Monitor – 15 de junho de 2022

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Informativo da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo
15/06/22 | nº 676 | ANO IV |  www.cnc.org.br
O Globo relata que o outono de temperaturas mais baixas está impulsionando as vendas de roupas de frio no país. O varejo já relata aumento na procura por itens como casacos, calças e meias, trazendo otimismo para o inverno. Na estação, o setor de vestuário deve bater R$ 13,7 bilhões em vendas este ano, o maior volume desde 2014, segundo estimativa da CNC.

Historicamente, o varejo costuma vender 10% mais vestuário no inverno do que na primavera e no outono, explica Fabio Bentes, economista-chefe da CNC. Maio, continua ele, é o mês em que a procura por roupas de frio começa, logo que as coleções são lançadas, mas é em junho que esse movimento se intensifica, fortalecido pelas regiões do Centro-Sul do Brasil.

Além da chegada antecipada do frio este ano, outro fator contribuiu para um aumento na procura do vestuário de inverno: a retomada ao trabalho e a eventos presenciais no pós-pandemia.

A volta às atividades sociais está por trás do protagonismo de roupas, tecidos e calçados na recuperação do comércio, sob um panorama mais geral. Altamiro Carvalho, assessor econômico da FecomercioSP, afirma que a procura já é maior que a do período pré-pandêmico, e a previsão é vender 44% a mais em junho deste ano do que no mesmo mês de 2021.

Segundo Carvalho, o preço médio das roupas de inverno é maior que o das demais estações, o que aumenta o tíquete médio pago pelos clientes. A inflação, porém, pode frear a demanda: os itens de vestuário acumulam alta de preço de 16% nos últimos 12 meses, acima da média nacional de 11,73%.

Mídia online (BroadcastUOLTerraPequenas Empresas e Grandes Negócios) registra que, segundo a CNC, as atividades turísticas já somam um prejuízo de R$ 515 bilhões desde o agravamento da pandemia do novo coronavírus no país, em março de 2020, até abril de 2022. No entanto, a geração de receitas finalmente se aproxima o nível anterior à crise sanitária, avalia o economista responsável pelo levantamento da CNC, Fabio Bentes.

ICMS
Principais jornais informam que a Câmara aprovou, por 348 votos unânimes, texto-base do projeto que cria um teto de 17% para o ICMS que incide sobre combustíveis, energia, telecomunicações e transporte coletivo. Os destaques ao texto podem ser analisados ainda hoje, mas por ser véspera de feriado, não há certeza se haverá quórum.

Combustíveis
Manchete em O Globo destaca que, segundo integrantes do Executivo, o governo pediu à direção da Petrobras para que a empresa segure o reajuste nos preços de combustíveis.

O presidente Jair Bolsonaro quer a permanência dos valores até a conclusão da votação no Congresso das iniciativas que fazem parte do pacote para reduzir preços de óleo diesel, gasolina, gás e energia elétrica.

A estatal alerta que há uma defasagem cada vez maior entre os preços praticados no país e os valores cobrados no mercado internacional. A reportagem cita risco de desabastecimento com o aumento substancial.

Etanol
O Globo 
veicula que o Senado aprovou ontem a PEC que pretende estimular a competitividade dos biocombustíveis em relação aos concorrentes fósseis.

A PEC do Biocombustível ou do Etanol objetiva garantir que os itens tenham tributação inferior a dos combustíveis como gasolina e diesel para assegurar sua competitividade.

O diferencial entre biocombustíveis e fósseis já é previsto hoje. A ideia, segundo o relator da proposta, senador Fábio Garcia (União-MT), é manter o estímulo ao etanol.

Diesel
O Estado de S. Paulo 
situa que a Petrobras informou ontem que analisa pedido da ANP para adiar as paradas já programadas para manutenção de refinarias neste segundo semestre, como forma de não impactar a produção de diesel.

Especialistas alerta sobre risco de desabastecimento do produto no mercado interno, devido a um aperto de oferta no mercado internacional decorrente da guerra entre Rússia e Ucrânia.

Competitividade
Em O Estado de S. Paulo, o Brasil perdeu duas posições no ranking anual desenvolvido pela escola de educação executiva suíça IMD que avalia a competitividade de 63 países.

O país está à frente apenas da África do Sul, Mongólia, Argentina e Venezuela, ficando na 59ª posição e tem perdido posições na lista desde 2010, quando estava entre as 38 economias mais competitivas.

O resultado é atribuído à pior percepção dos empresários em temas como economia doméstica, sistema tributário, produtividade, infraestrutura básica, oferta de mão de obra qualificada e acesso ao ensino superior.

Desaceleração
Folha de S.Paulo 
relata sinais de desaceleração na atividade econômica, especialmente após o IBGE divulgar o desempenho do setor de serviços, que avançou 0,2% na comparação com março – abaixo da alta de 1,4% no período anterior.

No varejo, houve crescimento de 0,9% em abril, enquanto a produção industrial avançou 0,1% no mesmo mês. A variação foi a terceira positiva em sequência, porém mais tímida: 0,7% em fevereiro e de 0,6% em março.

