Monitor – 2 a 4 de outubro de 2021

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Informativo da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo
02 a 04/10/21 | nº 505 | ANO III |  www.cnc.org.br
Reportagem da BBC Brasil (03/10) abordou que, nos últimos anos, estudos nas áreas de economia comportamental e neuroeconomia têm mostrado que situações em que tomamos decisões irracionais que prejudicam nossa saúde financeira acontecem com frequência. Texto registrou que um estudo da CNC, de agosto de 2021, aponta que um em cada quatro brasileiros (25,6%) não conseguia quitar as dívidas no prazo naquele mês. Portais reproduziram a notícia (Folha OnlineUOLÉpoca Negócios OnlineG1BOL e Terra Notícias).

No Correio Braziliense, artigo aborda o crescimento da profissão de cuidadores, diante de um cenário de inversão da pirâmide etária no Brasil. Texto informa que, dentre 2,6 mil profissões pesquisadas, o ofício foi o que mais se expandiu entre os anos de 2007 e 2017, atingindo aumento de 547%, de acordo com dados da CNC e do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

G1 (03/10) informou que, com o retorno gradual das atividades econômicas, comerciantes de Juiz de Fora apontaram otimismo e boas vendas para o Dia das Crianças, comemorado no dia 12 de outubro. De acordo com uma pesquisa realizada pela CNC, o volume de vendas do comércio varejista no Dia das Crianças deverá registrar crescimento de 3,4% neste ano, o melhor desempenho desde 2013.

Sistema S
Em editorial, O Estado de S. Paulo avança sobre projeções do Relatório de Inflação, divulgado trimestralmente pelo Banco Central, que incluem estimativas de crescimento econômico de 4,7% neste ano e de 2,1% no próximo.

O veículo cita que até esse “resultado medíocre” dependerá, segundo relatório, de condições como arrefecimento da crise sanitária, diminuição da incerteza econômica, manutenção do regime fiscal e consumo de eletricidade sem “restrições diretas”.

O diário paulista ressalta ligação entre baixo potencial produtivo e deficiências educacionais. Segundo o texto, “há esforços notáveis de treinamento realizados pelo Sistema S e respeitáveis trabalhos científicos em universidades, mas com reflexos muito limitados no conjunto da produção”.

Reforma do IR
O Estado de S. Paulo
 (03/10) trouxe que o senador Angelo Coronel (PSD-BA), relator do projeto do Imposto de Renda na Casa, disse que o governo tem alternativas para não ficar dependente da aprovação da reforma do IR para financiar o Auxílio Brasil.

De acordo com Coronel, o Executivo poderia prorrogar o auxílio emergencial ou criar um programa temporário, com prazo de até dois anos, que não precisaria de compensação orçamentária.

O relator refuta posição do ministro da Economia, Paulo Guedes, que afirmou que, não votar o projeto do Imposto de Renda neste ano, é ir contra o programa social para os mais pobres.

Crédito
O Estado de S. Paulo 
(02/10) relatou que, nos últimos 12 meses, o saldo total de crédito tem sido impulsionado pelas famílias. O aumento acumulado até agosto é de 18,8%, enquanto o crédito para as empresas aumentou 12,2%.

O endividamento das famílias com o sistema financeiro continua a crescer e ficou em 59,9% da renda em junho, ante 59,2% em maio. No crédito pessoal, o saldo do empréstimo consignado aumentou 1,6% em agosto na comparação com julho e o estoque do não consignado cresceu 4,1%.

Estagflação
Folha de S.Paulo 
(03/10) afirmou que o risco de uma estagflação global entrou no radar dos economistas. As expectativas são de inflação mais persistente, amplificada recentemente por um choque nos preços da energia.

Instituições multilaterais, como FMI, Banco Mundial e OCDE alertam para o risco da retirada abrupta de estímulos econômicos conjugada com uma rodada de aperto monetário que já começou em diversos países em desenvolvimento, entre eles, o Brasil.

FGTS
O Globo 
(02/10) informou que integrantes do Conselho Curador do FGTS alertam que os saques autorizados pelos governos para estimular a economia ajudaram a reduzir as disponibilidades do Fundo.
Segundo a Caixa, os saques emergenciais, autorizados pelos governos entre 2017 e 2020 para estimular a economia, retiraram R$ 96,7 bilhões do FGTS e beneficiaram 118 milhões de trabalhadores. Para evitar novas retiradas, o Conselho se articula no Congresso e no governo.

Combustíveis 1
Manchete em O Globo (03/10) destacou entrevista com o presidente da Petrobras, Joaquim Silva e Luna, que alerta que qualquer sinal de represamento de preços pode gerar desabastecimento de combustíveis no país.

