Monitor – 13 de julho de 2022

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Informativo da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo
13/07/22 | nº 695 | ANO IV |  www.cnc.org.br
Folha de S.Paulo e Valor Econômico registram que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participou de evento da CNC com cerca de 200 empresários e recebeu a “Agenda institucional do sistema comércio”, com propostas e recomendações de políticas públicas do comércio de bens, serviços e turismo.

“Nós tivemos nos oito anos do presidente Lula uma média de mais de 4% de crescimento do PIB, sendo, no último ano, 2010, 7,5% de crescimento da economia brasileira, sem inflação e com reformas importantes. Ele [Lula] disse que a visão dele é de democracia, de entendimento, de negociação, e, obviamente, é isso que nós queremos”, disse o presidente da CNC, José Roberto Tadros. A Folha também relata que a agenda da CNC é baseada em oito temas considerados estratégicos: legislação trabalhista, sindical, tributária, empresarial, regulação, turismo, educação e bem-estar social.

A coluna Capital S/A (Correio Braziliense) também traz cobertura da visita de Lula à CNC. Nota afirma que Lula disse que a presença dele na CNC se devia multo ao incentivo de Geraldo Alckmin (PSB). “Eu não estou em fase de debate, pois é preciso ainda oficializar a minha candidatura”, explicou. Mas disse que iria analisar “com carinho” as propostas apresentadas pela Confederação.

O ex-governador de São Paulo enalteceu a CNC e o Sistema S: “Maior PIB, maior gerador de empregos e grande prestador de serviços para a sociedade”.

Serviços
Reportagem no Valor Econômico informa que os serviços voltaram a surpreender positivamente em maio. Impulsionados pela demanda represada dos serviços presenciais, por estímulos do governo e com destaque para a retomada dos transportes, o segmento pode, inclusive, sinalizar para um PIB mais alto do ano do que atualmente esperam alguns analistas.

Segundo dados da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) do IBGE, o volume de serviços cresceu 0,9% em maio frente a abril, feito o ajuste sazonal, e 9,2% em relação a maio do ano passado. O resultado veio bem acima da mediana das estimativas ouvidas pelo Valor Data, de 0,2% e 8,8%, respectivamente.
No acumulado de 2022, o setor exibe alta de 9,4%. Já em relação ao nível pré-pandemia, a alta é de 8,4%. Já a receita nominal subiu 1,6% na passagem entre abril e maio e 18,8% comparado a maio do ano passado.

Auxílio Brasil
Folha de S.Paulo 
informa que a fila de espera para receber o Auxílio Brasil disparou nos últimos meses, e a quantidade de famílias que buscam fazer o cadastro para conseguir o benefício também vem crescendo. Zerar a lista de espera para entrar no Auxílio Brasil e ampliar o valor do benefício para R$ 600 estão entre as medidas previstas pelo governo Jair Bolsonaro com a PEC das bondades.

De março a abril, dados mais recentes disponibilizados pela Confederação Nacional dos Municípios, houve um aumento de 113% da fila no Cadastro Único. Segundo a entidade, há 2,788 milhões de famílias aguardando a transferência de renda atualmente. O número é maior do que esperado pelo governo, que estima que a fila chegue a 2 milhões em agosto.

PIB
Valor Econômico, Folha de S.Paulo e O Estado de S. Paulo 
relatam que o Ministério da Economia revisará de 1,5% para algo “em torno” de 2% a sua projeção para o crescimento do PIB. Do início do ano até a semana passada, a projeção mediana do mercado para o crescimento do PIB em 2022 passou de 0,3% para 1,59%, de acordo com o Boletim Focus. O próprio BC revisou no mês passado a sua estimativa de expansão da atividade de 1% para 1,7%.

IR
O Estado de S. Paulo 
conta que, com a previsão de um salário mínimo de R$ 1.294 em 2023, quem ganhar 1,5 salário mínimo (R$ 1.941) vai pagar o IRPF a partir do ano que vem, se a tabela não for corrigida. Isso significa que R$ 2,77 devem ser descontados todo mês do contracheque desses trabalhadores. A razão é o congelamento do limite da faixa de isenção da tabela do IRPF em R$ 1.903 desde 2015, quando o salário mínimo era de R$ 788.

À época pagava imposto quem ganhava acima de 2,4 mínimos (hoje, R$ 2.908). Quando o Plano Real entrou em vigor, em 1994, a faixa de isenção do IR era de R$ 561,81, oito salários mínimos à época (de R$ 70).

