Monitor – 14 de janeiro de 2022

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Informativo da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo
14/01/22 | nº 573 | ANO IV |  www.cnc.org.br
Folha de S.Paulo afirma que a retomada do setor de serviços no Brasil segue influenciada pelo avanço de negócios relacionados à digitalização de empresas. Em novembro de 2021, o quadro não foi diferente. Na comparação com outubro, o volume do setor cresceu 2,4%, puxado pela atividade de serviços de informação e comunicação, que inclui a área de tecnologia da informação.

A alta do setor de serviços veio após dois meses consecutivos de queda. Com o avanço em novembro, o segmento recuperou a perda de 2,2% que havia sido acumulada em setembro e outubro, afirma o IBGE.

A CNC projeta alta de 10,2% para o setor de serviços em 2021, após queda de 7,8% em 2020. O avanço, se confirmado, será o maior da série histórica, com dados a partir de 2011. Para 2022, a projeção da entidade é de recuo de 0,5%, em um contexto de perda de fôlego da economia brasileira. Segundo a CNC, após o mês de novembro ter superado expectativas, a variante ômicron “tende a frear a retomada dos serviços”.

“A combinação entre nova variante e inflação persistente deve frear a retomada no primeiro trimestre”, diz o economista Fabio Bentes, da CNC.

Ele vê espaço para novos avanços de atividades ligadas à área de tecnologia nos próximos meses, com a demanda aquecida de empresas e a possibilidade de queda na circulação de pessoas em razão da ômicron.

Correio Braziliense publica artigo do economista-chefe da CNC, Carlos Thadeu de Freitas. Texto analisa momento de retomada do setor terciário e aponta que o crédito continuará como protagonista do comércio. Conteúdo traz dados da Peic e do Icec.

Mídia online (Estadão OnlineBroadcastUOLIstoÉ Dinheiro OnlineTerra e MSN Notícias) relatam que as atividades turísticas já somam um prejuízo de R$ 463,8 bilhões desde o agravamento da pandemia do novo coronavírus no País, em março de 2020, até novembro de 2021, conforme calcula a CNC. A tendência é de recuperação gradual, mas a nova onda de contaminações por covid-19 decorrente da disseminação da variante Ômicron deve frear o ritmo de retomada, avaliou o economista Fabio Bentes, responsável pelo levantamento da CNC. Em novembro, a ociosidade da capacidade instalada do setor diminuiu, resultando na menor perda mensal de receitas desde o início da pandemia, R$ 10,3 bilhões, calculou Bentes.

Orçamento
O Globo e na Folha de S.Paulo
 repercutem, em manchete, a decisão do presidente Jair Bolsonaro de dar poder à Casa Civil na execução do Orçamento de 2022.

A pasta comandada por Ciro Nogueira, cacique do centrão, precisará a partir de agora dar aval prévio a mudanças feitas no Orçamento. A alteração tem sido interpretada como perda de poder do ministro da Economia, Paulo Guedes, antes o único responsável pela tarefa.

A decisão de Bolsonaro é vista dentro do governo como forma de criar um “filtro político” para assegurar o cumprimento de acordos envolvendo distribuição de recursos, inclusive emendas parlamentares.

Pandemia
Manchete de O Estado de S. Paulo destaca que desde o fim de 2021, cresceu o número de internações em decorrência da Covid-19 em pelo menos 13 estados. As festas de fim de ano e o avanço da Ômicron explicam o cenário.

Valor Econômico ressalta que, ontem, o Brasil registrou 97.221 novos casos, média móvel 634% maior em relação a 14 dias atrás. É a mais alta registrada desde 29 de junho de 2021.

Vários segmentos da economia já estão sendo atingidos pela nova onda. No setor bancário, por exemplo, a quantidade de agências que fecham as portas por causa da contaminação de funcionários oscila a cada dia, segundo a Febraban.

“Refis do Simples”
Valor Econômico 
afirma que o governo federal já tem em mãos algumas opções para compensar a renúncia tributária do “Refis do Simples”, caso o Congresso derrube o veto do presidente Jair Bolsonaro (PL). Segundo fonte ouvida pelo jornal, a compensação da renúncia tributária seria fácil do ponto de vista fiscal, já que o impacto estimado é de R$ 170 milhões por ano. “É um montante de R$ 1,7 bilhão em dez anos. Não vai matar ninguém.”

Entre as possibilidades, está o corte de incentivos de indústrias que produzem xarope de refrigerante. Apenas como exemplo, a fonte destacou que, caso a alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) fosse mantida no patamar em que estava no fim do ano passado, em 15 dias a renúncia teria sido compensada. A fonte também se mostrou otimista com a possibilidade de solução definitiva para o impasse envolvendo o Refis do Simples, seja com a derrubada pelo Congresso do veto ou por meio de um Projeto de Lei Complementar (PLC).

Já O Estado de S. Paulo divulga que o ministro da Economia, Paulo Guedes, acenou com a possibilidade de um Refis para médias e grandes empresas caso o Senado aprove o projeto de reforma do Imposto de Renda.

O projeto de reforma foi aprovado pela Câmara em setembro do ano passado com 398 votos favoráveis, mas colocado na geladeira pelo relator do Senado, senador Angelo Coronel (PSD-BA).

Turismo
Valor Econômico
 informa que as companhias de cruzeiros do Brasil decidiram prorrogar até o dia 4 de fevereiro a suspensão da atual temporada do serviço no país, e não mais até 21 de janeiro, como estava previsto anteriormente. A informação foi divulgada ontem pela Associação Brasileira de Navios de Cruzeiros (Clia Brasil), braço da associação internacional que representa grupos como MSC e Costa.

A decisão do setor veio depois que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) pediu ao governo, na quarta-feira, que a atual temporada fosse encerrada definitivamente diante dos novos casos.

Eleições 2022
Valor Econômico
 evidencia que o ex-juiz Sergio Moro (Podemos), pré-candidato à Presidência da República, descartou a volta da CPMF e aumento de impostos caso vença a disputa eleitoral. Em postagem nas redes sociais na tarde de ontem, disse também que, além dele, apenas o economista Affonso Celso Pastore responde pela coordenação do seu programa econômico.
O dólar comercial fechou ontem em queda de 0,10%, cotado a R$ 5,52. Euro caiu 0,02%, chegando a R$ 6,33. A Bovespa operou com 105.529 pontos, queda de 0,15%. Risco Brasil em 335 pontos. Dow Jones caiu 0,49% e Nasdaq teve queda de 2,51%.
Valor Econômico
Cresce importância da China nas exportações brasileiras

O Estado de S. Paulo
Internações crescem nos Estados; SP faz plano de contingência

Folha de S.Paulo
Bolsonaro dá ao centrão poder para executar Orçamento

O Globo
Bolsonaro dá mais poder a líder do Centrão sobre o Orçamento

Correio Braziliense
Remédios e plano de saúde terão aumento de até 15%

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