Ele cita que a estatal tem feito campanha para demonstrar que “dos R$ 7 do preço da gasolina, a Petrobras participa com R$ 2, para tirar do fundo do mar, para trazer o combustível. O restante são tributos e distribuição”.

Silva e Luna comenta, ainda, a criação de “colchão de amortecimento”, que viria dos tributos pagos pela Petrobras, para suavizar o preço da gasolina e do diesel. Segundo o executivo, a alta se deve a uma “tempestade perfeita”, causada pela pandemia, alta das commodities e crise hídrica.

Combustíveis 2
O Globo 
registra que o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) se reúne, hoje, com deputados para levar ao plenário projetos relacionados ao preço dos combustíveis.

Segundo o jornal, Lira manteve diálogo com parlamentares durante o fim de semana sobre a possibilidade de estruturar um “fundo de estabilização”, que protegeria os consumidores das oscilações do preço.

O presidente da Petrobras, Joaquim Silva e Luna, disse ontem ao diário carioca que lucro e tributos repassados pela estatal à União podem compor esse fundo. Além disso, um novo modelo de uniformização na cobrança do ICMS está em discussão na Câmara.

Pix
Folha de S.Paulo e O Globo 
(02/10) relataram que o Banco Central adotou mecanismos complementares de monitoramento dos sistemas das instituições financeiras participantes do Pix.  A medida foi tomada após vazamento de chaves por falha na rede do Banese  na quarta-feira (30), que expôs informações de 395 mil pessoas.

De acordo com a autarquia, uma das iniciativas foi reforçar o tratamento de consultas no sistema de chaves em volumes atípicos. O Banese também implementou medidas para reparar a falha no sistema.

Coronavírus
Folha de S.Paulo e O Estado de S.Paulo 
de sábado divulgaram estudo da farmacêutica MSD com o medicamento molnupiravir, que reduziu em cerca de 50% o risco de hospitalização e morte de infectados com covid-19.

O Brasil registrou mais 9.004 casos de covid-19 e 225 mortes causadas pela doença entre sábado e domingo, segundo o Ministério da Saúde. O número de pessoas que perderam a vida para a doença está agora em 597.948. Já o total de pessoas contaminadas desde o início da pandemia chegou a 21.468.121.

Varejo
Manchete em O Globo avança sobre iniciativas do varejo para driblar o nó logístico causado por problemas no transporte marítimo global, em meio às expectativas para a Black Friday e o primeiro Natal após o avanço da vacinação contra a Covid-19.

A reportagem acrescenta que produtos importados sofrem, além do câmbio, com a alta de custos por conta do aumento do preço do transporte de contêineres, sobretudo vindos da China, e o atraso em entregas, com navios parados em portos abarrotados.

Para Jorge Nascimento, presidente da Eletros, que reúne os fabricantes nacionais de eletroeletrônicos, os entraves logísticos e de insumos (como semicondutores) vão elevar os preços dos produtos do setor entre 5% e 7%.

Shoppings 1
Painel S. A. (Folha de S.Paulo) 
conta que a tensão entre lojistas e donos de shoppings por causa do aumento no valor do aluguel, que tinha se acalmado com os descontos negociados nos últimos meses, começa a piorar outra vez.

É que os boletos de setembro chegaram com o valor integral do IGP-M, índice de referência para o reajuste dos contratos de locação, que acumula alta de quase 25%, segundo o presidente da Ablos (Associação Brasileira dos Lojistas Satélites), Mauro Francis Tavares.

Segundo Tavares, o IGP-M afeta a retomada das lojas, que seguem fragilizadas depois do baque da pandemia e podem entrar em uma nova onda de fechamentos. Depois do resultado de vendas frustrante da Semana do Brasil, temporada de descontos de setembro, o cenário depende das vendas da Black Friday, em novembro, e no Natal.

Tavares afirma que os lojistas têm tentado novas negociações com os locadores, mas enfrentam dificuldades. Alguns voltam a levar seus casos à Justiça.

A Abrasce (associação de shoppings) diz que o setor deu mais de R$ 5 bilhões de descontos no aluguel e benefícios aos lojistas desde o início da pandemia. “Os shoppings seguem abertos ao diálogo e às negociações, sempre considerando o contexto individual de cada situação”, diz a entidade.

Shoppings 2
Também na coluna Painel S.A. (Folha de S.Paulo), nota diz que o Shopping Cidade São Paulo vai abrir um espaço para a venda física de produtos de marcas nativas digitais.

Chamado de Qdig, o projeto será inaugurado na quarta-feira (6), com a exposição de quatro empresas selecionadas pelo shopping, que vai operacionalizar a iniciativa, fornecendo também funcionários para atender os consumidores.

Segundo o Shopping Cidade São Paulo, a ideia inicial é manter o espaço ativo até o fim do ano, mas o prazo pode ser prolongado.