ICMS
Valor Econômico 
expõe que o governo federal apresentou contraproposta após negar mais uma vez o acordo sugerido pelos estados e pelo Distrito Federal em torno do ICMS sobre os combustíveis.

A contraproposta prevê a elaboração de um plano de monitoramento que vigoraria até março de 2023. Mediador da possível conciliação no Supremo Tribunal Federal, o ministro Gilmar Mendes deve abrir prazo para os governadores se manifestarem a respeito.

Pelo projeto, os estados que registrarem “insuficiência relevante de arrecadação e possível fragilização das finanças públicas” terão suas situações reportadas pela União ao Congresso.

Energia
O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo e Valor Econômico 
informam que a Aneel determinou ontem a redução em até 5,26% do valor das contas de luz cobradas por dez distribuidoras de energia em oito estados.

As revisões  estão previstas em lei que mandou devolver aos consumidores os créditos tributários de PIS/Cofins cobrados indevidamente nos últimos anos.

Euro 
Imprensa relata que o euro atingiu ontem a paridade com dólar pela primeira vez em duas décadas, afetado pela ameaça de corte de fornecimento do gás russo para a União Europeia no contexto da Guerra da Ucrânia. Os investidores privilegiam a moeda americana, considerada um valor refúgio, que valorizou 14% desde o início do ano e chegou a ser negociada a US$ 1 por euro ontem, a maior cotação diante da divisa europeia desde dezembro de 2002.

O mercado teme um agravamento da crise energética na Europa devido à interrupção do fluxo de gás russo que chega pelo gasoduto Nord Stream 1, atualmente em manutenção. A tensão alimenta os temores de uma recessão na Europa. A queda do euro pode prosseguir nas próximas semanas.

Amazon
Valor Econômico 
registra que a Amazon adquiriu uma participação minoritária num negócio de logística e distribuição local, a Total Express, uma das maiores empresas neste setor no país. A varejista americana comprou, de forma indireta, 9,68% da Total, controlada pelo Grupo Abril e focada na venda de serviços logísticos, especialmente para o comércio on-line.

Varejo
Valor Econômico 
informa que a rede de varejo de eletroeletrônicos Império deve atingir R$ 717 milhões em vendas neste ano em quatro Estados e projeta dobrar de tamanho até 2026.

PEC
Os principais jornais destacam em manchete a tramitação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que amplia benefícios sociais e libera R$ 41 bilhões a três meses das eleições.

Com apenas 14 deputados contra, a PEC foi aprovada com 393 votos ontem, em primeiro turno, na Câmara. A sessão foi suspensa pelo presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), antes da votação dos destaques.

Lira utilizou pane no sistema de votos eletrônico para justificar o adiamento, o que considerou falha grave. A Polícia Federal, a Polícia Legislativa e o Ministério da Justiça vão apurar o caso.

O noticiário classifica a PEC como uma manobra eleitoreira e ressalta que os custos previstos ficarão fora do teto de gastos. A votação em segundo turno deve ocorrer hoje.

Responsabilidade fiscal
O Globo 
registra que o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que as medidas que compõem a PEC Eleitoral são um exercício de “responsabilidade fiscal” frente à PEC Kamikaze, discutida no início do ano.

Para Guedes, a PEC prevê “transferência de renda” e não subsídios aos combustíveis, e chamou a proposta de “PEC Virtuosa das Bondades”, afirmando que o projeto usa conceitos corretos e não impactará os resultados fiscais.

O dólar comercial fechou ontem em alta de 1,27%, cotado a R$ 5,43. Euro subiu 1,16%, chegando a R$ 5,46. A Bovespa operou com 98.271 pontos, alta de 0,06%. Risco Brasil em 365 pontos. Dow Jones caiu 0,62% e Nasdaq teve queda de 0,95%.

Valor Econômico
Após aprovação de texto-base, votação de PEC é suspensa

O Estado de S. Paulo
Sem correção da tabela, renda de 1,5 salário mínimo pagará IR

Folha de S.Paulo
Câmara aprova PEC que libera R$ 41 bi às vésperas de eleições

O Globo
PEC Eleitoral avança na Câmara, mas Lira interrompe a sessão

Correio Braziliense
Câmara aprova PEC em 1º turno. PF apura “apagão” em sistema

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