Crédito
O Globo conta que, preocupado com os efeitos do aumento da cautela dos bancos, por causa do escândalo corporativo da Americanas e, mais recentemente, pelo pedido de recuperação judicial da Light, o setor financeiro quer que o governo federal turbine o Peac e o Pronampe, programas de garantias lançados na fase aguda da pandemia, em 2020.
As sugestões incluem um aporte de R$ 2 bilhões no Peac e a elevação do teto de faturamento das empresas aptas a recorrer de R$ 300 milhões ao ano para R$ 500 milhões ao ano. Isso permitiria ampliar a capacidade do Peac, operado pelo BNDES, em cerca de R$ 24 bilhões. A Febraban criou em fevereiro um grupo de trabalho para monitorar o mercado de crédito, em parte por causa dos efeitos relacionados ao problema da Americanas. As sugestões sobre o Peac e o Pronampe foram debatidas na última quarta.
Arcabouço fiscal
Folha de S.Paulo repercute declaração do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, de que o governo busca “entrosamento prévio” com o Congresso para evitar grandes alterações no texto final do arcabouço fiscal.
Ontem, Haddad e a ministra do Planejamento, Simone Tebet, reuniram-se com os líderes do Senado para discutir potenciais mudanças. O titular da pasta das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, também estava presente.
De acordo com o mandatário da Fazenda, no encontro com os parlamentares não houve acordo sobre eventuais mudanças, mas um “um entendimento e um esclarecimento” das consequências de cada passo.
Impasse
Na mesma frente, O Globo expõe impasse em formato final do arcabouço fiscal. A maior dúvida seria a forma de cálculo da inflação de referência para ajustar os limites de despesas da nova regra para controlar as contas públicas.
Tebet defende que o relator da proposta no Senado, Ornar Aziz (PSD-AM), altere a fórmula de cálculo do IPCA que vai corrigir o limite de despesas.
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), por outro lado, dá sinais de que prefere a fórmula aprovada pela Casa. Já Haddad não tem se manifestado sobre isso.
Arrecadação
Valor Econômico publica que o governo federal tem “plano A, B, C e eventualmente D” para aumentar a arrecadação, segundo o secretário da Receita Federal, Robinson Barreirinhas, afirmou ontem a investidores. Algumas das medidas que poderão ser adotadas não fazem parte do Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) de 2024.
Reforma tributária
O Estado de S. Paulo evidencia que as diretrizes para a reforma tributária apresentadas na semana passada na Câmara preveem que o agronegócio seja tratado de forma diferente, mas distinguem os produtores rurais das empresas que atuam na agroindústria. Segundo integrantes da Frente Parlamentar do Agronegócio (FPA), há sinalização de que apenas o produtor rural deve ter direito a uma alíquota mais baixa.
Desigualdade
O Estado de S. Paulo traz que, segundo pesquisa do Instituto Ideia, o brasileiro quer uma reforma tributária que contribua para reduzir a desigualdade socioeconômica, eleve o imposto sobre os mais ricos e não aumente a carga de impostos.
O levantamento indica que 56% dos entrevistados dizem que a reforma deve contribuir para reduzir as desigualdades no país. Apenas 6% discordam.
Desmatamento
Folha de S.Paulo assinala que o governo quer propor nas negociações do acordo entre Mercosul e União Europeia um dispositivo para proteger a exportação de produtos brasileiros diante das novas exigências ambientais do bloco europeu.
A ideia é defender que o Brasil seja declarado no próprio texto do acordo um país de baixo risco de desmatamento.
O Executivo argumenta que cerca de 80% do território brasileiro se enquadra nesse critério e, portanto, o país pode ter um desembaraço mais célere para as exportações.
BCE
Valor Econômico informa que o Banco Central Europeu (BCE) elevou os juros em 0,25 ponto percentual nesta quinta-feira, diante das projeções de que a inflação permanecerá resiliente e elevada por muito tempo. Com a alta, a taxa referencial do BCE passou a 3,5%, no maior nível desde 2001. Os juros de empréstimos foram para 4,25% e o juro de refinanciamento, para 4%. A presidente do BCE, Christine Lagarde, disse em coletiva que é muito provável que outra alta nos juros aconteça em julho.
Gasolina
Manchete na Folha de S.Paulo veicula que a Petrobras anunciou que o litro de gasolina vendido em suas refinarias passa hoje a custar R$ 0,13 menos. O valor, que subira com a mudança do modelo de cobrança do ICMS, é o menor desde fevereiro de 2021, considerada a inflação. Com a redução, a empresa estima que o preço do combustível na bomba caia a R$ 5,33 por litro.
De acordo com a reportagem, a empresa declara que a decisão visa a manutenção da competitividade e a participação de mercado. As ações da Petrobras caíram ontem 2,32% com o temor de ingerência. Analistas do setor de petróleo, porém, avaliam que a empresa mantém as margens de refino saudáveis. O Globo, Valor Econômico e demais publicações também registram. |