Monitor – 16 de junho de 2023

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Informativo da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo
16/06/23 | nº 925 | ANO V |  www.cnc.org.br
Mídia online (TV Prefeito OnlineEntre-Rios OnlineDiário de Petrópolis Online) registra que as vendas do comércio varejista no Rio de Janeiro cresceram 1% na passagem de março para abril, registrando alta acima da média nacional, que ficou em 0,1%, e acima de estados como São Paulo (-0,1%). Os dados são da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), divulgada nesta quarta-feira (14/06) pelo IBGE.

Textos ressaltam que a previsão da CNC, divulgada em março, é que o varejo fluminense tenha faturado R$ 243,9 milhões na Páscoa deste ano, resultado 0,9% superior ao alcançado no ano passado (R$ 241,5 milhões).

Crédito
O Globo
 conta que, preocupado com os efeitos do aumento da cautela dos bancos, por causa do escândalo corporativo da Americanas e, mais recentemente, pelo pedido de recuperação judicial da Light, o setor financeiro quer que o governo federal turbine o Peac e o Pronampe, programas de garantias lançados na fase aguda da pandemia, em 2020.

As sugestões incluem um aporte de R$ 2 bilhões no Peac e a elevação do teto de faturamento das empresas aptas a recorrer de R$ 300 milhões ao ano para R$ 500 milhões ao ano. Isso permitiria ampliar a capacidade do Peac, operado pelo BNDES, em cerca de R$ 24 bilhões. A Febraban criou em fevereiro um grupo de trabalho para monitorar o mercado de crédito, em parte por causa dos efeitos relacionados ao problema da Americanas. As sugestões sobre o Peac e o Pronampe foram debatidas na última quarta.

Arcabouço fiscal
Folha de S.Paulo 
repercute declaração do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, de que o governo busca “entrosamento prévio” com o Congresso para evitar grandes alterações no texto final do arcabouço fiscal.

Ontem, Haddad e a ministra do Planejamento, Simone Tebet, reuniram-se com os líderes do Senado para discutir potenciais mudanças. O titular da pasta das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, também estava presente.

De acordo com o mandatário da Fazenda, no encontro com os parlamentares não houve acordo sobre eventuais mudanças, mas um “um entendimento e um esclarecimento” das consequências de cada passo.

Impasse
Na mesma frente, O Globo expõe impasse em formato final do arcabouço fiscal. A maior dúvida seria a forma de cálculo da inflação de referência para ajustar os limites de despesas da nova regra para controlar as contas públicas.

Tebet defende que o relator da proposta no Senado, Ornar Aziz (PSD-AM), altere a fórmula de cálculo do IPCA que vai corrigir o limite de despesas.

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), por outro lado, dá sinais de que prefere a fórmula aprovada pela Casa. Já Haddad não tem se manifestado sobre isso.

Arrecadação
Valor Econômico 
publica que o governo federal tem “plano A, B, C e eventualmente D” para aumentar a arrecadação, segundo o secretário da Receita Federal, Robinson Barreirinhas, afirmou ontem a investidores. Algumas das medidas que poderão ser adotadas não fazem parte do Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) de 2024.

Reforma tributária
O Estado de S. Paulo 
evidencia que as diretrizes para a reforma tributária apresentadas na semana passada na Câmara preveem que o agronegócio seja tratado de forma diferente, mas distinguem os produtores rurais das empresas que atuam na agroindústria. Segundo integrantes da Frente Parlamentar do Agronegócio (FPA), há sinalização de que apenas o produtor rural deve ter direito a uma alíquota mais baixa.

Desigualdade
O Estado de S. Paulo 
traz que, segundo pesquisa do Instituto Ideia, o brasileiro quer uma reforma tributária que contribua para reduzir a desigualdade socioeconômica, eleve o imposto sobre os mais ricos e não aumente a carga de impostos.

O levantamento indica que 56% dos entrevistados dizem que a reforma deve contribuir para reduzir as desigualdades no país. Apenas 6% discordam.

Desmatamento
Folha de S.Paulo 
assinala que o governo quer propor nas negociações do acordo entre Mercosul e União Europeia um dispositivo para proteger a exportação de produtos brasileiros diante das novas exigências ambientais do bloco europeu.

A ideia é defender que o Brasil seja declarado no próprio texto do acordo um país de baixo risco de desmatamento.

O Executivo argumenta que cerca de 80% do território brasileiro se enquadra nesse critério e, portanto, o país pode ter um desembaraço mais célere para as exportações.

BCE
Valor Econômico 
informa que o Banco Central Europeu (BCE) elevou os juros em 0,25 ponto percentual nesta quinta-feira, diante das projeções de que a inflação permanecerá resiliente e elevada por muito tempo. Com a alta, a taxa referencial do BCE passou a 3,5%, no maior nível desde 2001. Os juros de empréstimos foram para 4,25% e o juro de refinanciamento, para 4%. A presidente do BCE, Christine Lagarde, disse em coletiva que é muito provável que outra alta nos juros aconteça em julho.

