Orçamento
O Globo e na Folha de S.Paulo repercutem, em manchete, a decisão do presidente Jair Bolsonaro de dar poder à Casa Civil na execução do Orçamento de 2022.
A pasta comandada por Ciro Nogueira, cacique do centrão, precisará a partir de agora dar aval prévio a mudanças feitas no Orçamento. A alteração tem sido interpretada como perda de poder do ministro da Economia, Paulo Guedes, antes o único responsável pela tarefa.
A decisão de Bolsonaro é vista dentro do governo como forma de criar um “filtro político” para assegurar o cumprimento de acordos envolvendo distribuição de recursos, inclusive emendas parlamentares.
Pandemia
Manchete de O Estado de S. Paulo destaca que desde o fim de 2021, cresceu o número de internações em decorrência da Covid-19 em pelo menos 13 estados. As festas de fim de ano e o avanço da Ômicron explicam o cenário.
Valor Econômico ressalta que, ontem, o Brasil registrou 97.221 novos casos, média móvel 634% maior em relação a 14 dias atrás. É a mais alta registrada desde 29 de junho de 2021.
Vários segmentos da economia já estão sendo atingidos pela nova onda. No setor bancário, por exemplo, a quantidade de agências que fecham as portas por causa da contaminação de funcionários oscila a cada dia, segundo a Febraban.
“Refis do Simples”
Valor Econômico afirma que o governo federal já tem em mãos algumas opções para compensar a renúncia tributária do “Refis do Simples”, caso o Congresso derrube o veto do presidente Jair Bolsonaro (PL). Segundo fonte ouvida pelo jornal, a compensação da renúncia tributária seria fácil do ponto de vista fiscal, já que o impacto estimado é de R$ 170 milhões por ano. “É um montante de R$ 1,7 bilhão em dez anos. Não vai matar ninguém.”
Entre as possibilidades, está o corte de incentivos de indústrias que produzem xarope de refrigerante. Apenas como exemplo, a fonte destacou que, caso a alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) fosse mantida no patamar em que estava no fim do ano passado, em 15 dias a renúncia teria sido compensada. A fonte também se mostrou otimista com a possibilidade de solução definitiva para o impasse envolvendo o Refis do Simples, seja com a derrubada pelo Congresso do veto ou por meio de um Projeto de Lei Complementar (PLC).
Já O Estado de S. Paulo divulga que o ministro da Economia, Paulo Guedes, acenou com a possibilidade de um Refis para médias e grandes empresas caso o Senado aprove o projeto de reforma do Imposto de Renda.
O projeto de reforma foi aprovado pela Câmara em setembro do ano passado com 398 votos favoráveis, mas colocado na geladeira pelo relator do Senado, senador Angelo Coronel (PSD-BA). |