Black Friday
Reportagem do Valor Econômico afirma que o número de brasileiros dispostos a fazer uma compra durante a semana promocional da Black Friday, em novembro, aumentou 29% em relação a 2020, informou na sexta-feira o Facebook Brasil, com base em uma pesquisa com 400 pessoas.

Roupas e acessórios estão em primeiro lugar lista de compras de 45% dos pesquisados para a Black Friday deste ano, à frente dos eletroeletrônicos, que ficaram com 44% das intenções de compra no período. Na sequência vêm os smartphones (41%) e produtos de informática (40%), mostra o estudo Seasonal Insights Black Friday Brasil, feito em julho com internautas maiores de 16 anos.

Eventos
O Estado de S. Paulo 
informa que um dos primeiros a parar e entre os últimos a retomar as atividades, o setor de eventos espera voltar a operar com 50% da oferta regular do mercado nos próximos três meses. Para 2022, a expectativa é de que 100% da programação tenha voltado, ou 440 mil eventos por ano. Por enquanto, empresas tentam equilibrar receita reduzida, provocada pela lotação restrita, e gastos com protocolos sanitários.

Presidente da Associação Brasileira dos Promotores de Eventos (Abrape), Doreni Caramori Júnior espera que, em 2022, 100% da programação de eventos tenha voltado – o que representa, em média, 440 mil eventos no ano.

Turismo
O setor de viagens corporativas, que integra vários serviços, incluindo a realização de eventos, ficou quase paralisado e agora tenta se recuperar. Em entrevista para O Estado de S. Paulo, Gervásio Tanabe, presidente executivo da Associação Brasileira de Agências de Viagens Corporativas (Abracorp), afirmou que será um processo longo.

“Nós trabalhamos com um prazo, seguro, de 5 anos para a recuperação do setor. A maioria das agências ficou no vermelho e, em 2021, ainda temos algumas assim. Todas terão de liquidar dívidas, recuperar o prejuízo. Não temos um dado concreto. Pode ser que tenhamos uma bolha gigante de crescimento de mercado e que faça tudo isso ser mais rápido – é o que queremos. Mas 5 anos é o prazo mais seguro”, prevê.

manifestações
No domingo, com fotos em destaque nas capas, principais jornais repercutiram os atos contra o presidente Jair Bolsonaro. As manifestações do dia anterior foram lideradas por movimentos e partidos de esquerda. Apesar dos esforços dos organizadores por uma amplitude ideológica, a presença de siglas de centro e de direita foi tímida. O ex-presidente Lula também não compareceu aos atos.

A manchete da Folha de S.Paulo registrou que a manifestação da avenida Paulista reuniu 8.000 pessoas, segundo a Secretaria de Segurança Pública do governo paulista.

Michelle
Folha de S.Paulo e O Globo 
(02/10) informaram que a Procuradoria da República no Distrito Federal irá investigar a suposta ação da primeira-dama Michelle Bolsonaro para favorecer empresas de amigos na busca por créditos de programas emergenciais da Caixa Econômica durante a pandemia do coronavírus.

A reportagem foi publicada nesta sexta-feira (1º) pela revista Crusoé. De acordo com a revista, documentos indicam que Michelle tratou do tema pessoalmente com o presidente da Caixa, Pedro Guimarães.

Paraísos fiscais
Folha de S.Paulo, O Globo e Valor Econômico 
registram que o ministro da Economia, Paulo Guedes, e o presidente do BC, Roberto Campos Neto, têm empresas em paraísos fiscais. A existência dos investimentos, declarados à Receita, foi revelada pelo Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos a partir do Pandora Papers, investigação sobre paraísos fiscais promovida pelo consórcio.

Parlamentares da oposição disseram que vão acionar o MPF para investigar as revelações e querem que eles dêem explicações na Câmara. Ambos ocupam cargos públicos que lhes dão acesso à elaboração das leis que tratam como o Brasil vai lidar com esse tipo de empresa, bem como das regras que regem o fluxo de recursos entre o país e o exterior.

O dólar comercial fechou sexta-feira em queda de 1,42%, cotado a R$ 5,36. Euro caiu 1,28%, chegando a R$ 6,22. A Bovespa operou com 112.899 pontos, alta de 1,73%. Risco Brasil em 331 pontos. Dow Jones subiu 1,43% e Nasdaq teve alta de 0,70%.
Valor Econômico
Regra trava importação e deve encarecer alimentos

O Estado de S. Paulo
Caso Prevent Senior expõe controle precário sobre planos

Folha de S.Paulo
Marinha pune subalternos, mas poupa oficiais

O Globo
Frete dispara, e varejo improvisa para garantir Natal abastecido

Correio Braziliense
‘Não existe uma bala de prata para acabar com preconceitos’

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