Serviços
Reportagem no Valor Econômico informa que os serviços voltaram a surpreender positivamente em maio. Impulsionados pela demanda represada dos serviços presenciais, por estímulos do governo e com destaque para a retomada dos transportes, o segmento pode, inclusive, sinalizar para um PIB mais alto do ano do que atualmente esperam alguns analistas.
Segundo dados da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) do IBGE, o volume de serviços cresceu 0,9% em maio frente a abril, feito o ajuste sazonal, e 9,2% em relação a maio do ano passado. O resultado veio bem acima da mediana das estimativas ouvidas pelo Valor Data, de 0,2% e 8,8%, respectivamente.
No acumulado de 2022, o setor exibe alta de 9,4%. Já em relação ao nível pré-pandemia, a alta é de 8,4%. Já a receita nominal subiu 1,6% na passagem entre abril e maio e 18,8% comparado a maio do ano passado.
Auxílio Brasil
Folha de S.Paulo informa que a fila de espera para receber o Auxílio Brasil disparou nos últimos meses, e a quantidade de famílias que buscam fazer o cadastro para conseguir o benefício também vem crescendo. Zerar a lista de espera para entrar no Auxílio Brasil e ampliar o valor do benefício para R$ 600 estão entre as medidas previstas pelo governo Jair Bolsonaro com a PEC das bondades.
De março a abril, dados mais recentes disponibilizados pela Confederação Nacional dos Municípios, houve um aumento de 113% da fila no Cadastro Único. Segundo a entidade, há 2,788 milhões de famílias aguardando a transferência de renda atualmente. O número é maior do que esperado pelo governo, que estima que a fila chegue a 2 milhões em agosto.
PIB
Valor Econômico, Folha de S.Paulo e O Estado de S. Paulo relatam que o Ministério da Economia revisará de 1,5% para algo “em torno” de 2% a sua projeção para o crescimento do PIB. Do início do ano até a semana passada, a projeção mediana do mercado para o crescimento do PIB em 2022 passou de 0,3% para 1,59%, de acordo com o Boletim Focus. O próprio BC revisou no mês passado a sua estimativa de expansão da atividade de 1% para 1,7%.
IR
O Estado de S. Paulo conta que, com a previsão de um salário mínimo de R$ 1.294 em 2023, quem ganhar 1,5 salário mínimo (R$ 1.941) vai pagar o IRPF a partir do ano que vem, se a tabela não for corrigida. Isso significa que R$ 2,77 devem ser descontados todo mês do contracheque desses trabalhadores. A razão é o congelamento do limite da faixa de isenção da tabela do IRPF em R$ 1.903 desde 2015, quando o salário mínimo era de R$ 788.
À época pagava imposto quem ganhava acima de 2,4 mínimos (hoje, R$ 2.908). Quando o Plano Real entrou em vigor, em 1994, a faixa de isenção do IR era de R$ 561,81, oito salários mínimos à época (de R$ 70).
ICMS
Valor Econômico expõe que o governo federal apresentou contraproposta após negar mais uma vez o acordo sugerido pelos estados e pelo Distrito Federal em torno do ICMS sobre os combustíveis.
A contraproposta prevê a elaboração de um plano de monitoramento que vigoraria até março de 2023. Mediador da possível conciliação no Supremo Tribunal Federal, o ministro Gilmar Mendes deve abrir prazo para os governadores se manifestarem a respeito.
Pelo projeto, os estados que registrarem “insuficiência relevante de arrecadação e possível fragilização das finanças públicas” terão suas situações reportadas pela União ao Congresso.
Energia
O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo e Valor Econômico informam que a Aneel determinou ontem a redução em até 5,26% do valor das contas de luz cobradas por dez distribuidoras de energia em oito estados.
As revisões estão previstas em lei que mandou devolver aos consumidores os créditos tributários de PIS/Cofins cobrados indevidamente nos últimos anos.
Euro
Imprensa relata que o euro atingiu ontem a paridade com dólar pela primeira vez em duas décadas, afetado pela ameaça de corte de fornecimento do gás russo para a União Europeia no contexto da Guerra da Ucrânia. Os investidores privilegiam a moeda americana, considerada um valor refúgio, que valorizou 14% desde o início do ano e chegou a ser negociada a US$ 1 por euro ontem, a maior cotação diante da divisa europeia desde dezembro de 2002.
O mercado teme um agravamento da crise energética na Europa devido à interrupção do fluxo de gás russo que chega pelo gasoduto Nord Stream 1, atualmente em manutenção. A tensão alimenta os temores de uma recessão na Europa. A queda do euro pode prosseguir nas próximas semanas.
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