricultores europeus – personagens importantes na política doméstica da União Europeia – faz com que governos como o francês se posicionem com mais firmeza de forma contrária ao acordo com o Mercosul. A reportagem adiciona que outro fator possível de dificultar a finalização é a eleição para o Parlamento Europeu, em junho, que tende a registrar redução no número de políticos pró-acordo.Crise no Mar VermelhoValor Econômico reproduz reportagem do Financial Times, relatando que fabricantes na Europa disseram que suas cadeias de fornecimento se deterioraram pela primeira vez em um ano, um sinal dos transtornos generalizados que os ataques dos militantes houthis no Mar Vermelho têm causado ao comércio, apontam pesquisas de atividade divulgadas ontem.Os atrasos nas entregas se somam aos temores de que os distúrbios no Mar Vermelho criarão uma pressão inflacionária sobre a economia europeia e dificuldades aos fabricantes europeus, que já sofrem com uma fraca demanda.Turismo de luxoPainel S.A. (Folha) ainda dá conta que uma pesquisa do TRVL Lab com a International Luxury Travel Market mostra que oito em dez entrevista dos brasileiros que fazem viagens de luxo todo ano pretendem gastar até 80% mais neste ano —ao menos R$ 27 mil nos roteiros nacionais e R$ 45 mil nos internacionais.A geração dos millennials (entre 30 e 39 anos) representa quase metade desse público (48,2%) e a geração Z (até 25 anos) aparece na sequência (28%). Fernando de Noronha, Gramado, Fortaleza, Rio de Janeiro e Natal são os destinos nacionais da gastança das próximas viagens. No exterior, a preferência é EUA (11,38% dos entrevistados), Portugal (7,49%), Itália (7,19%) e Paris (5,69%).
Acordo de leniênciaManchetes na Folha de S.Paulo, O Estado de S. Paulo O Globo veiculam que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli suspendeu o pagamento de multas decorrentes do acordo de leniência firmado entre a Novonor (antiga Odebrecht) e o Ministério Público Federal (MPF). Folha pontua que decisão de quarta-feira (31) vale até que a holding dona da construtora consiga analisar todo o material relacionado à Operação Spoofing, que tratou de diálogos entre procuradores da extinta força-tarefa da Lava Jato. Já o diário carioca menciona que a decisão do ministro suspendeu R$ 14 bilhões em multas e “abriu caminho para empresas protagonistas da Lava Jato conseguirem enterrar suas condenações”. O magistrado autorizou ainda eventual reavaliação dos termos do acordo com a Procuradoria-Geral da República (PGR), Controladoria-Geral da União (CGU) e Advocacia-Geral da União (AGU). Correio Braziliense repercute.Efeito dominóValor Econômico inclui que suspensão do pagamento do acordo de leniência da Odebrecht vai gerar um “efeito dominó” nas ações das demais empresas que assinaram protocolos do gênero após serem envolvidas em escândalos de corrupção. Segundo a reportagem, a decisão do ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal, reforça o argumento das empreiteiras para a revisão das multas firmadas não só com o Ministério Público Federal, mas também com outros órgãos do governo.HarmoniaFolha de S.Paulo, O Estado de S. Paulo sublinham que o presidente Lula, Rodrigo Pacheco, Luís Roberto Barroso e Alexandre de Moraes simbolicamente removem as grades em frente ao STF, instaladas após ataques de janeiro de 2023.  Em discurso, Barroso destaca harmonia entre os Poderes, Pacheco enfatiza a segurança democrática, e Lula critica o fascismo no governo anterior, defendendo regulação democrática das big techs e aludindo à “máquina de fake news”. Bolsonaro não é mencionado nas falas.JustiçaPrincipais veículos, O Globo e Folha de S.Paulo entre eles, registram que o novo ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, tomou posse ontem e elegeu a segurança pública como prioridade da gestão. Em seu discurso, o ex-integrante do Supremo afirmou que o crime organizado já está “infiltrado em órgãos públicos”, criticou o que chamou de encarceramento em massa e defendeu a progressão de pena para detentos. A cerimônia, no Palácio do Planalto, reuniu ministros, senadores, deputados e ex-colegas de STF.CongressoO Globo informa que Rui Costa, da Casa Civil, assume negociações com Arthur Lira sobre vetos a emendas de comissão. Governo, preocupado com impactos em programas, busca solução, mas impasse persiste.  Costa alega risco de comprometer orçamento e destaca que o combinado era R$11 bilhões, não R$16,6 bi. Lira aguarda chamado de Lula para discutir insatisfações e não há definição sobre recomposição.
O Ibovespa começou o mês em alta, ancorado no avanço de cerca de 2% nas ações da Petrobras (PETR4) apesar da queda do petróleo e seguindo o desempenho positivo em Wall Street, após uma “super quarta” que não forneceu grandes clarezas sobre a trajetória de juros. O índice subiu 0,57%, a 128.481,02 pontos. Já o dólar emplacou a terceira sessão consecutiva de baixa. No comercial, a divisa caiu 0,45%, a R$ 4,915 na compra e na venda. O euro, por sua vez, fechou o dia com baixa de 0,15%, cotado a R$ 5,343 na compra e R$ 5,344 na venda.

Valor EconômicoMontadoras anunciam investimentos de R$ 41,4 bilhões para a década atualO Estado de S. PauloToffoli suspende multa da Odebrecht, em novo revés para punições da Lava JatoFolha de S.PauloToffoli suspende multas da Odebrecht na Lava JatoO GloboToffoli suspende multa da Odebrecht e amplia revisão de decisões da Lava-JatoCorreio BrazilienseCom alta de 920% de casos, DF terá prioridade na vacina

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