Mercosul
Valor Econômico 
publica declaração do comissário europeu de Meio Ambiente, Virginijus Sinkevicius, de que até o fim do ano a União Europeia poderá apresentar ao Mercosul suas demandas de compromissos adicionais na área ambiental.

Novas demandas dariam um novo ânimo ao acordo de livre-comércio birregional. Para Sinkevicius, no entanto, as novas condições geopolíticas não influenciam nos rumos do trato.

Mercado financeiro
O Estado de S. Paulo, O Globo, Valor Econômico e Folha de S.Paulo 
noticiam que o mercado financeiro teve ontem novo dia de forte volatilidade, com a expectativa de mais uma rodada de alta dos juros no Brasil e nos Estados Unidos. Na oitava queda consecutiva, o Ibovespa fechou em baixa de 0,52%, aos 102 mil pontos. Só nesta semana, a Bolsa já caiu 3,24%, aumentando para 8,34% a desvalorização de preços desde o início do mês.

Serviços
Valor Econômico
 registra que o crescimento do setor de serviços desacelerou mais que o esperado em abril. Os serviços prestados às famílias e o transporte de passageiros ajudaram a puxar o indicador no mês, ainda no embalo favorável da retomada da maior circulação de pessoas e do atendimento presencial, com ajuda de um Carnaval tardio. Embora economistas acreditem na contribuição positiva do setor no Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre, o quadro mostra perda de ritmo e os primeiros impactos da inflação na demanda em alguns serviços. Ao mesmo tempo há perspectiva de um segundo semestre com efeitos mais severos de preços e juros altos, ao lado da incerteza normalmente trazida pelas eleições.

A Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) divulgada ontem pelo IBGE mostrou crescimento de 0,2% em abril contra março, na série com ajuste sazonal. Em março o volume de serviços avançou 1,4%, considerando dado revisado após divulgação inicial de 1,7%. O dado de abril veio pior que a alta de 0,4% indicada pelo Valor Data com estimativas coletadas de 23 instituições financeiras e consultorias. O intervalo das projeções foi de queda de 0,4% a alta de 1,6%. Na comparação interanual houve avanço de 9,4% dos serviços em abril, também abaixo da mediana de alta de 10,4% do Valor Data.

Com o desempenho de março, os serviços estão, em média, 7,2% acima do nível pré-pandemia, em fevereiro de 2020. Mas nem todas as atividades recuperaram o patamar anterior ao da crise sanitária. Apesar de terem puxado o dado de abril, com alta de 1,9% ante março, com ajuste sazonal, os serviços prestados às famílias ainda estão 9,6% abaixo do pré-pandemia.

Supermercados
Valor Econômico 
afirma que o fundo Pátria comprou a rede Supermercados Avenida, formada por 21 lojas no interior de São Paulo, com pouco mais de R$ 800 milhões em faturamento no ano passado. O jornal apurou que a transação foi encaminhada há poucas semanas para avaliação no Cade. Foi a décima aquisição do Pátria no setor de varejo, atacado e distribuição de alimentos em pouco mais de um ano.

A Casa Avenida, controladora do Supermercados Avenida, está entre as 20 maiores varejistas de alimentos de São Paulo. Considerando o faturamento bruto dos ativos adquiridos no varejo, o Pátria tem um negócio na área com vendas brutas anuais entre R$ 3,5 bilhões e R$ 3,9 bilhões, o que posiciona o fundo entre o 17º e 20º lugares no ranking anual da Associação Brasileira de Supermercados.

PEC
O Estado de S. Paulo
 reporta que integrantes das bancadas evangélica e do agronegócio entraram no circuito para apoiar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que dá ao Congresso poder para derrubar decisões do Supremo Tribunal Federal (STF). Mesmo após a repercussão negativa, as duas frentes assumiram intenção de bancar a tramitação da PEC. Alegam que o texto tenta conter o que consideram ser “ativismo judiciário”.

Eleição 1
O Globo 
adianta que o presidente Bolsonaro cogita ter a ex-ministra da Agricultura Tereza Cristina (PP-MS) como sua vice na disputa pela reeleição. Além do potencial de atrair o eleitorado feminino, a parlamentar do Centrão tem bom trânsito entre empresários e é considerada habilidosa.

Eleição 2
O Estado de S. Paulo 
informa que partidos da coligação de apoio à pré-candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) decidiram retirar do documento sobre a prévia do programa de governo o termo “revogação” ao tratar da reforma trabalhista feita no governo Michel Temer. Além disso, as siglas decidiram fazer um aceno a policiais e ampliar o trecho sobre meio ambiente.

O dólar comercial fechou ontem em alta de 0,38%, cotado a R$ 5,13. Euro subiu 0,39%, chegando a R$ 5,34. A Bovespa operou com 102.063 pontos, queda de 0,52%. Risco Brasil em 340 pontos. Dow Jones caiu 0,50% e Nasdaq teve alta de 0,18%.

Valor Econômico
BB e Caixa travam disputa por recursos do Plano Safra

O Estado de S. Paulo
Seis agentes da Força Nacional vigiam todo o Vale do Javari

Folha de S.Paulo
Telegram não colabora com investigações, diz PF

O Globo
Governo pede à Petrobras que contenha alta de preços

Correio Braziliense
Lula e Bolsonaro estão em empate técnico em Brasília

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