Gasolina
Manchete na Folha de S.Paulo veicula que a Petrobras anunciou que o litro de gasolina vendido em suas refinarias passa hoje a custar R$ 0,13 menos. O valor, que subira com a mudança do modelo de cobrança do ICMS, é o menor desde fevereiro de 2021, considerada a inflação. Com a redução, a empresa estima que o preço do combustível na bomba caia a R$ 5,33 por litro.

De acordo com a reportagem, a empresa declara que a decisão visa a manutenção da competitividade e a participação de mercado. As ações da Petrobras caíram ontem 2,32% com o temor de ingerência. Analistas do setor de petróleo, porém, avaliam que a empresa mantém as margens de refino saudáveis. O Globo, Valor Econômico e demais publicações também registram.

Serviços
Valor Econômico 
relata que, após um 2022 de forte recuperação, o setor de serviços vive um ano de altos e baixos em 2023 – com perdas mais intensas que os ganhos. A queda firme de abril, maior que o piso das projeções do mercado, sinaliza a perda de fôlego em meio à dissipação dos efeitos relacionados à colheita e escoamento da safra de soja. O resultado reforça a perspectiva dos analistas de que o setor deve desacelerar no restante do ano, junto com o resto da economia.

Segundo dados da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), o volume de serviços caiu 1,6% em abril, ante março, na série com ajuste sazonal. O resultado que veio abaixo do piso das projeções colhidas pelo Valor Data, que variavam entre contração de 1,5% e alta de 1,0%, com mediana em -0,4%.

A queda de serviços foi disseminada entre os segmentos – quatro das cinco atividades – e também regionalmente – 26 das 27 unidades da federação – com taxas negativas na série com ajuste sazonal. O destaque negativo entre os segmentos foi o de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio, com queda de 4,4%, após ganho acumulado de 7,5% nos meses de fevereiro e março.

Meios de pagamento
Valor Econômico 
registra que, atenta às mudanças regulatórias e monitorando o cenário de mais concorrência no setor de vale-refeição, a francesa Sodexo se movimenta para manter o consumidor final na carteira. Devolver dinheiro e dar descontos fazem parte da estratégia ao usuário final, que a partir de 2024 será beneficiado pela portabilidade – ou seja, se quiser pode deixar de lado o vale-refeição contratado pelo empregador e começar a usar outro.

O olhar atento para a fidelização não vem por acaso. Com a portabilidade dos benefícios de vale-alimentação e refeição, as empresas do setor vão ter de cativar não apenas os empregadores, mas também os empregados. Trata-se de um mercado de R$ 150 bilhões no Brasil, liderado por Alelo, Ticket e Sodexo. Recentemente, entraram na disputa startups especializadas e aplicativos de outras áreas como iFood e Mercado Pago (do Mercado Livre).

Nomeações
Valor Econômico 
mostra que o ministro da Secretaria de Relações Institucionais (SRI) da Presidência, Alexandre Padilha (PT), cobrou ontem dos colegas a aceleração de nomeações de indicados políticos para suas pastas. O pedido ocorreu durante reunião, de Lula com 35 dos 37 ministros. Segundo fontes, Padilha seguiu ordem do presidente, preocupado com a insatisfação de parlamentares pela demora nas designações.

Galípolo
Folha de S.Paulo 
registra que, indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para ocupar uma cadeira na diretoria do BC, Gabriel Galípolo dedicou parte dos últimos dias a uma peregrinação por jantares e gabinetes de senadores para atrair o apoio daqueles que precisam aprovar seu nome para o cargo. Hoje secretário-executivo do Ministério da Fazenda, o economista não fez distinção entre colorações partidárias e incluiu em seu roteiro de conversas desde senadores da base do governo até membros do PL do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Galípolo já tinha uma inserção importante nas rodas políticas de Brasília, participando da negociação de medidas importantes como o novo arcabouço fiscal. Segundo os relatos, apesar da boa dose de economês, Galípolo tem causado boa impressão nos senadores pela disposição ao diálogo e também pelo conhecimento técnico na área.

“Discriminação” contra políticos
O Globo 
destaca que o projeto que cria o tipo penal da “discriminação” contra políticos terá tramitação lenta ou será engavetado no Senado, indicaram o presidente da Casa, Rodrigo Pacheco, e líderes partidários. O texto torna crime, por exemplo, que instituições bancárias recusem abrir contas de “pessoas politicamente expostas”, o que inclui não só políticos, mas seus sócios e familiares.

O dólar comercial fechou ontem em queda de 0,09%, cotado a R$ 4,80. Euro subiu 1,03%, chegando a R$ 5,25. A Bovespa operou com 119.221, alta de 0,13%. Risco Brasil em 228 pontos. Dow Jones subiu 1,26% e Nasdaq teve alta de 1,15%.

Valor Econômico
Gestoras com foco em ‘situações especiais’ dobram no Brasil

O Estado de S. Paulo
Proposta de tributação aumenta resistência do agronegócio à reforma

Folha de S.Paulo
Petrobras reduz preço da gasolina pela 4ª vez no ano

O Globo
Senado freia projeto aprovado na Câmara que blinda políticos

Correio Braziliense
Governo aceitará a retirada do FCDF do arcabouço fiscal

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